sexta-feira, 16 de maio de 2014
A caminho do Brasil: a história de um penta
Na quarta-feira dei início a esta rubrica falando do "Maracanaço", e ontem foi a vez de dedicar um artigo ao "rei" Pelé, vencedor de 3 dos quatro mundiais em que participou. Mas e quanto às restantes participações da selecção brasileira que a levariam à conquista do número recorde de cinco títulos mundiais? A participação do Brasil em mundiais de futebol confunde-se com a própria história do torneio: é a única selecção que participou em todas as 19 edições, e é juntamente com a Alemanha a única que nunca falhou uma qualificação - os alemães estiveram ausentes dos mundiais de 1930 e 1950 por outros motivos.
Preguinho foi o autor do primeiro golo do Brasil em mundiais.
O primeiro mundial de futebol foi realizado no Uruguai, pois os "celestes" eram considerados a maior potência da modalidade, tendo conquistado os torneios olímpicos de 1924 e 1928, e não viriam a desiludir na primeira edição desta nova prova. Foram convidadas várias selecções, mas apenas 13 se apresentaram no torneio final, que decorreu entre 13 e 30 de Julho de 1930. As equipas ficaram alinhadas em quatro grupos, um com quatro equipas e os restantes com 3, com o vencedor de cada um deles a seguir para as meias-finais. O Brasil ficou no grupo 3, com a Jugoslávia e a Bolívia, e cedo ficou arredado da fase seguinte. No jogo de estreia a equipa orientada por Píndaro Carvalho Rodrigues apanhou pela frente os jugoslavos, perdendo por duas bolas a uma, com 0-2 ao intervalo. Ainda deu para ver história a ser feita no segundo tempo, quando um tal João Coelho Neto, atleta do Fluminense mais conhecido por "Preguinho" fez o primeiro golo da selecção brasileira em mundiais. Mal sabia aquele jovem então com 21 anos o significado daquele feito. Na partida seguinte a Jugoslávia goleou a Bolívia por 4-0, e de nada valeu o Brasil repetir o mesmo resultado contra os bolivianos - o "escrete" ia para casa, numa estreia um tanto ou quanto apagada.
Leônidas, o primeiro herói brasileiro na Copa.
Pior ainda foi quatro anos depois, em Itália, naquela que seria a participação mais curta do Brasil em mundiais, com apenas um jogo realizado. No primeiro mundial que requeria que os países participantes passassem por uma qualificação no seu continente, os 16 finalistas jogavam em Itália num sistema a eliminar, com oitavos, quartos e meias-finais, até à final, de onde sairia o vencedor. O Brasil apanhou pela frente a Espanha, e a "fúria roja" levou a melhor por 3-1. O autor do golo do "escrete" foi um tal Leônidas da Silva, que na sua carreira passou por vários clubes, desde o Flamengo, Vasco ou Botafogo, no Brasil, até aos uruguaios do Peñarol. É a ele que se atribui a invenção do "pontapé de bicicleta", e seria ele o primeiro grande nome do "escrete" na sua longa lista de "craques".
Quatro anos depois do fiasco em terras italianas, veio o mundial da França, com o mesmo sistema do anterior. Desta feita o adversário era a Polónia, e em Estrasburgo, sem que o nada o fizesse prever, aconteceu um dos jogos míticos da história dos mundiais. O Brasil vencia por 3-1 ao intervalo, com Leônidas a assinar um dos golos, logo aos 18 minutos. Os polacos recuperariam no segundo tempo, e aos 90 minutos o resultado encontrava-se empatado a quatro bolas. No prolongamento Leônidas marcou dois, a Polónia ripostou, mas a partida terminaria em 6-5 para os sul-americanos; um verdadeiro festival de golos. Nos quartos-de-final, outra equipa de leste, a Checoslováquia, e após um empate a uma bola em Bordéus - com golo de Leônidas - e sem que o tempo extrea desempatasse a contenda, foi necessário um jogo de desempate, que o Brasil venceria por 2-1, com Leônidas a marcar mais um golo. Nas meias-finais o Brasil cairia finalmente aos pés da campeã mundial Itália, que revalidaria o título, por 2-1, com Leônidas a marcar. O avançado brasileiro seria o melhor marcador do torneio, com sete golos, depois de somar mais dois no jogo para o 3º lugar contra a Suécia, que o Brasil venceria por 4-2. O país do futebol, do samba, e do futebol-samba mostrava finalmente as suas credenciais. Veio a II Guerra Mundial, e no regresso aos mundiais em 1950 o anfitrião seria o Brasil, que procurava a afirmação na forma de um título mundial. Depois foi o que se sabe.
