domingo, 9 de agosto de 2015

Desencontro no ponto



Permitam-me que faça uma entrada mais condizente com o artista: aí está eis e olha quem aparece o grande maior único criador construtor arquitecto do "blog da liberdade" lugar para debater, opinar, argumentar criticar construtivamente. Penso que a sobre-adjectivação e a ausência de pontuação já deixa saber de quem estou a falar - Nuno Miguel Oliveira, ou "Pica Pau", alcunha que se pode considerar "carinhosa", dada a envergadura do personagem. E este Pica-Pau tem que se lhe diga, com mais uma minhoca puxada de mais uma bicada.


Aí está, um dos discursos eloquentes que ninguém lê, sabendo de onde vem, e provavelmente farto da mesma ladainha de sempre. No dia 3 de Junho do corrente ano, em directo do grupo "Ponto de Encontro da Malta Lusófona, Pica-Pau debita um texto de mais de 20 linhas, aquilo que quando outros fazem respeitando as regras da gramática, da pontuação e do bom senso ele chama de "testamento", pois só lhe interessa o que ele escreve - escusado será dizer que anda tão mal lido quanto mal escreve. Provavelmente aborrecido por não ser o centro das atenções durante mais de meia-hora, usa um discurso camuflado de "balada do pobrezinho" e aproveita com isso para atacar a comunidade macaense. Diz que está cá porque "Macau precisa dele" (basicamente isto), que não veio para cá trabalhar (a gente acredita) e mais uma série de parvoíces. Pelo meio, e no contexto, pronto, demos-lhe isso de barato, reafirma que "não é corrupto...ao contrário de muitos macaenses, a maioria, talvez", que "está em Macau desinteressadamente...ao contrário dos mercenários que ficaram e voltaram por dinheiro, não pela terra", e no fim manda uma mensagem de união onde aproveita para insultar novamente os macaenses, recordando-lhes que "se não fosse pelos portugueses,  isto não era nada", e caso alguém pense o contrário, "devolva o passaporte e renuncie à nacionalidade portuguesa" - só comentários e opiniões, críticas construtivas e bem fundamentadas, diz ele. Esterco com moscas, digo eu.



Mas eis que alguém se dignou a decifrar aquela salada-russa de palavras sem artigos, pontuação ou nexo, e foi exactamente uma senhora macaense, que se revelou indignada. Ao contrário da maioria, em especial os que já sabem o que a casa gasta, a senhora ainda encontrou tempo para dar um raspanete na ave-rara, fazendo-lhe ver que aquela generalização que havia feito era "absurda e insultuosa". O pateta defende-se que a mensagem era dirigida "às pessoas certas", que aqui subentende-se ser "a maioria dos macaenses, esses corruptos", mas não, era só para os que queriam...destaninizar??? Ora essa...

Ah, tinha-me esquecido desse detalhe: Pica-Pau, diz-se por aí, é um empresário da área da restauração e hotelaria. Sim, porque não, se o próprio Al Capone era também tecnicamente um "empresário". Portanto estas "bocas" que salpicam a restante comunidade eram apenas para os macaenses que...tiram o tanino ao vinho? Isso ou apenas um deles, que segundo o Pica-Pau é um "racista horrível", que "fomenta este tipo de debates", onde é sempre ele que começa e acaba a ofender tudo e todos mas "apenas para se defender", claro. Vamos voltar ao início para ver afinal como tudo aconteceu:


E foi este o pepino a quem Oliveira colou um rastilho e fez uma bomba incendiária: um daqueles artigos que qualquer elemento do grupo pode colocar na janela principal, e para o efeito basta fazer "copy-paste". Os próprios artigos colocados por Pica-Pau, dúzias por dia, dividem-se em três categorias: "copy-paste" de "sites" relativamente fiáveis sem um único comentário seu; vulgaridades ou outras macacadas com comentários que variam entre o obsceno e o disléxico, ou simplesmente "LOOL", e outros em que o autor dá uma "opinião", sempre prodigiosa em disparate, desinformação, ou preconceito, se não contarmos com aquelas mais lamechas, do tipo "doem medula óssea", coisa que ele nunca faria, em todo o caso. Mas parece que no "blogue da liberdade" nem todos têm a liberdade de publicar o que quiserem, pois logo a seguir ao membro (agora ex-membro) Filipe Rosário ter colocado o "post", deu-se a birra do sono. Ou do chichi, não sei precisar.


