quarta-feira, 11 de março de 2015
Porto de gala (e de golos), Real de "galo"
O FC Porto chegou em grande estilo aos quartos-de-final da Liga dos Campeões, depois de golear ontem no Dragão os suíços do FC Basel por quatro bolas a zero. A única equipa portuguesa ainda em prova nas competições europeias já tinha obtido um empate no jogo da primeira mão, o que se vem agora a revelar ter sido afinal um resultado muito lisonjeiro para o Basel, que era a mais fraca desta segunda fase da Liga Milionária. Brahimi abriu as hostilidades aos 14 minutos, resultado com que se chegou ao intervalo, e uma ilusão de que o campeão e líder destacado da liga helvética ainda poderia atrapalhar a equipa portuguesa. As dúvidas começaram a dissipar-se logo no início do segundo tempo, aos 47 minutos, quando o mexicano Herrera fez o 2-0, para dez minutos Casemiro fez o terceiro e acabou com quaisquer dúvidas que ainda persistissem. No Porto a maior ausência era o artilheiro da equipa, o colombiano Jackson Martínez, a braços com problemas físicos, mas o seu substituto, o camaronês Vincent Aboubakar, fez questão de mostrar que merece também a confiança do técnico e respeito dos adeptos, assinando o quarto dos azuis-e-brancos a quinze minutos do fim. Paulo Sousa, ex-internacional português que representou Benfica, Sporting e um conjunto de equipas estrangeiras que nem ele próprio sabe quantas foram, reconheceu desde o início a superioridade dos dragões. E afinal parece que não era só "bluff".
Se no Dragão tivemos quatro golos, o que se pode considerar muito bom para uma prova em que nesta fase o equilíbrio entre as equipas é a nota dominante, em Madrid tivemos sete na partida entre o Real e o Schalke 04, com a diferença que aqui houve emoção, com a incerteza quanto à equipa apurada para os quartos-de-final a durar até ao apito final. Tudo isto por culpa dos espanhóis, que estiveram muito desastrados, e mérito dos alemães, que não baixaram os braços depois da derrota por 0-2 em Gelsenkirchen no encontro da primeira mão. Na altura os "merengues" decidiram "levantar o pé" depois do segundo golo, julgando ter a eliminatória ganha, mas estavam muito enganados, e o erro podia-lhes ter custado caro. Quem deixou isso bem claro foi Christian Fuchs (lol), que marcou o primeiro para os visitantes aos 20 minutos, mas C. Ronaldo empataria logo a seguir, aos 25, garantindo desde logo que não iria haver prolongamento no Bernabéu essa noite. Ronaldo voltou a dizer "presente" com o seu segundo golo e o segundo da sua equipa, mesmo ao cair do pano da primeira parte, mas ão antes do holandês Klas Huntelaar ter feito o 2-1, que colocou de novo o Schalke em vantagem, e com boas hipóteses de surpreender o campeão europeu em título - Ronaldo foi para os alemães um verdadeiro "empata-Fuchs". Na segunda parte Benzema virou o resultado a favor do Real Madrid, aos 52 minutos, mas quando Ancelotti pensava que podia finalmente descansar no banco madrilista, eis que Leroy Sané, filho de uma antiga campeã de ginástica alemã e um ex-jogador de futebol senegalês...esperem, deixem-me mostrar a equação:
E foi assim, made in Germany, como os Mercedes. Portanto este adolescente com genes de atleta fez o golo do empate, e faltava ainda mais de meia hora para o fim da partida e da eliminatória, e quando Huntelaar bisou a seis minutos do fim, o treinador italiano do Real ficou à beira de uma apoplexia. O Real "aguentou-se" e acabou por se apurar, apesar da derrota. Ancelotti pediu desculpa aos adeptos no final do encontro. E só que tinha que pedir...
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