domingo, 7 de junho de 2015

Machismo! Racismo! Bullying! Não pagamos!



Vejam só como o Diabo se apresenta de mil e uma formas. Com que então campeonato do mundo de futebol, uh? Parece-me bem. Me gusta también. Ich gut mit Beirut, mein Ruth. Oba, oba, futebol! Alemanha contra Costa do Marfim?! Está para mim, Joaquim! Que maravilha, sr, Padilha! Duas das maiores potências mundiais da modalidade: de um lado os rigorosos e disciplinados teutónicos, do outro o encanto do futebol africano, sempre imprevisível, ora lírico, ora ingénuo, mas normalmente garantia de bom entretenimento! Mas quando vou ver o resultado e deparo com 10(dez) a zero, pensei que devia haver algum engano. Será que os marfinenses enganaram-se, e julgando tratar-se de um desafio de sub-18 trouxeram aqueles senhores de vinte e poucos anos que se prestam a esses serviços? Não, não há engano algum: era mesmo um desafio a contar para um mundial de futebol, só que...FEMININO! Isso mesmo, caro leitor, e já sei o que está a pensar. Nisto:



Pois é, esta é a única vez em que dá gosto ver mulheres a correr, seja por qual razão for. Mas aqui, deste jeito tão...tão...sapatão??? Ainda por cima futebol, o que me deixa apreensivo, pois na hora das entradas mais duras...



Claro que elas vão dizer que nós é que somos violentos e tal, mas sinceramente senhoras: "you're doing it wrong".  No futebol ganha quem marca mais golos, não quem parte mais dentes ao adversário. Agora, olhando para o "futebol feminino", que soa a algo como "death metal acústico", ou  "o suave desespero do suicida indiferente", começo a ficar seriamente preocupado. Um mundial com 24 países? Epá e não me venham com merdas, que se dos 209 países inscritos na FIFA formos retirar aqueles onde as melhores não podem abrir a boca para falar, ficamos logo com menos de metade. E nem se atrevam a dizer que "elas não jogam mal". Pois não, e aquelas que estão ali no mundial a chocalhar as leiteiras jogam com toda a certeza melhor que eu - e que você, também, não tenha ilusões. O problema é o seguinte: sabe-me dizer quem é esta pessoa?


