E aqui está: estes são Taulant e Granit Xhaqa, e como já podem ter percebido, são irmãos. Taulant, à esquerda, tem 25 anos, e como também já vimos, representa a Albânia, e a nível de clubes o Basel, da cidade suíça onde nasceu, filho de imigrantes kosovares-albaneses. Ao lado está Granit, que apesar de mais alto é dois anos mais novo, e apesar de se ter formado igualmente nas escolas do Basel, foi para a Alemanha ainda à beira de completar 20 anos, para representar o Borussia Moenchengladbach, onde se destacou na posição de médio-centro, ao ponto do Arsenal (o de Inglaterra, para quem não deduziu logo) ter desembolsado 30 milhões de libras (!) este Verão para poder contar com os seus serviços para a próxima época - há quem o compare a Andrea Pirlo em termos de técnica, de passe, e claro, pela posição que ocupa no terreno de jogo, idêntica à do italiano. Amanhã vão estar ambos em campo, cada um pelo "seu" país; Granit obteve a sua primeira internacionalização "A" pela Suíça, ainda com 19 anos, enquanto Taulant passou por todas as categorias das selecções jovens, mas em 2014 optou por representar o país dos seus pais. E isto não é tudo...
...pois além de Granit Xhaqa, há mais 6 (seis) jogadores de etnia albanesa nos 23 escolhidos por Vladimir Petkovic, técnico bósnio-croata (fascinante) da Suíça, a saber, os médios Valon Behrami, Dennis Zakaria, Blerim Dzemaili e a grande estrela da equipa para além do já referido Granit, Xherdan Shaqiri, que alinha nos ingleses do Stoke City, depois de passagens pelo Bayern de Munique e Inter de Milão, e os avançados Shani Tarashaj e Admir Mehmedi. Temos portanto um total de 13 jogadores nas duas selecções que poderiam alinhar por qualquer uma delas. Amanhã em Lens é possível que se oiça falar mais albanês do que...ah, esqueci-me, não existe um idioma "suíço" (não, o romanche não conta, pois é uma espécie de mirandês lá do sítio). Até porque os helvéticos terão a selecção mais multicultural do torneio, e de longe; temos jogadores de ascendência congolesa, outros turca, camaronesa, chilena, marfinense, e até a lusofonia está representada pelo médio Gélson Fernandes, nascido na cidade da Praia, Cabo Verde, de onde emigrou com os pais para Sion, tinha apenas 5 anos. Ah pois, e há lá uns suíços e coiso, mas dá que pensar: como seria a selecção da Suíça sem a seu multi-culturalismo?
Hmm...possivelmente. Alguém duvida?
A suiça tem a seleçao menos nacional dentre as que disputam o campeonato Europeu das nações .
ResponderEliminar