sábado, 13 de fevereiro de 2016

Cancro? Lamento, mas não me consigo rir



Confesso que não conhecia a actriz Sofia Ribeiro, que surge neste vídeo a rapar a cabeça, por razões que certamente a maioria dos leitores conhece: foi-lhe diagnosticado cancro da mama, e o cabelo começou-lhe a cair. Se não a conheço, existe uma boa razão; saí de Portugal em 1993, quando Sofia tinha 8 anos de idade, vindo-se a revelar apenas em 2007 na série "Morangos com Açúcar" da TVI, tendo depois trabalhado sempre para essa estação de televisão, que em Macau não apanhamos. Justificado, com a minha veterania, e com a juventude dela, que leva dez anos de atraso em relação a mim neste mundo cão. Tem apenas 31 anos. E tem cancro. Não a conhecia antes, mas agora já a conheço. É "a actriz que tem cancro, e partilhou esse facto com o mundo". Porquê? Sei lá, deve ser a forma que encontrou de lidar com o seu drama pessoal, que não é tão pessoal assim, uma vez que afecta as pessoas que lhe são próximas, por quem sente estima e é correspondida, quem gosta dela. Dos seus fãs, sejam eles quem forem ou quantos forem. É actriz, certo, uma "celebridade", para alguns, mas é uma pessoa também. Uma pessoa como as outras. O cancro acontece às pessoas todas: ricas, pobres, velhas, jovens, celebridades e anónimas. O cancro é foda. Quem fuma aumenta as possibilidades de contrair carcinoma pulmonar. Quem não fuma não está necessariamente imune a contrair esse, ou outro qualquer tipo de carcinoma. São tantos, que podem atingir quase todos os orgãos. Menos o coração - nunca ouvimos falar de "cancro do coração". Não deve ser por acaso (recorde-se que o coração é, em rigor, um músculo), e é com o coração nas mãos que Sofia Ribeiro, que deve saber muito bem que não seria a primeira nem a última, infelizmente, a ter os seus dias contados, partilha os contornos do seu drama. Aos 31 anos, recorde-se. Podia ter sido mais nova. Eu sou mais velho, e conheço muita gente mais velha que eu, mais velha que ela, que não têm nem nunca tiveram cancro.


É fatídico: pessoas como a Sofia interessam-se por causas como estas quando o mal lhes bate à porta. Pudera, o cancro não vende. O cancro rouba. Não dá para rir do cancro, ninguém na plenitude da vida e gozando de perfeita saúde quer saber de cancro. A Sofia fez a sua escolha, uma "escolha de Sofia" na sua versão. Eu deixei aqui o vídeo mas não o vi, nem vou ver. É demasiado previsível, deprimente, e não se engloba no que considero cerca de 9 minutos do meu tempo bem passados. Sofia não pensa assim, e segundo a revista TV Guia, a actriz tentou vender-lhes os direitos do vídeo que acabaria por partilhar no Facebook e comoveu Portugal. Suponhamos que isto é mesmo assim, e que alguém confrontado com o que para muitos é uma sentença de morte, encarou o diagnóstico numa perspectiva comercialista. Parece mal? Demonstra falta de carácter da parte desta pessoa? Bem, o cancro é dela. Ela tem cancro, não tem? Ou isso é mentira, também? A mim não me conseguiriam vender cancro, de jeito nenhum. Eu nunca compraria nada directa ou indirectamente relacionado com cancro. E pelos vistos não sou o único. Mas será que ficamos por aqui, quanto a esta "controvérsia" de chacha, desta peixeirada em tons de cor-de-rosa? Não??? I didn't think so...