Depois do fiasco do "Maracanaço", o Brasil apresentou-se no mundial seguinte, em 1954 na Suíça, muito mais cauteloso e menos confiante. E nem tinha razões para aspirar a grandes vôos, e apesar da primeira fase bem conseguida, com uma vitória por 5-0 frente ao México e um empate a um golo com a Jugoslávia, os brasileiros cairiam nos quartos frente à poderosíssima Hungria, que nesta competição marcou 27 golos em 6 jogos (!). O Brasil foi "servido" com 4-2 em Berna, com Sandor Kocsis, que viria a ser o melhor marcador da prova com 11 golos, a apontar dois. Os "magiares" viriam a perder a final frente à Alemanha Ocidental, um tanto ou quanto inesperadamente. Para o Brasil seguiu-se a era Pelé, com três títulos mundiais em 1958, 1962 e 1970, com uma eliminação na fase de grupos em 1966, o pior resultado de sempre desde 1934.
O nosso conhecido Marinho Peres, capitão do "escrete" no mundial de 1974.
Orfãos de Pelé e companhia, o Brasil apresentava-se no mundial da Alemanha em 1974 com uma equipa ambiciosa, mas sem se assumir como favorita. Dos campeões de 1970 restavam Jairzinho e Rivelino, e outros nomes sonantes incluíam o guarda-redes Emerson Leão, o defesa Marinho Chagas, o médio Paulo César Carpegiani ou os avançados Edu e Valdomiro. Depois da lesão do capitão Piazza, foi o nosso conhecido Marinho Peres, que como treinador esteve à frente do Belenenses, Sporting. V. Guimarães e Marítimo, a ostentar a braçadeira. Depois de dois tímidos empates a zero na fase de grupos, primeiro frente à Jugoslávia e depois contra a Escócia, veio a vitória por 3-0 frente ao modesto Zaire, e a passagem em segundo lugar do grupo. Na segunda "poule" de grupos, a confiança cresceu com as vitórias tangenciais frente à Alemanha Democrática, ou RDA, por 1-0, e à Argentina por 2-1. Na decisão de quem iria discutir a final em Munique, o Brasil caía perante a Holanda de Johann Cruijff, com a laranja mecânica a vencer por 2-0. E nem o jogo de consolação serviu de...consolação, após uma derrota por 0-1 contra a Polónia, e um 4º lugar que soube a pouco.