Parece-lhe familiar? Então vá-se tratar, que esta pobre criatura é, pasme-se, a jogadora que venceu o prémio da FIFA para melhor do mundo em 2014! Então não sabe quem é a Natalie Keßler? Pois, a alemã, exacto, e aposto que nem tinha reparado naquele ß nem nada pois não? Ah já sei, tinha-se esquecido daquele golo...ah, e a propósito, em que clube joga ela? "Só pode ser no Real Madrid, ou isso"? Pois pode, ou em alternativa no "Super-Mulheres Bué da Fixes É Tipo Só Ronaldas  Futebol Clube" - mas é no Wolfsburgo, e eu também ignorava. E sabe porquê? PORQUE NÃO INTERESSA! Eu não tenho nada contra as mulheres fazerem o que muito bem lhes apetecer, mas ...jogar futebol? E porque não urinar de pé, já agora? Não tem comparação possível? Para mim tem, que me recuso a assistir a ambas e evito os locais onde se possam vir a realizar. O futebol não foi feito a pensar nas mulheres, meus amigos. As mulheres sabem disto, e não incluem sequer nos tais direitos que passam a vida a reclamar, e as que pensam "mas que mal é que tem?", apesar de não se conseguirem imaginar sequer dentro de um relvado com outras duas dúzias de mulheres a correr atrás de um esférico para deleite de uns sonsos que ainda lhes mandam "bocas" da bancada onde estão com o rabo sentado? E não devo estar errado se afirmar que as mulheres ainda escutam mais impropérios que os homens; não estou a ver ninguém a criticar o Cristiano Ronaldo por uma eventual quebra de rendimento com o facto do jogador português do Real Madrid "estar menstruado" - é só um exemplo, mas consigo pensar noutros bem piores. Ali esfolam-se joelhos, e existe o sério risco de lascar, e até  de PARTIR uma ou mais unhas, sabiam? Contraem-se lesões que podem vir a requerer cirurgia, e fica-se com as pernas cheias de cortes, que mais parecem as de uma poveira ou nazarena que passou a vida a amanhar peixe de joelhos nas rochas, ao mesmo tempo que dava a luz batalhões de filhos, que lhe puxavam os cabelos enquanto mandava vir mais um vitelo. Mas a jogar futebol nem essa sorte têm, sabem que mais? Os homens não se sentem atraídos por mulheres que jogam futebol. Eu sou 1) homem e 2) não me sinto atraído de todo por mulheres futebolistas. Quem disser que existem mulheres futebolistas atraentes, começa logo por cair numa contradição em termos: uma mulher atraente, sabendo que o é, NUNCA vai ser futebolista. E agora é bem possível que já haja quem esteja a pensar que isto vai descambar para o habitual preconceito de que as mulheres atletas em geral e as futebolistas em particular são fufas, mas da minha parte podem esperar tudo menos isso; como já disse, jogadoras de futebol é uma profissão/ofício/actividade a cujo espaço reservado na minha agenda de contactos se encontra completamente em branco. Bom, mas já que falei no assunto, tinha na escola uma colega que jogou no Sporting e mais tarde no 1º de Dezembro, onde crónica campeã nacional e internacional pela selecção mais de 100 vezes, e era lésbica que metia dó. Acho que ela absorvia testosterona por meio de magnetismo, não sei bem, mas digamos que é uma daquelas pessoas onde a expressão "mas quem é que usa as calças lá em casa" ganha uma nova dimensão. 

Agora mudando completamente de assunto, para outro que não tem absolutamente nada a ver com o anterior: estas são quatro das maiores estrelas mundiais do futebol feminino, todas elas profissionais. Da esquerda para a direita temos a brasileira Marta da Silva, uma das que se pode dizer que se "ouviu falar", e que no total se contam pelos dedos de uma mão, a japonesa Homare Sawa, cujo nome tive que ir conferir três vezes durante o tempo em que escrevi este artigo, a alemã Birgit Prinz e a norte-americana Kristine Lilly. Todas elas famosíssimas. A sério, juro que não estou a brincar, e estas tipas recebem rios de dinheiro para jogar à bola! Quem paga? Gente doentia, suponho, e basta olhar para  as selecções que concorrem ao mundial deste ano para encontrar um padrão que ajuda a explicar muita coisa. Mesmo tendo alargado para 24, estão lá os suspeitos do costume: 1) Brasil 2) Países que tentam imitar o Brasil (Equador, Colômbia, Costa Rica, México) 3) Países que investiram no futebol feminino porque no masculino sabem que as hipóteses em obter sucesso são mínimas ou nulas (Japão e China) 3) Fufalhada nórdica que já levava isto a sério quando o resto do mundo pensava que era uma piada (Suécia e Noruega) 4) Países onde existe um número respeitável de mulheres feias ou/e peludas com necessidades urgentes de afirmação (Inglaterra e Espanha) 5) Países onde jogar na selecção é uma forma de obter a cidadania e outras regalias, e é raro encontrar na equipa um natural desse país (Holanda, Suíça e França) e finalmente...


