domingo, 14 de setembro de 2014
Levanta-te e anda (e vai-te embora)
Kanye West, esse grande palerma que só faz merda, deu um concerto em Sydney na sexta-feira e segundo a imprensa "cometeu uma gaffe", ou provocou "um mal-entendido". Nem sei porque é que a imprensa é tão generosa com pessoas que já provaram além dos limites do razoável serem completamente disfuncionais, e provavelmente consituiriam menos perigo para si mesmo e para a sociedade se estivessem institucionalizados. Outros como Paul Gascoigne, por exemplo, ou algumas celebridades com tendência para a asneira que são dependentes de substâncias ainda têm essa desculpa, agora este diz-se "normal", "inteligente" e ainda é muito senhor do seu nariz. Isto prova como o mundo é injusto; um tipo que alegadamente "canta", tem tudo o que quer, dorme com as gajas que lhe apetece, esbanja milhões em porcarias sem utilidade nenhuma, e no fim ainda dá uma de revoltado, assedia toda a gente que lhe aparece pela frente, encontra desaforo em toda a parte, em suma, fosse este mundo triangular e estaria ele sentado no vértice. Ah pois, e agora que debitei tudo isto o que é que ele fez desta vez afinal? Interrompeu o tal concerto em Sydney e exigiu ao público que se levantasse, "caso contrário não continuava" (não me atrevo a acabar a frase com "a cantar"). Dois dos espectadores não se levantaram, o bardamerdas insistiu, mas antes que lhes desse um sermão de meia hora a dizer sempre a mesma coisa, vieram informá-lo que se tratava de paraplégicos. Pois não, havia de ser dois gajos ainda mais malucos que ele que pagariam um balúrdio por um bilhete para ficar a assistir a duas horas de poluição sonora só à espera de uma oportunidade para aborrecer o menino. Mas não, que é isso, o rapaz é um "anjinho", foi um mal-entendido, e é "normal" - para o Kanye West, claro. É o perfeito anormal de que tanto oiço falar.
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