Em 1978 na Argentina despontou uma nova geração de jogadores, e apesar de um início tímido, com empates frente à Suécia e Espanha e uma vitória tangencial frente à Áustria, seguiu-se uma segunda fase onde a passagem à final ficou impedida pela diferença de golos, e apenas a controversa vitória dos argentinos por 6-0 contra o Perú mandou o "escrete" para o jogo do 3º lugar contra a Itália, que desta vez venceu por 2-1. Tinha ficado lançada a semente para o mundial seguinte, a realizar em Espanha. Orientado por Telê Santana, o Brasil contava com nomes como Sócrates, Falcão, Éder, Toninho Cerezo, e claro, Zico, a quem chamavam de "Pelé branco". Branco ou preto, Pelé é Pelé, e a confiança era imensa. Na primeira fase o Brasil apresentava um futebol eficaz e ao mesmo tempo bonito, e passeava classe, com vitórias 2-1 sobre a União Soviética, 4-1 sobre a Escócia e 4-0 sobre a Nova Zelândia. Na segunda fase, num grupo de três, o "escrete" batia a Argentina por 3-1, depois da Itália ter conseguido apenas levar a melhor sobre os argentinos 2-1. Bastava um empate contra os italianos, mas o jogo no Estádio Sarriá em Barcelona entraria para a história como a derrota do futebol-espectáculo em deterimento da estratégia defensiva, do futebol pragmático, do "catanaccio" italiano. Paolo Rossi seria o carrasco da "canarinha", que viria a perder por 3-2 e ser afastada das meias-finais.
Chegávamos a 1986, ao mundial do México, e era dada uma nova chance a Telê Santana, que voltou a confiar em Zico, Sócrates e Falcão, já todos acima da faixa da etária dos 30 anos, para liderar uma equipa cheia de jovem talento, como eram os casos de Alemão, Careca, Casagrande, Müller, Júlio Césr, Mauro Galvão, e os nossos conhecidos Valdo, Branco ou Elzo, mas aos "conhecidos" já lá vamos. Este Brasil de 86 "cheirava" ao de 82, e a primeira fase correu outra vez de feição, com vitórias por 1-0 frente à Espanha e à ultra-defensiva Argélia, culminando com um 3-0 frente à Irlanda de Norte, que denotava uma equipa em crescimento. Isto viria-se a confirmar nos oitavos-de-final frente à Polónia, com uma vitória de 4-0. O guardião Carlos Roberto Gallo, do Corinthians, começava a dar nas vistas, pois antes do jogo dos quartos-de-final frente à França estava há 360 minutos sem sofrer um único golo. Na partida contra os franceses no Estádio Jalisco, em Guadalajara, os brasileiros adiantaram-se aos 17 minutos por Careca, mas esbarravam contra um tal de Platini, que violaria finalmente a baliza verde-e-amarela aos 40 minutos. Nada mais havia a fazer para desatar o nó, e os franceses, tácitos, souberam esperar pelas grandes penalidades, onde ironicamente Platini falharia um dos pontapés, tal como Sócrates para o Brasil, e no fim foi o falhanço do defesa Júlio César que tudo decidia - os franceses ficavam em Gaudalajara para as meias-finais, e mais uma vez o "futebol bonito" ia mais cedo para casa.
Em 1990 o Brasil tinha como selecionador Sebastião Lazaroni, que nas vésperas do mundial de Itália, tentou desafiar as convenções, e tentou aliar o estilo do "escrete" ao futebol directo e eficaz das potências europeias, e assim jogar para o resultado ao mesmo tempo que entretia o público. Mas nem uma coisa nem outra, e depois de uma primeira fase 100% vitoriosa num grupo com a Suécia, a Costa Rica e a Escócia, mas sempre sem convencer. Nos oitavos a equipa relevava as suas verdadeiras cores contra o rival de sempre, a Argentina, que venceria com um único golo de Claudio Caniggia, perante uns brasileiros apáticos, que assim obtinham o pior resultado desde 1966. A equipa do Brasil desse ano dizia imenso aos adeptos portugueses, pois nos escolhidos de Lazaroni estavam Valdo, Mozer, Ricardo Gomes, Ricardo Rocha, Paulo Silas e Branco, todos com passagens pelo futebol nacional. Lazaroni saía pela porta pequena, sem glória.
