terça-feira, 10 de junho de 2014

Brasil 2014: Grupo E



SUÍÇA

Palmarés: 10 participações

Melhor classificação: 7º lugar (Quartos-de-final, 1934)

Ranking FIFA: 6º lugar (Junho 2014)

Qualificação: 1º lugar Grupo E, UEFA

Os suíços detêm um recorde: a equiopa que ficou mais minutos sem sofrer golos num mundial, 559, entre a derrota contra a Espanha por 3-0 em 1994, passando pelo mundial de 2006, onde foram eliminados sem consentir qualquer golo - a única equipa a conseguir este feito - e a derrota contra a Chile na segunda jornada do Grupo H do mundial de 2010. Apesar da vitória no jogo inicial contra a Espanha em 2006, os helvéticos seriam eliminados na primeira fase, mas mantêm o alemão Ottmar Hitzfeld no comando técnico.



A ESTRELA: GÖKHAN INLER

Nome: Gökhan Inler

Data de nascimento: 27 de Junho de 1984 (29 anos)

Clubes: FC Basel (2004-2005), FC Aarau (2005-2006), FC Zürich (2006-2007), Udinese (2007-2011), Napoli (2011-)

Um médio-centro e distribuidor muito "suíço", apesar da sua ascendência turca. Inler demorou alguns anos a vingar no futebol helvético, antes de assinar pela Udinese, e depois pelo Nápoles, onde conquistou duas taças de Itália e foi preponderante nas campanhas dos napolitanos na Serie A, onde mais uma vez este ano garantiu a presença na pré-eliminatória da Champions.



O TREINADOR: OTTMAR HITZFELD

Nome: Ottmar Hitzfeld

Data de nascimento: 12 de Janeiro de 1949 (65 anos)

Como jogador apanhou um "gostinho" da Suíça quando se sagrou campeão pelo Basel em 1972 e 73, mas nunca se afirmou na selecção alemã, apesar de ter apontado 5 golos nas seis internacionalizações com a camisola da "mannschaft" em 1972. Como treinador iniciou a carreira também na Suíça, vencendo a taça com o Aarau em 1985 e dois campeonatos com o Grasshoppers em 1990 e 1991. A sua afirmação no país natal deu-se quase acidentalmente: contratado pelo Borussia Dortmund em 1994, sagrou-se bi-campeão da Bundesliga e venceria a Liga dos Campeões em 97, a única do Dortmund na sua história. Era inevitável que fosse para ao Bayern de Munique, onde ficou entre 1998 e 2004, conquistando por quatro vezes a Bundesliga e sagrando-se campeão europeu uma segunda vez em 2001, primeiro dos bávaros em 25 anos. Numa segunda passagem pelo Bayern juntava mais um campeonato doméstico, tornando-se penta-campeão. Ficou encarregado da selecção suíça desde 2008, qualificando-a para o mundial de 2010, e assegurando a confiança da federação até ao momento.



FRANÇA

Palmarés: 14 participações

Melhor classificação: Campeão (1998)

Ranking FIFA: 14º lugar (Junho 2014)

Qualificação: 2º lugar Grupo I, UEFA; Play-off: Ucrânia 2-0 França, França 3-0 Ucrânia.



A França tem tido um desempenho "yo-yo" em campeonatos do mundo nos últimos 30 anos. De grande potência na primeira metade dos anos 80, esteve ausente em 90 e 94 antes de conquistar o título em 1998, em casa, ficando pela primeira fase em 2002, voltando a disputar a final em 2006, perdendo para a Itália, e em 2010 não passaria dos grupos. Este ano estão no Brasil quase por milagre, depois de recuperar de uma desvantagem de 0-2 na Ucrânia, vencendo no Stade de France por 3-0. A maior contrariedade para os gauleses foi sem dúvida a lesão de Franck Ribery, deixando a equipa sem uma grande referência, mas a firme liderança de Didier Deschamps permite pelo menos aos franceses não recear as "trapalhadas" do anterior selecionador, o sr. Domeneche.



A ESTRELA: KARIM BENZEMA

Nome: Karim Mostafa Benzema

Data de nascimento: 19 de Dezembro de 1987 (26 anos)

Clubes: Lyon (2004-2009), Real Madrid (2009-)

Internacionalizações: 66 (21 golos)

Com a ausência de Ribery, sobra Benzema. O franco-argelino que foi tetra-campeão pelo Lyon nas suas primeiras épocas como sénior, e apontou 53 golos entre 2007 e 2009, o que lhe valeu a transferência para o Real Madrid. Nos "merengues" teve problemas em afirmar-se como "actor principal", quer por culpa de Cristiano Ronaldo, quer por culpa das outras estrelas dos madrilistas. Este ano vai para o Brasil motivado pelo título europeu conquistado em Lisboa, e pelos 102 golos que apontou pelo seu clube nos últimos 4 anos.



O TREINADOR: DIDIER DESCHAMPS

Nome: Didier Claude Deschamps

Data de nascimento: 15 de Outubro de 1968 (45 anos)

Como jogador conheceu a glória a nível de clubes, sagrando-se campeão europeu pelo Marselha em 93 e pela Juventus em 95, e pela selecção fez a travessia do deserto, estando ausente dos mundiais de 1990 e 1994, mas assumindo o papel de capitão da equipa vencedora do mundial em 1998. Como treinador começou por cima, no Monaco, sagrando-se vice-campeão em 2003 e perdendo a final da Liga dos Campeões em 2004. Foi responsável pelo renascimento da Juventus, levando-os de volta ao à Serie A depois da hecatombe no "calcio caos". De volta a França foi campeão pela Marselha em 2010, e substituíu Laurent Blanc na selecção depois do Euro 2012.



