terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Vou ou não voo?
Foram encontrados os destroços do vôo da Air Asia que estava desaparecido desde Sábado, com 162 passageiros a bordo, e como em qualquer caso destes que siga as regras da lógica, confirmou-se o pior: o avião despenhou-se e não há sobreviventes. As imagens das operações de recolha dos corpos falam por si, e são de uma força que deixa os mais insensíveis a engolir a seco. Foram recolhidos mais de 40 corpos, e podemos ver um deles no início da reportagem, semi-nu e inchado, mas "intacto" - pelo menos se atendermos à imagem que normalmente temos de um acidente destas dimensões - o que reforça a teoria do acidente; já havia sido colocada a hipótese do aparelho sinistrado ter sido atingido por um raio durante uma tempestade, e ter saído do contacto dos radares, assumindo-se de imediato que só um milagre poderia evitar a fatalidade. Pensando bem, este é o tipo de situação ideal para que seja quem for que faz esses "milagres" em que algumas pessoas ainda teima em acreditar aconteça. Devem andar distraídos, os "milagreiros". Nota positiva para o patrão da companhia de baixo custo malaia, Tony Fernandes, que em vez de pôr com merdas, preferiu resolver rapidamente a questão do dinheiro dos seguros a que têm direito os familiares do malogrados passageiros. Tudo bem, não traz aquelas pessoas de volta ao mundo dos vivos, mas sempre ajuda as famílias a não precisarem de se aborrecer com algo que muitas vezes traz consigo situações bastante desagradáveis para quem supostamente devia estar de luto.
Se me perdoaram a "blasfémia" (outra patetice...) ali em cima, chegaram a este parágrafo, e se ainda não sabiam que hoje a Air Asia provocou mais um susto aos seus passageiros, ficam agora a saber. Um avião com 159 pessoas a bordo foi aterrar num lamaçal junto ao aeroporto de Kalibo, nas Filipinas, perto da famosa estância de férias de Boracay, na província de Vissayas. Aparentemente o problema foi causado pelo trem de aterragem, que demorou a sair e fez com o que piloto não tivesse tempo suficiente para acertar na pista. Curiosamente estive lá há 3 anos e achei tanto o aeroporto como a própria bastante além do que seria de esperar de um aeroporto internacional, mas isso é secundário, apenas um "fair-divers", até porque neste pequeno acidente não houve a lamentar mortes, nem houve feridos com gravidade. O que é uma certeza é a Air Asia andar numa onda de azar, e se também acreditam nos contos da carochinha, o melhor é irem à bruxa: nunca haviam sofrido qualquer acidente nos 13 anos de operações em que serviram mais de 200 milhões de viajantes a preços mais acessíveis que as companhias convencionais. Mais caro ou mais barato, não há uma garantia de 100% de segurança - estas coisas acontecem. Pouco adianta vir com estatísticas que provam para além de qualquer dúvida que é mais seguro viajar de avião do que de automóvel, por exemplo, pois dificilmente se convence seja quem for que é menos perigoso andar nas núvens do que ter os pés (ou os pneus) bem assentes na terra. Não serve de consolo nenhum para os que sofreram com mais esta tragédia, mas pelo menos uma coisa ficaram cm a certeza: que foi um acidente. Já quando se metem americanos e russos ao barulho...
Sem comentários:
Enviar um comentário