domingo, 15 de novembro de 2015

Regina, a mentirosa


Na continuidade do "post" anterior, vou agora passar do generalista para o concreto, e falar-vos do exemplo de uma pessoa que é mentirosa, arrogante e aquilo que vocês chamam de...como é que é mesmo quando têm outro problema qualquer e põem as culpas numa etnia diferente da vossa? Ah, o "racismo". Pois, ela é isso, mas não me importo. Aliás, sabem uma coisa: eu não desprezo os "racistas", desde que não me venham com aquelas conversas parvas - são um bocado como os vendedores de seguros ou os mórmones: não me incomodam quando estão em "off". O que me aborrece são pessoas que têm a presunção de achar que podem manipular a opinião de toda a gente com MENTIRAS, quando tudo o que conseguem é chamar a atenção de alguns tristes como ela, e que depois quando são desmentidas falam do "politicamente correcto" como se isso fosse uma doença. Ora bem, essa pessoa a que me refiro dá pelo nome de Regina Cunha, e o seu "habitat" são as redes sociais, neste caso o Facebook, que usa para fazer aquilo que considera o "bem", mas que para os mais atentos - os ou não completamente dormentes - não é mais do que fomentar o ódio, recorrendo ao medo como instrumento e a mentira como condutor. Quem tem medo compra um cão, e eu estou-me nas tintas para aquilo que a senhora odeia, ou se na base do seu ódio está a dor do corno, ou se é simplesmente burra - e ela ia gostar do meu desprezo pelo "politicamente correcto", que ela abomina. Não sei nada dela como pessoa, e a única coisa que me leva a elaborar esta diatribe é o facto dela tomar os outros por estúpidos, e tudo para fazer passar o seu fel, que faz questão de tornar público. Como quem atira o barro à parede e espera que fique colado, inventa e manipula factos, tão atrozes que as suas pobres vítimas, crentes cansados das cabeçadas que dão na vida, preferem acreditar, numa patética tentativa de se elevarem um pouco acima da lama onde estão enterrados. Mas é feio, muito feio, querer empoleirar-se na cabeça de gente inocente que não lhe fez nenhum mal, só para evitar bater nesse fundo. Vamos então aos factos - e como devem estar a adivinhar, isto vai ser mais um "banho". 


Primeiro exemplo da cara-da-pau desta criatura. Aqui fala-se da...França?!?! Aquela imagem grotesca que ali vemos, que caso esta senhora tivesse um pouco de decoro se abstinha se usar DE TODO, em qualquer caso, é na França? Para o efeito que ela pretende até podia muito bem ser. Dando uma vista de olhos pela sua retórica, debitada da sua casa em Portugal - não interessa onde, não vem para o caso e mencionar só daria a entender que dou alguma importância à pessoa - à ordem dos 20 ou 30 posts diários, esta é a "visão futurista" que a Regina pretende transmitir da França. Digamos que em termos de futurismo, este não é o primeiro "furo" que a senhora tem na sua argumentação alucinada. Aqui está simplesmente a ser...deixem-me encontrar uma palavra adequada..."porca". Isso, quem publica imagens de crianças mutiladas e mortas no chão para ilustrar um texto (intragável, deixemos bem claro) sobre a França em jeito de "wishful thinking" é "porca". Ela ia adorar este meu desapego pelo "politicamente correcto" que tanta alergia lhe causa, mas que outra aproximação posso eu fazer a alguém sem o mínimo de moral? Mas vamos olhar para um exemplo entre muitos onde que nos tenta fazer de parvos. Coitadita...


Quem é este, Nostradamus? Ou alguém tão lunático como ele? Ah deve ser mais um daqueles profetas da desgraça, e a julgar pela indumentária, alguém bastante imparcial nesta matéria. E além disso deve ter acabado o seminário "coxo" a Matemática. Nem fui verificar a autenticidade desta afirmação - e mais tarde vou demonstrar que até aqui a Regina Cunha mente com os dentes todos que tem na boca - porque é simplesmente FALSO. Agora vamos ver os números VERDADEIROS desta "invasão". Ui que tremo todo. Vou desligar o ar-condicionado, senão ainda me constipo. Atchim.


