quarta-feira, 29 de junho de 2016

O "pulga" não brinca mais


Messi reza a Alá. 

Enquanto por terras de França ainda vai decorrendo o Euro, no continente americano terminou a Copa América, que este ano teve a sua edição centenária nos Estados Unidos. O Chile revalidou que havia conquistado no ano passado em casa, novamente contra a Argentina, e novamente no desempate das grandes penalidades, depois de 0-0 ao fim de 120 minutos. A particularidade mais curiosa teve a ver com Lionel Messi, que em 2015 marcou o único penalty da série para os argentinos, enquanto este ano foi o primeiro a falhar, depois de Alexis Vidal ter falhado também para os chilenos, e teve uma reacção fora do normal - passou o resto da série das grandes penalidades com um ar derrotado, como quem receava o pior, e Lucas Biglia confirmou esses receios, falhando um segundo penalty e dando a vitória aos chilenos. No final do encontro Messi anunciou a sua retirada da selecção argentina, uma notícia que apanhou toda a gente de surpresa.


Aquilo que Gary Lineker tem como esperança, eu tenho como quase garantido: nem Messi abdicaria de jogar no mundial da Rússia em 2018, nem a Argentina deixaria de insistir para que ele repensasse esta sua decisão. Contudo é preciso ter em conta que a relação entre Messi e a selecção do país que o viu nascer não tem sido propriamente de grande proximidade. O jogador foi ainda com 13 anos para a Catalunha, e os seus colegas de selecção olham para ele como "um catalão nascido na Argentina", mais do que "um argentino radicado na Catalunha". Outro aspecto tem a ver com a personalidade de ganhador de Messi, que em 13 épocas com a camisola do Barcelona conquistou 29 troféus, incluindo 4 Ligas dos Campeões, enquanto na selecção "A" do seu país ainda lhe falta somar um título, a juntar ao mundial de sub-20 conquistado em 2005 e a medalha de ouro nos J.O. de Pequim três anos mais tarde. A derrota na final do mundial de há dois anos contra a Alemanha pode ser considerada "normal", mas esta terceira derrota em finais da Copa América, competição que a Argentina não vence desde 1993, pode ter sido a gota de água que o levou a decidir abandonar a selecção das pampas. 





2 comentários:

  1. Normal, o Messi nunca se sentiu argentino, sempre foi um europeu tímido e comportado.

    O público argentino queria alguém carismático e efusivo como Maradona e isso era impossível.

    A única forma de Messi compensar sua falta de argentinidade era com troféu, com títulos, mas ele não vence.

    Messi é um produto do futebol moderno, dos joguinhos acertados com o juiz, dos estados assépticos e herméticos. Messi nunca jogou em uma Bombonera lotada como nos velhos tempos, ele é produto de uma geração mole que escuta Backstreet Boys e Rihanna.

    O europeuzinho sem sangue, rei da champions, nada tem a ver com a Argentina. Tivesse escolhido jogar com Espanha talvez esta fosse bicampeã do mundo e Messi estaria a jogar com os seus amigos de infância e Barça.

    Acho ainda que ele voltará para a copa da Rússia, mas será ainda pior pois não tem chance de vencer, o time argentino não o ajuda, estilo totalmente diferente do Barça - único time da vida de Léo Messi.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Messi nada tem Europeu ,tem sangue indigena como a maioria dos argentinos.

      Messi e sua mãe:http://66.media.tumblr.com/5f82f7f35523ebebb0ef32a9db56a960/tumblr_mzv26t1Kj11ssa19zo3_400.jpg

      Eliminar