quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quem Costa do António?


Imagine que...não, "imaginar" não, Nem é preciso imaginar algo tão recorrente e concreto, portanto é mais fácil dirigir-me directamente ao todos os António Costas de Portugal e do mundo (se o mundo realmente estiver para aí virado): vocês têm o mesmo nome do próximo primeiro-ministro português, o António Costa da imagem ali em cima, e o único que aparece se procurarem "António Costa" num qualquer motor de busca - já nem pode ter um nome rafeiro, já viram isto? É o que dá eleger primeiros-ministros rafeiros, e aqui nem elegeram nada, nem era isto que queriam, mas agora preferem engolir  este sapo e ainda vão dizer que acreditam "desde pequeninos" que o PM deve sair de uma maioria parlamentar, e não do partido vencedor das eleições, e que se vos pusessem à frente a  opção desta salada soviete russa que é este "acordo" de conveniência entre três partes que se detestam,  vocês iam a correr votar nela, claro. Até lambiam os dedos. Mas iludam-se os António Costas a quem passe pela cabeça poder retirar vantagens de partilhar o nome com o chefe do Governo, pois para isso é preciso ter "escola". Se alguém acabado de sair das "jotas" - as camadas jovens da canalhice e da pouca vergonha, onde se aprende a "ser político" - ambicionar a ser PM um dia, tem muita fuga ao fisco para fazer, peculato para praticar, imprensa para subornar, adversários políticos para eliminar, mas não sem antes "se deitar com ele na mesma cama", ou "comer do mesmo prato". É um processo onde não convém queimar etapas. Mas o mais importante, e aquilo que se detecta logo nos treinos de captação para este "desporto radical": tem que ser um grande mentiroso. Assim como no futebol os craques já nasceram craques e o sucesso depende do querer, do trabalho e da disciplina (e alguma sorte, já agora), e os que não nasceram craques nunca o serão, e por muito que se esforcem nunca serão mais que um dos outros gajos que andam pelo campo a fazer de "carne de canhão" para os craques a sério, na política é preciso "ter lata" para que o mentiroso consiga soltar o "crook" (patife), e não o "craque" que há dentro dele.


 Vejam naquela notícia do tempo em que António Costa era Ministro da Justiça, e era mais acentuada a sua componente etnográfica, por exemplo. Compra uma casa em Lisboa, não paga a contribuição autárquica e sisa, e tudo não passou "de um lapso", e pode-se por a culpa na secretária - se for feiota, e tiver família, filhos e isso, e caso seja uma bimba mamalhuda, come-se. E  depois de comer pode responsabilizá-la pelos "lapsos", também, porque não? Isto vindo do Ministro da Justiça, que engana o erário municipal da capital, para mais tarde ser eleito edil da mesma! Esta é digna de um Messi da política. E para completar a "finta", chega a  PM, pois "deu provas" da sua capacidade. Reparem ainda em baixo no anúncio de uma marca de colchões, como que colocado ali propositadamente para querer transmitir que a notícia "é falsa", e "são calúnias", que "visam difamar", e o político em questão "dorme descansado". Note-se que raramente os políticos usam a palavra "mentira", da mesma forma que os deístas mais devotos evitam usar o nome de Deus em vão. A cereja no topo do bolo é a palavra "descanso" aparecer escrita com cê cedilhado, o que vem borrar (ou emburrar) um bocado a pintura. Só posso presumir que esta camuflagem dos rumores (politiquês para "evidências") de fuga ao fisco com o sono próprio de uma consciência tranquila é ideia do amigo e mentor de António Costa, o mesmo homem que se diz "engenheiro", e que da folha de serviço constam estas obras de  elevado valor artístico...


...no estilo "kitsch", como nos parecem estar a dizer os azulejos da parede da casa da esquerda. Dizer não, berrar. Gritos ensurdecedores de dor e angústia, como um animal disforme que questiona a sua própria razão de ser, e implora que o matem. Na direita vemos um projecto aprovado pelo mesmo artista, onde já se notava a sua tendência para "passar das medidas", ao "esticar" a construção seis metros para lá da área de terreno inicialmente aprovada. Diz-se que a Câmara Municipal da Guarda, onde serviu como projectista entre 1987 e 1991, "despediu-o e repreendeu-o por desleixo profissional". A verdade é que os beirões ainda não estavam preparados para este visionário, e aquilo que chamam "desleixo" é na verdade a expressão maior da sua arte, e que o país viria a conhecer e reconhecer, com as reacções a variar entre a ingenuidade e a náusea, chegando-se mesmo a registar um respeitável número de casos de emigração. O artista, naquilo que só pode ser interpretado como um assomo de humildade, viria mais tarde a negar a autoria destes clássicos da arquitectura paisagista, tendo a sua assinatura nos projectos dos mesmos sido obviamente falsificada, por um tipo tão parecido com ele que se chegou mesmo a pensar...