Aqui está, e ao contrário de uma montagem de Halloween que uma criança de dez anos seria capaz de fazer, estes números podem ser confirmados no "link" indicado em baixo, e reportam-se a Janeiro de 2015. Eu próprio também não sou "barra" a Matemática, mas desde a data em que aquela afirmação foi supostamente produzida, 1989, até hoje passaram-se 26 anos. Ora 26 anos vezes meio milhão, temos 13 milhões de NOVOS muçulmanos na França. Olhando para os números REAIS, verificamos que não chegam sequer a cinco milhões, o que constitui apenas 7,5% da população, ao contrário da "pandemia" que esta gentinha gosta de decretar - deve ser porque estão fartos de viver, querem um novo holocausto, e insistem em levar-nos com eles, também.Ainda bem que isto pode ser desmentido e reduzido a um mero delírio de uns patetas com uma quê? "Percepção do médio e longo prazo"? Ó Regina isso fuma-se, bebe-se ou quê? Ah sim, Portugal, muito cuidado, porque hoje os islâmicos são 3 em cada mil habitantes, mas amanhã podem ser quatro, e depois...BUM! Ou podem estar apenas a ser injustos com pessoas que nunca vos fizeram qualquer mal, até porque com estes números confundem-se no meio dos restantes. Mas pronto, juntam-se os maluquinhos do país da UE com MENOS muçulmanos, e gera-se um pânico injustificado - ou não? Quem sabe se aqueles 30 mil sarracenos a residir em Portugal valem pelo exército otomano inteiro, pois afinal "todos os muçulmanos são iguais, portanto todos são radicais". E o que usa Regina Cunha para afirmar tal coisa como verdade? Isto:


Ah o presidente turco Recep Erdogan, que apesar de não ser flor que se cheire (e não fica muito aquém nem além da generalidade dos líderes mundiais, entenda-se) ele próprio é uma personificação do Islão moderno, próprio da Turquia, que como se sabe é um país que adoptou a secularidade, ou seja, a separação da Igreja e do Estado. Os turcos levam isso muito a sério, e o próprio Ayatollah Khomeini do Irão, foi obrigado a retirar o turbante quando entrou numa instituição pública na Turquia, durante uma visita nos anos 80. Erdogan tem sido criticado pela oposição pelas suas posições tidas como "conservadoras" - coisas como reinstaurar o uso do véu islâmico nas escolas, e outras que não nos dizem respeito a nós, nem a ninguém a não ser aos turcos. E sim, amiúde realizam-se manifestações a favor da manutenção desse estatuto de secularidade, mesmo que apesar de Erdogan, este nunca tenha estado realmente em perigo. Mas agora: Erdogan disse mesmo aquilo? Sim. Mas não é tudo, pois um dos truques destes espalha-brasas consiste em deturpar afirmações, ou inseri-las no contexto que lhes dá mais jeito. Pois é, Reginazinha, sua tonta, um dia pode ser que chegues a "comentadora da treta", e por enquanto contenta-te em ser uma mentirosa muuuuuito fraquinha. Isto foi o que Erdogan disse:


Como podem ver, falta ali qualquer coisinha na verborreia apregoada pela nossa amiga, é ou não é? Analisando as declarações como ela as reproduz - erradamente e com uma agenda pessoal a todos os títulos reprovável - dá a impressão que Erdogan quer dizer que "não existe Islão moderado", e portanto "todo o Islão é radical". Isto serve à senhora, que tem um problema qualquer mal resolvido, e apeteceu-lhe malhar numa religião inteira, não na doutrina em si, mas nas pessoas, que considera "repugnantes". O que Erdogan está na verdade a dizer é que para ele existe Islão, ponto final, e que essa graduação entre "light" e "straight", "normal" e "super", "A's" e "sub-21" ofende-o. Tem o direito de ficar ofendido, mas de maneira alguma quis dar a entender que "o Islão são terroristas e mulheres submissas, quer vocês gostem ou não". Façam este raciocínio, vejam se me conseguem seguir: em que categoria inseriam os criminosos em Portugal, por exemplo? Abrem o Correio da Manhã, e depois de escorrerem o sangue todo lêem os cabeçalhos, e deparam com aqueles crimes de faca-e-alguidar, que fulano matou o sogro, fulana foi dar uma queca com um velho, quis assaltá-lo e acabou por matá-lo, etc., etc.. Agora, não é de islâmicos que estamos aqui a falar pois não? E mesmo os mais aficionados deste "tiro ao boneco" que tem sido estes últimos tempos a crise dos refugiados tem consciência de que o homicídio não é um exclusivo do Islão, ou de nenhuma religião em particular, correcto? Agora pensem o que seria da presunção da inocência, esse bem que garante que não sejamos acusados de cometer um crime sem provas, e que somos inocentes até prova em contrário, se chegássemos ao ponto de acusar alguém apenas por confessar uma religião onde outros seguidores cometeram crimes atrozes. Portanto, e estes têm o pretexto de confessarem essa religião, certo? E com este ponto assente, o que são aqueles que referi mesmo agora, que não tendo essa religião como justificação para o seu comportamento insistem em cometer crimes que podem ir até aos mais graves, daqueles que associamos aos fundamentalistas islâmicos? Pensem um bocadinho nisto, e depois tirem as vossas conclusões. Mas afinal, quem é que reitera esta teoria do Islão "moderado" e "radical"? A quem interessa fazer esta distinção?