E ali estão os primeiros três comentários, separados por intervalos de tempo relativamente dispersos; o primeiro às 4 da tarde, que relembra que em Portugal há boas praias, e aqui não, seguido de outro da autoria do "post", quase duas horas mais tarde, e é já pelo jantar que Pica dá o Pau para a discussão que vai durar pelo serão até de madrugada, deixando mais uma vez a marca do ressentimento.


Segue-se uma série de apreciações à forma como em Portugal são tratados os animais de estimação (recorde-se que inicialmente o tópico era a felicidade dos portugueses) mas não satisfeito com a ausência de antagonismos, eis que o picador-mor resolve "picar" as hostes, recordando-os como são todos amadores na "arte de argumentar", como ele costuma dizer. Mais uma vez sem pensar no que diz nem olhar para o que escreve, sai qualquer coisa como "entre abandonar ou matar e comer vai uma grande diferença!!". Aqui nem a clássica ausência de pontuação serve de desculpa; quando se faz uma comparação será sempre entre uma coisa e outra, ou duas e outra ou outras, portanto "entre abandonar ou matar e comer" não sei se vai uma grande diferença, pois se a escolha for entre matar e, acho que o bicho não vai dar muito pela diferença. A ideia era sobretudo realçar a crueldade da China e dos chineses, que chegam a "arrancar a pele a sangue vivo", uma autêntica novidade. Há um membro do grupo que o tenta acalmar, deixando claro "que existem diferenças" entre Portugal e Macau, Hong Kong e China, trindade que Pica-Pau elegeu "a maior cruel do mundo com os animais", mas de nada adianta, pois ele estava a comentar um comentário que comentaram, e tendo sido comentado ele aproveitou para comentar - a merda do costume, que ele pensa que ninguém percebe que está apenas a encher chouriços até ameaçar ou/e insultar alguém. Depois disto ainda insiste que "dizer que se maltratam animais em Portugal tornou-se num obsessivo e irracional" - garanto que ele foi o único a elevar as coisas a esses píncaros, e o primeiro a falar em estripar, esfolar, comer, vomitar e comer de novo, funções nas quais a China liderava destacada". Está-se mesmo a ver a cena: "Animais abandonados em Portugal?! Que racismo, vindo de chineses que esfolam, matam, estripam, comem etc.". Era o menino a ter um episódio de esquizofrenia. Até que...


Um outro membro do grupo lembra-se de "brincar", como faz questão de deixar bem claro inicialmente, e joga a carta do "estás mal, muda-te". E nem vinha a destoar, senão vejamos: num "post" que fala da suposta infelicidade dos portugueses, onde comentam macaenses a residir em Portugal e o rapazola português em Macau, este último comporta-se como se estivessem os chineses à porta a querer esfolar-lhe o "poodle" (o cão, entenda-se). Dá vontade de lhe dizer que fuja, que salve a pele, já que a mioleira há muito se foi, resumindo: fala de como tudo é tão bom em Portugal e tão mau aqui, que até parece que o diz no conforto de um lar lusitano, disparando contra a realidade longínqua que é a comezaina de cães chineses. Depois disto veio o inflamado discurso dos macaenses corruptos, interesseiros e que não seriam nada sem os portugueses, e tudo porque o rapaz, coitado, caiu aqui aos trambolhões, "não veio para Macau trabalhar" (isso eu acredito, uma das poucas coisas), anda aos caídos, me, me, me, isto apesar da história variar conforme os ventos:


Pois. Mas aí está, à sugestão, mesmo que significasse o fim do horror dos cães mortos e uma vista para a baía de Cascais, Pica-Pau responde com a canção do coitadinho, que está aqui porque nha nha nha, se a mentir já é o que se sabe, a fazer-se de sonso só merece um balde de merda pela cabeça abaixo. E como ainda não se tinha armado em rufia...