EQUADOR

Palmarés: 2 participações

Melhor classificação: 12º lugar (Oitavos-de-final, 2006)

Ranking FIFA: 26º lugar (Junho 2014)

Qualificação: 4º lugar CONMEBOL



Os ecuatorianos regressam em grande estilo ao mundial depois de uma ausência em 2010, falhando a terceira participação consecutiva. Ilustres desconhecidos até finais do século passado, passaram a uma das equipas com que contar na América do Sul, com um mercado de exportação de jogadores que vai chamando a atenção de clubes europeus, sendo a sua maior referência Antonio Valencia, que ostenta a mítica camisola 7 dos ingleses do Manchester United. O ponto fraco será talvez a linha ofensiva, onde a maior referência é Filipe Caicedo, que ficou conhecido entre nós pela sua passagem menos conseguida pelo Sporting. Contudo o treinador Reinaldo Rueda deverá manter a ffé em discutir um dos dois primeiros lugares, atendendo a que este é um dos grupos teoricamente mais fracos do mundial.



A ESTRELA: ANTONIO VALENCIA

Nome: Luis Antonio Valencia Mosquera

Data de nascimento: 4 de Agosto de 1985 (28 anos)

Clubes: El Nacional (2003-2005), Villarreal (2005-2008), Wigan (2008-2009), Manchester United (2009-)

Internacionalizações: 71 (8 golos)

Antonio Valencia foi contratado pelo Manchester United em 2009 para substituir Cristiano Ronaldo, saído então para o Real Madrid. Só que ao contrário do "craque" português, este equatoriano que teve como primeiro salário 50 dólares (400 patacas) por mês na sua carreira de profissional é um jogador com certas limitações, quedando-se sobretudo pelo lado direito do ataque, onde faz a posição de extremo irrepreensivelmente, mas depende de uma linha ofensiva forte para concluir a as suas jogadas. Um jogador rápido, na auge da maturidade, os sul-americanos confiam nele para levar o Equador a bom porto.



O TREINADOR: REINALDO RUEDA

Nome: Reinaldo Rueda Rivera

Data de nascimento: 16 de Abril de 1957 (57 anos)

Reinaldo Rueda, cujo nome não diz muito a ninguém - e com razão, pois trata-se do treinador com menos currículo neste torneio - é um colombiano, que como tal fez a sua carreira de treinador na Colômbia. Nunca foi jogador profissional, e treinou alguns clubes colombianos antes de se encarregar dos sub-20 em 2002, e dos séniores em 2004. Treinou as Honduras no último mundial, e agora pega no Equador, com quem vai curiosamente defrontar os hondurenhos neste Grupo E.



HONDURAS

Palmarés: 2 participações

Melhor classificação: 18º lugar (Fase de grupos, 1982)

Ranking FIFA: 33º lugar (Junho 2014)

Qualificação: 3º lugar CONCACAF



As Honduras participam pela terceira vez numa fase final de um mundial, e ainda não venceram qualquer partida. No entanto têm-se batido com braveza, nunca tendo perdido um jogo por mais de dois golos, apesar de terem ficado em branco no último mundial, na África do Sul. Este Grupo E tem todas as condições para os centro-americanos melhorarem a sua melhor performance de sempre, se bem que são os menos favoritos para a passagem à fase seguinte.



A ESTRELA: CARLO COSTLY

Nome: Carlo Yaír Costly Molina

Data de nascimento: 18 de Julho de 1982 (31 anos)

Clubes: Platense (2003-2007), Bełchatów (2007-2010), Vaslui (2010), Atlas (2011-2012), Veria (2012), Guizhou Zhicheng (2013), Real España (2014-)

Internacionalizações: 70 (31 golos)

Pode não se ter afirmado num grande campeonato europeu, ou sequer do continente americano, ams os fãs respeitam-no pela sua devoção à camisola da "La Garra Catracha". Passou pela Polónia, Roménia, México, Grécia e China, com curtas experiências nos ingleses do Birmingham e nos norte-americanos do Houston Dynamos, e talvez a razão pela qual os fãs da selecção hondurenha gostam dele é pela apetência em marcar mais golos pela equipa nacional do que pelos clubes por onde passa: em onze anos de profissional marcou 53 golos, enquanto que em apenas sete anos de internacional marcou 31. A sua elevada estatura, de 1,90 metros, poderá ser um problema para as defesas adversárias, mormente nas bolas paradas.



O TREINADOR: LUIS FERNANDO SUÁREZ

Nome: Luis Fernando Suárez

Data de nascimento: 23 de Dezembro de 1959 (54 anos)

Assim como os equatorianos, os hondurenhos apostam num treinador colombiano. Isto parece muito "latino-americano", e quase dá vontade de dançar, mas este Luis Fernando Suárez tem pelo menos experiência a nível de títulos, tendo vencido a Copa Libertadores como jogador em 1989 pelo Atletico Medellín, e o campeonato colombiano pelo mesmo clube, como treinador. Fica agora encarregado de tentar a primeira vitória pelas Honduras na sua estreia em campeonatos do mundo.



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