A Marine Le Pen, líder da Frente Nacional, e chamem-lhe o quiserem, que eu fico pela definição de "partido neo-nazi" - é só para não para não trazer para aqui aquele "politicamente correcto" que a Regina abomina, só por isso - aqui nas imagens a encontrar-se com a Liga Europeia dos Judeus, aqueles tipos a quem Portugal, Grécia e os outros "tesos" devem aquela massa toda, sabem? Sim, a Alemanha, pois, claro, claro, e a banca? Também é da sra. Merkel, suponho. Pois é, aqui a nazi Le Pen e os outrora candidatos a adubo caso a apanhassem pela frente são muito amigos agora, oui oui. Shalom. E tudo porque têm um inimigo em comum: o Islão. Agora vamos ver que distinção é esta que a sra. fuhresa Le Pen faz dos muçulmanos; portanto há o Islão, os tipos barbudos que vendem  tapeçaria e kebabs, e querem os territórios ocupados da Palestina, que para ela são "terroristas", e o I$lão. Vêem a diferença? Não é giro? Este I$lão é o tal onde ela tenta "pescar" alguns votos, nomeadamente entre os mais jovens, da segunda geração de migrantes que não se identificam com conceitos como a "sharia" ou o jihadismo, e que para ela existem MAS PARA PESSOAS COMO A REGINA CUNHA NÃO, e os árabes que fazem andar a carripana da senhora, e até têm lá aquilo que interessa a toda gente, indiferentemente dos predicados como religião, nacionalidade, etnia ou higiene pessoal: dinheiro. Entre muitas coisas que o dinheiro corrompe, há ainda aquilo que a falta de dinheiro destrambelha: a cabeça das pessoas que estão convencidas de que tudo se resume a questões religiosas, e de que vem aí uma tal "islamização" que vai matar toda a gente e converte-la ao Islão, por esta ordem. Pois, pois. Mas isto ainda agora está a aquecer, pois nesta reunião onde Le Pen tenta chegar ao ouro dos judeus pela diplomacia em vez de gaseá-los e arrancar-lhes os dentes, garante que "membros do seu partido que neguem o Holocausto serão expulsos". Uau, o entulho ganhou verniz! Ou será mesmo que burro velho aprende línguas? 


Ora lá está, o velho Le Pen a lembrar-nos como são, foram e sempre serão os Le Pen e a sua Frente Nacional. Um ano e meio depois da filhota ir ao beija-mão aos rabis, lá vai o velho reiterar a clássica anedota dos judeus e da pizza, ou de como se acomodam vários deles no cinzeiro do carro. Pois é, e foi expulso, como prometeu a nazina júnior? Népias, e como podia, se ele é o fundador e presidente honorário, e para quê atirar areia para os olhos, ideólogo desta tropa fandanga que os franceses consideram uma "solução"? Os franceses e não só:



Desculpem, só um segundo: AH AHAHAHAHAHAHA AHAHAHA AHAHAHAAHAHAAH AHAHAHAHAHAHA. Ai... eu não me devia estar a rir desta tragédia, sinceramente. Portanto aqui esta zarolha, que "combate a sharia" da secretária do computador à ordem dos 20 ou 30 posts no Facebook por dia, e ainda diz que a vinda dos refugiados "insultam quem trabalha para o progresso do pais" acredita que alguém é sem sombra de dúvida má rês por confessar determinada religião, mas por outro lado a "filha do puto", neste caso a Le Pen, sangue do seu sangue e partido do seu partido é um poço de virtudes, e salva-nos, ó farol dos demagogos. Ela chega e "limpa" aquela merda toda, ya, e depois vai calcetar as ruas e despejar o lixo do país inteiro. Mas isto não fica por aqui! Isto até me parece mal, estar a bater em mortos. Vide:



Parece-me que aqui já determinámos para lá do óbvio quem são os imbecis. Portanto contra a esquerda anti-semita, "vota Le Pen". Boa. E este cartoon é tão divertido como as piadolas do sr. Jean Marie - com que então os franceses são "estúpidos", n'est pas? Claro, e um dia quando vos estiverem a levar a certo sítio, vocês acreditam que é para "tomar um duche", e assim "limpar as pulgas". Ficam tão limpinhos que até se tornam sabão. Ai não gostaram da piada? Não é por nada, eu só estava a tentar angariar a vossa simpatia ao estilo dos Le Pen, os vossos novos mais que tudo. E não era piada, sabem? Eu não acho graça à desgraça alheia, e tanto menos aprovo que se julguem as pessoas pelo simples facto de serem desta ou daquela religião. E isso do anti-semitismo tem que se lhe diga. Até consigo imaginar o fuhrer a anunciar o seu rico plano lá ao Bunda-qualquer coisa:

- Nós agorra irr apanharr die juden, eu não aguentarr com mais die juden, e porr isso eu investirr manner der recurssen parra expulsarr die juden de nossa Deutschland, e acabarr com Poland, ich gut?

- Ja, ja, mein fuhrer, mas já agorra, enquanto nós tocarr die juden daqui prra forra, podemos ficarr com a sua ourro, e imensa forrtunen, angarriada durrante seculen dich usurren?
- Ok, não serr esse a plano, mas ja, pode serr, warum nicht?
Portanto, olha, não têm uns balanços para fazer, uns recibos para deitar uma vista de olhos, ou umas promissórias para cobrar, e já agora não se afeiçoem muito aí à Regina Cunha, que ela e o restante maranhal deve-vos uma pipa de massa, e parece que andam meio hesitantes em pagar. Vejam lá bem isso. Mas já que falei em alemães, conheçam o outro "inimigo" desta esperteza-saloia:


Há que apreciar a lata de quem pensa que toda a gente é burra e ela a égua, mas um espelho era daquelas coisas que dava imenso jeito - sem politicamente correcto, note-se. Repare-se na subtileza como fala de "nós, Europa", quando aborda um problema dos outros. Na hora do "combate" aos "invasores", é "NÓS, Europa". Na hora de fazer os sacrifícios e pagar o que custa pertencer à Europa, é "EU não pago". E é patética a tentativa de ir buscar 1000 anos de civilização para qual não contribuiu com um chavelho. Se a Regina Cunha tivesse o mínimo de noção da realidade da Europa de hoje, sabia que a Alemanha não tinha outra escolha senão importar mão-de-obra, pois o comodismo de pessoas como ela reflectiu-se nas baixas taxas de natalidade, que por sua vez causaram o envelhecimento da população, e que por sua vez  tornaram o estado social incomportável, ou seja, mais velhos e menos população igual a "no money" para pagar aos pensionistas, que depois tinham que trabalhar até morrer. É muito melhor assim, claro, em nome dos "nossos ancestrais", que até andavam todos porreiraços das canetaças, em guerra uns com os outros, e tal. Ah mas esqueci-me que a paz, que a Europa conhece actualmente durante o período mais longo da sua História, não interessa a pessoas como a Regina Cunha, que quer fomentar o ódio e o conflito onde ele não existe, e por isso é que a chanceler Merkel é um mau exemplo. E será que ela traz aquilo que o lixo da Regina Cunha chama "lixo" porque lhe dá mais jeito, ou quê?