Este é Rui Sinel de Cordes, que também desconhecia por completo, até me interessar por esta controvérsia com o cancro como pano de fundo. Juro que nunca tinha ouvido falar dele, a sério, e talvez pelas mesmas razões pelas quais não conhecia a Sofia Ribeiro: não entra pela minha casa através da televisão - é "de lá". Este senhor é um dos muitos inúteis que se arrastam pela nossa República, que nada produz e ainda tem o condão de ser desagradável, mas refugia-se no estatuto que pensa ter granjeado à custa daquilo que diz ser "o seu trabalho": humorista. Diz-se ainda que o tipo de humor que faz é "corrosivo". Uh, uh. Vamos ver alguns exemplos:


Aqui por exemplo, é evidente que o indivíduo sofre de algum tipo de psicose. Isto não tem piada nenhuma, e não é por ofender deficientes, ou mais especificamente os pais de crianças portadoras de deficiência. Nada disso. Não tem piada porque é tão improvável que ninguém se lembraria de tal coisa. Nota-se que vai uma grande confusão naquela cabecinha.


Piropos e violações, outro "casamento" que este personagem tira da sua cartola chalada das improbabilidades. Ok, isto é o que ele chama de "corrosivo", e à pala de lhe chamar de "humor", julga que fica isento de um murro nos cornos, que é o que se arrisca a levar caso bata de frente com um daqueles tipos com pavio curto, pouco interessado nas motivações que o levam a imaginar disparates deste calibre. Mas o que tem ele a ver com a tal Sofia Ribeiro? Já lá vamos, mas antes deixem-me encaixar mais esta peça no "puzzle":


Hilariante sem dúvida. Só isto já justifica os 30 mil seguidores que o gajo tem no Facebook. O mais deprimente de tudo isto é que QUALQUER UM pode fazer o que ele faz: basta exteriorizar aquela voz interior que cada um tem, sabem, aquela que produz pensamentos que nunca nos atreveríamos a partilhar com mais ninguém? E o que faz dele "especial"? Sei lá, mas se me pedissem para formular uma teoria, eu diria que dormiu com os gajos certos no mundo do "showbiz". Sim, deve ser isso, ao estilo do Carlos Castro/Renato Seabra, estão a topar a cena? E não estou a ser "corrosivo", atenção. Isto é apenas uma possível explicação para o inexplicável. Portanto, este gajo julga ter um "free pass" para dizer o que muito bem lhe dá na gana, ao contrário das pessoas normais, que se socorrem de critérios como o mais básico senso comum, ou o bom gosto. E agora, porque tive eu o azar de tomar consciência de mais este cabotino auto-intitulado "humorista"?


Ah, pois. Se tiverem paciência para ler este comentário que o tipo partilha na sua página do Facebook a 18 de Janeiro, vão perceber que NÃO TEM NADA A VER com o vídeo publicado pela Sofia Ribeiro DEZ DIAS ANTES. Nada a ver, certo? Dez dias, quer dizer...actualizem-se, e deixem de viver do passado. Um milhão e meio de visualizações? P'lamor de Deus, vão antes comprar os livros de viagens da Maria Vieira, ou ver o espectáculo deste gajo, que é o...é o quê, mesmo?


Mas vejam só isto, nem em "tour" nacional o bicharoco se abstém da defecação verbal que o celebrizou. Por acaso esta do "Je Suis Cordes" foi até bem pensada, e até lhe dou razão quando critica a hipocrisia daqueles que defendem a liberdade de expressão sem quaisquer constrangimentos ou censura de qualquer espécie, mas isso é fácil, pá: é só apontar, como quem aponta para um chimpanzé que está entretido a coçar os tomates com os dentes e dizer "olha ali aquele chimpanzé a coçar os tomates com os dentes!". Depois o mundo divide-se em quem acha isso oportuno ou relevante, e os outros. Eu insiro-me mais na categoria dos que concretizam, e se souber o nome do macaco e porque é que a forma com que alivia o seu prurido escrotal me incomoda, não me importo de elaborar. Caso contrário calo-me - para quê constatar o que até um cego já viu? Mas esta de subestimar a "beautiful lady" com a qual certamente partilha uma larga fatia de audiência foi mal. E má publicidade é a última coisa que o badameco precisa enquanto anda pelo país inteiro a vender o seu peixe. E por falar em má publicidade...


