domingo, 25 de maio de 2014

A décima for "for Real"


Lisboa foi ontem o palco da final da Liga dos Campeões, e pode-se mesmo dizer que a capital portuguesa voltou a ser espanhola. Pela primeira vez na sua história a final da competição mais importante da UEFA foi discutida entre duas equipas da mesma cidade: o Real Madrid e o Atletico Madrid. O Estádio da Luz encheu-se de "merengues" e "colchoneros", os primeiros na esperança de ver o seu clube conquistar pela 10ª vez o troféu, e os últimos na esperança de acrescentar à sua galeria este troféu que lhes falta. O Atletico voltou a fazer um jogo inteligente, de contenção e sempre de olho no contra-golpe, revelando um conjunto unido e com a lição táctica bem estudada. O primeiro golo surgiu pelo defesa Diego Godin, o argentino que já tinha marcado em Barcelona o golo que deu o título à sua equipa aproveitou o adiantamento do guardião Iker Casillas, que foi muito mal batido, e causou a explosão de alegria aos seus adeptos, que estavam em minoria na Luz, mas com o apoio "de fora" de mais 20 mil no Marquês de Pombal. Depois o Atletico tentou guardar a bola, trocá-la, exercer pressão no meio do campo, e sobretudo manter vigilância apertada sobre as estrelas do Real - Bale, Benzema, Dí Maria (o melhor em campo) e C. Ronaldo, este visivelmente desgastado no plano físico. O Real começava a desesperar à medida que o tempo passava, até que no terceiro dos quatro minutos de descontos dados pelo árbitro holandês Bjorn Kuipers os "merengues" mostraram que também têm um defesa goleador: Sergio Ramos, que na meia-final em Munique tinha apontado dois golos que tinham decidido a eliminatória a favor da sua equipa. O defesa internacional espanhol foi lá à frente mostrar aos seus colegas da linha da frente como se vaz, e manda o jogo para prolongamento, para desespero de Diego Simeone, que já contava os segundos, e para alívio de Carlo Ancelotti, que começava a ver o título a fugir-lhe das mãos. Nos 30 minutos extra o Atletico quebrou, apesar de aguentar ainda os primeiros quinze, e o Real marcou não uma, não duas mas três vezes, dando um tom de goleada que fez parecer fácil o que foi realmente muito difícil. Bale aos 110 fez o 2-1, o lateral brasileiro Marcelo fez o terceiro aos 118, e na última jogada do encontro C. Ronaldo deixa a sua marca nesta final, ele que apontou o seu 17º golo nesta edição da prova. O português venceu pela segunda vez a Liga dos Campeões, enquanto o treinador Carlo Ancelotti venceu pela terceira, tornando-se o treinador mais vitorioso na competição. Fábio Coentrão jogou a titular mas foi substituído aos 59 minutos por Marcelo, Pepe não saiu do banco, enquanto que do lado do Atletico, Tiago alinhou os 120 minutos.

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