Deixemos a senhora com a sua disenteria mental, e passemos à realidade. Ali em cima reproduzo parcialmente o primeiro gráfico, onde se pode ver apesar da França ter uma percentagem maior de muçulmanos, em número estão mais ou menos a par da Alemanha - como para estes crentes os muçulmanos "são todos maus", o número torna-se mais relevante do que a densidade. E atentados na Alemanha perpetrados por fundamentalistas? Se fazem mesmo questão, podemos recuar até 1972, aos Jogos Olímpicos de Munique, mas quem sabe o que se passou sabe também que o facto de ter ocorrido na Alemanha foi meramente incidental. Vídeos onde se vêem árabes, negros e outros não germânicos a agredir ou atacar germânicos? Pode ser que encontrem algum, não há lugar no mundo onde não aconteçam incidentes desse tipo, só que motivados por diferenças étnicas ou culturais, encontrarão mais na França, com toda a certeza. A propósito, o último caso mais mediático de intolerância desta natureza na Alemanha teve como vítima uma jovem de etnia turca, que viria a morrer depois de agredida por outro de ascendência sérvia (ver link). Mas no gráfico em baixo, que atesta a receptividade dos europeus aos seguidores do Islão, percebe-se que os alemães são menos receptivos que os franceses! Que diacho, e isto só significa que a sra. Merkel ficaria a perder em termos de popularidade com a sua insistência no acolhimento dos refugiados, no qual a Alemanha é simplesmente exemplar. E se um terço dos alemães não estão receptivos a esta miscigenação cultural, não se queixam porquê? Se calhar porque têm mas que fazer, e aquela é a sua opinião apenas, e não entram em "parafuso" com a chegada de mais imigrantes, seja de que país for, porque precisam deles - pelo menos até a Regina Cunha e os amiguinhos dela ir lá pagar as pensões aos aposentados alemães, e assim preservarem a "milenar cultura europeia". Ridículo.


Epá estes farricocos não me são estranhos. Deixa cá ver, são das festas da Nossa Senhora da Agonia que esta tipa quer infligir com a sua desonestidade intelectual declarada. Mas que belo jogo de pernas, este da Regina Cunha. Só é pena é ser tão coxa, e burrinha. Vamos lá ver, quem é que NÃO culpou os terroristas dos ataques de sexta-feira, afinal:


Ah...esta deve ser OUTRA Regina Cunha. Isso deve ser o que ela quer que a gente pense, convencida de que o mundo é composto de gente burra, como ela - e como é bom deixar esse veneno do "politicamente correcto", não é? A fronteira entre dizer as verdades doa a quem doer fica muito, mas mesmo muito longe da mentira, e a Regina Cunha não consegue vender gato por lebre, por muito que se esforce - acho que não dá para mais. Se algum comentador - e valha-nos a TV só convidar pessoas com educação e mentalmente equilibradas - se desviou da temática do terrorismo e falou daqueles temas que esta aventesma refere, do imperialismo, etc., foi para colocar água na fervura que gente desonesta, mesquinha e falsa como ela levantaram, ao culparem, e aí sim, os refugiados quase na totalidade. Vejam a ênfase que dá ao facto de alegadamente (e já lá vamos) um dos terroristas ter viajado com refugiados. Porreiro, por esta lógica, qualquer dia que a Regina Cunha se encontra na mesma estação de metro de terroristas a caminho de um atentado, é tão ou mais culpada que eles. E repare-se como mais preocupada ficou com 68 que nada fizeram que com os dois que realmente participaram do atentado. Falou de quê? Nem uma palavra para as vítimas? Desculpe lá, mas você é real ou é algum espectro da burrice em estado gasoso? Alguém compra esse peixe que anda aí a vender? 


Parece que sim, outros desesperados como ela. Não sei se isto se deve à próstata em alguns casos, ou se se resolve com um aparelho a pilhas em outros, mas é grave. Este Alberto Ferreira é suspeito, sabe mais que os serviços secretos, e até já tem o roteiro dos próximos ataques em "toda a Europa" - ainda me custa a ver a tugalhada a falar de "Europa" como se fosse parte motriz da mesma, e não um peso morto que esta arrasta. Pena é ser pelos piores motivos. É que nem neste particular conseguimos competir com os nossos parceiros europeus: país com menos muçulmanos na UE, um dos que menos refugiados acolhe, e ainda olham para a Polónia e Hungria como "bons exemplos" - experimentem ir viver lá e vão ver o que é bom para a tosse. Assim, por esta lógica fulminante, quando se juntarem os mil e poucos refugiados aos pífios 30 mil muçulmanos que já temos e não chateiam ninguém - e isso assumindo a tara desta gente, que já fez de "refugiados" e "muçulmanos" sinónimos - vai tudo rebentar, e é mesquitas por toda a parte, toda a gente de burka. Nada de anormal, uma vez que muito antes de termos igrejas cristãs já tínhamos mesquitas. Mas isso não interessa, para quem a "Europa" emergiu há mil anos das cruzadas,  e que no geral demonstra um desrespeito pela inteligência alheia, o que posso depreender que resulta de alguma forma de autismo regressivo. Mas falam cedo demais, estas criaturas.