Ouch! De facto, olhando para o que o Cordes escreveu na sua página e o que ali está escarrapachado naquele pasquim vai uma grande distância - eis o monumento às interpretações extensivas e abusivas. Mas e depois? Este Correio da Manhã e os seus diabretes rebolam na mesma pocilga dos que criticam o vídeo deste, ou a doença daquela, o que fulano disse ou sicrano escreveu, e tudo mais o que apenas a eles lhes diz respeito. Ainda por cima para o efeito adoptam uma postura provocatória, como quem convoca uma confrontação que sabe (ou pensa) que nunca vai acontecer. E o que fez o espertalhão para evitar que ficassem por comprar um milhão e meio de entradas para a feira da banha da cobra da sua autoria? Isto:


Pois...não era para ela. Era para as centenas de vítimas de "cancro VIP" que assumiram a sua doença nas redes sociais, e que para o efeito produziram um vídeo. Eram tantas que até parece que caíram de uma árvore de tão maduras que estavam. És capaz é de não gostar delas, pá, pois vêm "com caroço". Hilariante, não é? Eu nem chamaria a isto uma fuga para a frente, mas antes uma fuga de um edifício em chamas, esbracejando e dando gritinhos histéricos, correndo sem direcção alguma. Coitado dele e de quem ele tenta FAZER DE IDIOTA, desmentindo o óbvio e o flagrante, e ainda com lata q.b. para dar uma de "frontal" e "coerente". Com que então "viveu de perto a doença através de familiares e amigos"? E eu rio-me do ridículo que representas, e não do que tu chamas de "humor corrosivo". Mais uma vez concretizo o que tu deixas no ar: o meu pai morreu de cancro com 51 anos. Pronto, isto só a mim e aos meus diz respeito, mas darei seguimento à minha argumentação dizendo que sei o que EU senti, mas não consigo imaginar como ELE se sentia, e talvez por isso não consiga achar piada a graçolas inseridas nesse estilo, capisce? Estás a perceber ou é preciso fazer um desenho, ó tótó? Nem a palerma chegas, pá. Os palermas ainda fazem palermices que justifiquem o epíteto, enquanto tu não passas de uma nulidade, um nada, um parasita que se alimenta do mau gosto que infelizmente por aí grassa sem graça nenhuma. Sabes uma coisa, pázinho? Eu era capaz de ficar aqui a noite toda a debitar chalaças inspiradas na tua triste figura com o intuito de te humilhar, e chamar a isto "humor corrosivo", dando-te a provar do próprio veneno, mas tenho mais que fazer. Ao contrário de ti, que andas à boleia dos atordoados que te acham piada, tenho que tirar o cu da cama todas as manhãs e ir fazer pela vida. Mas dou-te um desconto, sabes porquê?


Porque essa retardação profunda e pode dever-se às más companhias - é só uma hipótese, não tenho formação em Veterinária para determinar a verdadeira origem do distúrbio comportamental destas cavalgaduras. Não conheço aquele Ricardo Vilão, e já se depreende que estamos melhor assim, mas já "dei" pelos outros dois que acompanham aqui o Cordes, e são farinha do mesmo saco. Aquele Franco-Bastos é o exemplo acabado do idiota inútil e parasitário, pois o seu único "talento" (?) identificável é...imitar o Cristiano Ronaldo. A jogar à bola??? Não. A falar, que é exactamente o que NÃO nos leva a identificar o C. Ronaldo como celebridade, e admirá-lo (quem gosta, claro, e quem não gosta coma menos). E o gajo faz isto com a mesma cadência que um carrossel daqueles que anda à roda à velocidade de meio quilómetro por hora, e onde as criancinhas de três anos vão sentadas em zebus de pau. E com o mesmo efeito humorístico, também. Ficam bem juntos, estes quatro. Serão também..."casais"? Fica a dúvida no ar. Não me levam a mal, pois estou só a juntar o corrosivo à modernidade, e como podem ver, dá merda. 

Posto isto, fico já mais ou menos esclarecido sobre as razões porque encontro sempre tanta baba pelo chão de casa: é desse cão de raça "boxer" que dá pelo nome de Rui Sinel de Cordes. Mau menino! Xô! Casota! Darei seguimento a este "post" num outro onde me debruçarei sobre esta nova campanha contra o que se determinou designar por "politicamente correcto", e quem tem muito pano para mangas. Aguardai.




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