...que era o mesmo indivíduo que (des)governou o país durante seis anos, pautando-se por uma conduta que deixa a palavra "desleixo" afigurar-se como "um mimo", assim como quem diz "marotice", ou neste caso "excentricidade própria do génio artístico". Foram esses mesmos conspiradores que o levaram à prisão, onde ficou detido durante meses, apesar de ser "completamente inocente", aceitando apenas assistir ao "decurso normal da justiça" entre o convívio de camaradas colegas de gamanço, em plena fraternidade, como prova o cabeçalho daquela notícia ali em cima, que nos dá conta do uso que ele deu ao seu cabeçalho durante o tempo de "desCâncio" (ah!) a que o obrigaram, apesar de "não existirem provas contra ele". Assinaturas em documentos suspeitos, escutas onde se ouvem conversas comprometedoras, isso tudo são tudo elementos "circunstanciais". É a gandaiice e a vilania que teimam em lhe cair no colo, pronto, como quem cheira mal não porque se recusa a tomar banho, mas porque a fauna bacteriológica (invisível, por isso conspiradora) teimam em se agarrar ao corpo, e em cumplicidade com a química provocam a emanação de odores desagradáveis. Neste nome, José Sócrates, está o nome de um célebre pensador grego da escola de Atenas, o que não deixa de ser irónico; este sem pensar ia-nos deixando gregos, e iguais a Atenas - de agora, entenda-se, a calotocracia que se conhece. Isto é um insulto ao filósofo; era como se o Pica-Pau tivesse "Einstein" no meio do nome: Nuno Miguel Pica-Pau Einstein Oliveira". Mas agora que António Costa se prepara para ser "chamuça" a formar Governo  -  recorrendo ao inspirado humor de Rato Mickey José Rodrigues dos Santos - fica mais difícil aos milhares, senão milhões de António Costas deste mundo ter honras de primeira página numa pesquisa num motor de busca da "net":


Nem de primeira, nem de segunda, nem de 26ª. Este gajo ainda nem foi indigitado e já tramou milhares de portugueses ... chamados António Costa. E mesmo que haja por aí algum António Costa  que queira passar incógnito, vai ser difícil, pois normalmente os nomes que constam entre "António" e "Costa" são "Manuel/José/Joaquim" e "Silva/Gonçalves/dos Santos". E este nem é dos piores, pois se calha um dia termos um PM chamado simplesmente "Manuel da Silva", ou "Joaquim  dos Santos", renova-se o reportório brasileiro das piadas sobre "o português". E caso Maria de Belém Roseira for para PR, eles fazem um segundo Carnaval: "Ah, Maria?!?! E também tem bigode, é?". Os portugueses que não gostam de António Costa (e que serão ordem dos 100%) , mas partilham o mesmo nome que ele, não se vão sentir tão mal como as brasileiras de nome "Dilma", quando encontram um crítico mais acérrimo da "presidenta". Como já disse no primeiro parágrafo, ninguém dá importância a um nome rafeiro. 

Curiosamente desde o 25 de Abril que tem sido apanágio dos primeiros-ministros de esquerda terem apenas dois nomes: Mário Soares, António Guterres, José Sócrates e agora este artista. Os da direita, por seu lado, vem com um nome extra: Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco Silva, Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho, para não falar de José Manuel Durão Barroso, que tem quatro. Com estes últimos ficam mais protegidos os cidadãos que por uma infeliz coincidência tenham o mesmo nome, ou pelo menos o mais conhecido, que se cruzem algum "antipatizante" da figura pública em questão: "ah você chama-se Cavaco? que giro...e também um grande fdp ou as semelhanças ficam-se pelo nome? Prevejo contudo uma diminuição de "Antónios" num futuro próximo, caso sejam filhos de um Costa que se queira desmarcar deste...que deu à Costa.

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