Vejam só, mas o que é isto? Luso-descendente? E logo um dos personagens principais deste triste enredo, um dos terroristas que entraram "a matar" no Bataclan. E agora, e que tal generalizar como faz aqui a Regina Cunha e quejandos? "Todos os luso-descendentes blá blá blá". Ah mas era muçulmano, e era referenciado como radicalizado, etc. etc.. E eu quero lá saber? Generalizar é que é bom, e também conheço muçulmanos que não fazem mal a uma mosca, mas aqui a Regina Cunha quer todos mortos, senão trazem a "sharia". Não tem vergonha, minha senhora? Enxerga-se? E você, Alberto, este Verão vai acolher ou alojar algum desses luso-descendentes terroristas na sua casa ou quê? Olhe que torna cúmplice, ó valentão que tudo sabe. E desta, sabia? Dão mesmo pena.

Pena até certo, e agora vamos à conclusão. Se algum problema remotamente semelhante aos atentados de sexta-feira na França, ou qualquer outro acto perpetrado por qualquer grupo ligado ao fundamentalismo islâmico ocorrer em Portugal, a responsabilidade é de pessoas como a Regina Cunha e outros que tais. Porquê? Não é a mesma coisa que culpar os refugiados pelas acções dos terroristas, pois isso é do timbre da senhora em questão, senão vejam:

 1) Portugal não foi parte activa de nenhuma coligação feita com o pretexto de ir "libertar o Iraque", mas com o petróleo como principal motivação - se tanto, lá disponibilizamos as Lajes aos americanos, mas isso é já prática reiterada;
 2) Os nossos políticos, ora para o bem ou para mal são uns vivaços, e neste caso para bem, e nunca embarcaram em discursos de ódio, ou outros que convidassem ao confronto com grupos terroristas, e optaram sempre pela defesa da via diplomática em momentos de crise;
3) Como contraponto a esta verborreia toda que aqui apresentei, há portugueses, particulares e instituições, que têm recebido, e bem, os refugiados, à luz dos acordos e protocolos estabelecidos nesse sentido, e com o dinheiro que o Conselho Português para os Refugiados (CPR) recebe do Fundo Europeu para os Refugiados (FER) - não acreditem nestes aldrabões e naquela conversa de que é "dinheiro público", por favor, e 
4) Portugal nunca esteve referenciado como alvo do terrorismo, nem quando se deram os ataques na estação de Atocha, em Madrid, e não interessa nem ao terrorismo internacional. Nos ataques do 11 de Setembro de 2001, na América, alguns dos autores viajavam com passaporte português, e não era por serem fãs do Luís Figo, mas sim porque pouca gente sabe como é a aparência tipo de um português - e isso é bom, pelo menos neste contexto. 

Se não temos razões de queixa, e a "invasão" só vai fazer "disparar" o número de muçulmanos de 0,3% para 0,4%, na pior das hipóteses, qual é a razão para arranjar sarna para nos coçarmos? Quem se sentir muito "europeu", pegue na fusca e vá combater o Estado Islâmico ou o raio que os parta, e abstenha-se de falar pelos outros que não partilham desta pantomina sem pés nem cabeça. É MENTIRA que metade da população de Londres ou Paris é muçulmana, é MENTIRA que decorre uma "islamização" iminente em todo o continente, e posto isto, vejam se não acreditam em qualquer bosta saída da cabecinha de gente como esta Regina Cunha, que mente, e ainda por cima mente mal. E pelo que foi aqui exposto, duvido que dê uma para a caixa, seja no que for. 


...E isto só para não ser "politicamente correcto", porque eu sei que ela detesta isso. E como eu sou um cavalheiro...


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