...eis que chega outro membro, a tal senhora que lhe respondeu inicialmente, e que insiste em que o passaroco explique melhor essa conversa dos macaenses corruptos e tudo mais, uma vez que é ela própria macaense e também se sentiu atingida. Mas o quê, esperar normalidade vinda daquela panela de chispe? Foi logo cuspir labaredas, que não foi ele que "pisou Portugal", nem foi xenófobo, racista, blá, blá, blá, e "passou-se a vida (ou a 'virar', segundo o picas) a falar mal dos portugueses". Vamos recordar exactamente quanto tempo foi esta "vida":


Ai Jesus, credo, que se o rapaz não tivesse intervido a tempo com aquele discurso para lá de inflamatório, tínhamos perdido a batalha de Aljubarrota (alguém lhe explique o que é isso). Reparem quem foi a única pessoa que fez "like" daquele comentário ridículo - claro, claro, entendeu tudo (coitada...se entendesse...). Se alguém ali andou a falar mal de Portugal, foram os próprios portugueses, a não ser que o sr. Rosário encomendado ele próprio a sondagem, dando depois ordens para que se entrevistassem portugueses insatisfeitos. E depois de tudo aquilo que culminou com um "acabou a conversa", porque a senhora "estava a interpretar mal", e que "não era nada com ela" (depois de ter insultado os macaenses reduzindo-os a "nada sem os portugueses"), a outra que fez o comentário do "estás mal, muda-te", ainda precisou de pedir desculpa! Ah! Mas então, e partir daqui?


A partir daqui foi um caso de "cyber-bullying" sem precedentes, com o palhaço de serviço a ir para lá dos limites de tudo o que razoável para a vida em sociedade, quanto mais para as regras (se as há) do grupo. De repente um macaense a viver em Portugal, membro do grupo "Ponto de Encontro da Malta Lusófona", o "blog da liberdade", ficava constrangido a não falar de notícias de Portugal, foi-lhe sugerido que "entregasse o passaporte português", e "falasse da China", de que ele saberá muito menos do que o país onde vive e do qual é portador da nacionalidade. Cúmulo da ironia quando o Pica-Pau choné o acusa de ser "extremamente racista", chamando-o depois de "chinês que gosta de cheirar o cu dos portugueses". Isto com a complacência de uns e até a cumplicidade de outros que também são responsáveis pelo tal espaço de "convívio em português, livre e sem censura", com destaque para um certo personagem igualmente pouco recomendável que dá mais importância a girafas e gatos chamuscados do que às pessoas que se sentam e convivem com ele. Inicialmente so grupo era um local onde macaenses a residir em Portugal se contactavam, e amiúde organizam almoços de convívio, e onde habita uma peste que chega a criar entre eles divisões. Ultimamente isto tem sido mais notório, com o aumento de "nomes cinzentos", como podem ver nos logs, o que significa que o membro saiu do grupo ou foi expulso pelo Picolho-Pau. E claro, só não se arrisca a ser expulso quem não escrever absolutamente nada - ou for lacaio do fanchono, lá está. Olha: enfim...

Agora estarão alguns a pensar: e o que tens tu a ver (a ver, não haver, ó urso!) com isto? Bom, mais do que inicialmente cheguei a pensar. Durante o tempo em que lá estive praticamente só partilhava os "posts" do Bairro do Oriente, e raramente lia as discussões. Chamou-me a atenção este Nuno Miguel Piolheira aquando da provocação a Eusébio, que segundo ele "não era português", e comecei a seguir o caso de perto. Era evidente que se estava aqui na presença de um indivíduo transtornado e demente, e permitam-me que partilhe um excerto de uma mensagem mandada por uma das pessoas que este traste procurou assediar e humilhar:


E posto isto, do psicopata não se pode esperar que mude, portanto toca a virar o disco. E quanto ao resto, encontrei diversos pontos de interesse neste caso  - afinal andei a ler anos de comentários deste grupo nos últimos dias - que vou partilhar estes dias sempre que tiver oportunidade: um tema bem "silly" para  a "silly season". Aguardai. 


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