...países onde o futebol feminino tem projecção por todos os motivos já referidos, e ainda outros, como o facto de não gostarem de futebol, ou não entenderem uma porra sobre o jogo - nem as regras! Claro que falo de Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e Canadá, que é onde se organiza este mundial, e se organizou também o mundial de futebol feminino de sub-20 no ano passado. Epá os canadianos devem adorar futebol feminino. Tanto que as únicas equipas profissionais de futebol masculino competem na MLS, a liga dos Estados Unidos. Isto é gente que ODEIA futebol, meus amigos, e quer destruí-lo! E com  tudo isto contei 18 das tais 24 selecções, e ficaram de fora cinco países "esquisitos": Costa do Marfim, Nigéria e Camarões, que devem ser os únicos países africanos onde é permitido às mulheres sair de casa para participar numa actividade em proveito próprio, ou com fins lúdicos e recreativos; a Coreia do Sul, que deve andar a querer imitar o Japão (e nem precisava...), e a Tailândia, onde vendo bem existe uma ambiguidade de géneros que pode ser útil numa modalidade onde os níveis de estamina desempenham um papel importante na questão do vencedor (mesmo assim perdem, pois a outra componente ainda mais importante é a técnica), Ficam 23, e há a 24ª selecção feminina, que é um mundo à parte:


Claro que falo da Alemanha, tetra-campeã mundial em futebol a sério, mas que no futebol feminino conseguiu conquistar o título por duas vezes, em 2003 e 2007 - certamente que estarão todos lembrados dessas inesquecíveis equipas com as suas magníficas jogadoras. Ahem. Ainda por cima em 2011, e na qualidade de bi-campeãs mundiais e país organizador, foram afastadas nos quartos-de-final pelo Japão, com as japonesas a sagrarem-se nesse ano campeãs mundiais. Já dá para entender que há qualquer coisa de errado na frase "Japão campeão mundial de futebol", pelo que é necessário acrescentar "...feminino", antes que o resto da humanidade comece a pensar que Godzilla engoliu todas as selecções de futebol do mundo e entre em pânico. Mas para os alemães, isto não pode ser, e tem se corrigir, e pronto, investem nisto como em tudo o que fazem, e até ganharem, serem os melhores e calarem todo o mundo não se cansam. E assim chegamos a isto: 10-0. Contra a Costa do Marfim. Tomei a liberdade de editar o vídeo dos golos para o preciso momento em que estes acontecem. Reparem na "qualidade" do conjunto marfinense, nomeadamente a sua guarda-redes.


Aí está, e lembrem-se deste nome: Dominique Thiamale. Assim se chama aquela autêntica "tigresa" entre os postes, que ia ali com garra buscar a bola ao fundo das redes, depois de alguns instantes a tentar perceber porque é aquelas simpáticas moças parecidas com a Heidi faziam sobrevoar aquele objecto junto das tábuas onde a mandaram ficar de pé, e o trocavam entre si, apenas para depois se fartarem de brincar com ele e mandá-lo fora com um  pontapé - persistia em voltar, contudo, e voltou por umas dez vezes. Ela não tem bem a certeza, mas acha que deve ser aquele objecto de que ouviu falar um dia, um tal "boomerang", mas está na dúvida, pois disseram-lhe que isso se fazia era "na Austrália", e naquele momento encontrava-se no Canadá. Ficou confusa e chorou. Mandaram-na voltar lá na quarta, ao mesmo sítio lá em Ottawa, Ontario, que iam lá umas senhoras tailandesas para ver como é ela dextra em recolher bolas do fundo das redes. Ela disse que "tudo bem, estava lá à hora marcada". É tão Ontária, coitada. Isto que os alemães fizeram é "bullying", meus amigos. Primeiro metem-se em duas guerras que não deviam, perdem, e agora isto. Tudo bem, a Costa do Marfim deve-lhes dinheiro (assumo que deve, uma vez que todos devem...), mas isso não é razão para tratar assim as senhoras, francamente. Além disso ainda pode ser inserido na categoria daquilo que dizem que uns pensam em fazem em relação a outros porque estes resolveram ir nascer diferentes só para embirrar? Ah, "racismo", sim, é "racismo" tipo, "super". Façam como os gregos, nobres marfinenses: mandem os alemães - ou neste caso as alemãs -  à fava. E peçam-lhes para levar o futebol feminino com elas, também.




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