segunda-feira, 20 de julho de 2015

70 anos - há quem não tenha aprendido



Em Setembro assinalamos os 70 anos desde o fim da II Guerra Mundial,  na data da rendição final das tropas japonesas, e aparentemente o mundo voltava a viver em paz. Será mesmo assim? Uma guerra destas, onde morreram 40 milhões de pessoas em pouco mais de cinco anos deixa marcas. Marcas profundas que demoram a cicatrizar. Não foi nada de tão distante que conste dos nossos livros de História, nada de contos de reis, rainhas, descobertas, conquistas, e foi muito, mas muito depois do Renascimento, quando supostamente o Homem devia ter adquirido da luz da sabedoria a sensatez que lhe faltou - e faltará. Quase 70 anos depois as marcas estão lá, passam de geração em geração em geração, assim como as imagens de dor, o sofrimento. Qual filho ficaria indiferente sabendo que o pai passou por uma angústia como foi a dos campos de concentração nazi, por exemplo? Uma  memória que lhe apagava o mais vívido sorriso do rosto, que o silenciava quando tinha tanto por dizer. As pessoas vão, mas as memórias ficam, passam de mão em mão, de pais para filhos como outra coisa qualquer mais inocente; uma cantiga, uma lenda, uma laracha - quanto que não temos de mais querido foi também ensinado aos nossos avós? Mas há coisas que para nós podem não fazer qualquer sentido, ou que simplesmente nos deixam indiferentes, sem entender a dor alheia, sem saber a que sabe o sal das lágrimas de quem viu os seus deixados para trás no cenário mais tétrico da História.


Há quem não entenda, nem queira entender. Há quem pense que é tudo uma brincadeira, uma simples brincadeira. Nada, para ele isso não é nada. Nem ele é nada. Este indivíduo insulta gratuitamente a memória inteira de um povo. De um povo que fez uma travessia que não começou só ali no ghetto de Varsóvia, e que viu os tentáculos do horror se estenderem por Auschwitz, Dachau, e outros locais infames, de má memória, de péssima memória. E é péssimo o gosto pelo tipo de brincadeira deste Nuno Miguel Oliveira - mais um pobre ignorante que não sabe a sua História, mas de que a História certamente nunca fará menção, reduzido à sua insignificância, valendo tanto como as palavras ocas e fétidas que são sementes de um ódio que todos queremos esquecer, e não mais passar para os nossos filhos, netos, e para as gerações seguintes. Desculpa? Ah! Do que vale desculpa, se aqui o que conta mesmo é o que nos vai no coração. Será que tem coração, este Nuno Miguel Oliveira? Exagero? Exagero foi o horror, a morte, o ódio, este é só um peçonhento adereço a pedir para ser pisado. O que vale a verborreia que este biltre debite e com a qual polui as redes sociais, onde provavelmente se esquece que do outro estão pessoas que sentem? Não cabe a esta pobre vítima do seu carácter predador, vampiresco e parasitário perdoá-lo da sua falta. Esse é o desígnio de um ser maior. 

Para que não se repita mais o terror, e que cessem essas nódoas na forma de Nuno Miguel Oliveira, e todos os da sua reles sub-espécie. 

PS: ocultei a identidade da pessoa, que já suficientemente HUMILHADA por essa escória sub-humana que pensa que é gente. Vergonhoso!


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