Em 1994 o mundial chegava pela primeira vez aos Estados Unidos, e depois de uma qualificação atribulada (sem bem que o Brasil nunca esteve em risco de não se qualificar, ou adiar a decisão para o último jogo), o "escrete" chegava ao país do "soccer" com expectativas entre o médio e o elevado, mas com moderação. No comando da equipa estava Carlos Alberto Parreira, que quatro anos antes tinha orientados os Emirados Árabes Unidos no mundial de Itália, somando todos os jogos por derrotas. O cabeça de cartaz era Romário, estrela do Barcelona, que prometia formar uma pareceria diabólica com Bebeto e Raí, outros dois emigrantes de luxo no futebol. No meio campo mandavam o experiente Dunga, no seu terceiro mundial, Mazinho e o jovem Leonardo, um verdadeiro "patrão" no meio do terreno. Lá atrás era fácil reconhecer Branco e Aldaír, que tinham a companhia de Jorginho e Cafú, com Taffarel na baliza. Vitórias sobre Camarões e Rússia na primeira fase, seguidos de um empate com a Suécia valiam uma passagem tranquila aos oitavos, onde a equipa da casa, os Estados Unidos, conseguiu vender cara a derrota, pela margem mínima, mas não conseguiu travar o "samba". Nem a Holanda nos quartos, que despedia-se com uma derrota por 3-2, naquela que foi talvez o melhor jogo do torneio. Nas meias-finais corrigiu-se o resultado com a Suécia, e o Brasil chegava pela primeira vez a uma final sem Pelé - sem contar com 1950, pois tratou-se de uma "poule". Romário, apelidado carinhosamente de "o baixinho", liderava a revolta verde-e-amarela em terras do tio Sam. A final foi com a Itália em Pasadena, Califórnia, no imponente Rose Bowl, e seria a primeira decidida através do desempate nos pontapés da marca de grande penalidade. O Brasil não merecia esse desfecho, pois foi sempre a melhor equipa, mas foi feita justiça, e acabou por levar a melhor contra uns italianos a "rebentar pelas costuras". O "escrete" sagrava-se finalmente "tetra", e vencia pela primeira vez sem Pelé.
Mario Zagallo: de bestial a besta.
Quatro anos depois o mundial realizava-se pela segunda vez em França, sessenta anos volvidos do brilharete de Leônidas. Mario Zagallo, campeão como jogador em 58 e 62, e como técnico em 70, e adjunto de Parreira nos Estados Unidos, assumia novamente as rédeas da equipa, que era grande favorita à revalidação do título obtido em 94. Nomes como Ronaldo, o "fenómeno", na altura considerado o melhor jogador do mundo, Rivaldo, Roberto Carlos, Cafú ou o experiente Dunga pareciam não deixar dúvidas de que só um cataclismo poderia parar o Brasil - e foi isso mesmo que aconteceu. A convocatória de Zagallo ficou marcada pela polémica em torno de Romário, a estrela maior da constelação que havia conquistado o mundial na edição anterior. O avançado, na altura a jogar pelo Flamengo vindo do Valência, foi considerado inapto pelo departamento médico, mas disse sempre estar em forma, e "pronto a dar o seu contributo". O Brasil foi em velocidade de cruzeiro até às fases mais avançadas da prova, perdendo no último jogo da fase de grupos por 1-2 frente à Noruega, quando já o tinha o 1º lugar da sua série garantido, goleou o Chile por 4-1 nos oitavos, bateu a Dinamarca por 2-1 nos quartos, e viu-se atrapalhado para afastar a Holanda nas meias-finais, precisando de um desempate na lotaria das grandes penalidades. O dia da final contra a equipa da casa, a França, terá sido o segundo "Maracanaço", com rumores de que o astro Ronaldo não estaria em condições de alinhar no onze inicial, mas fazendo-o na mesma, por imposição dos seus patrocinadores. Numa partida incaracterística, os brasileiros acabariam por sofrer a sua derrota mais pesada na história dos mundiais: 3-0. Os jogadores voltavam ao Brasil humilhados, Zagallo seria severamente criticado, e Romário ria-se da situação.
Ainda sem ninguém entender muito bem o que se tinha passado naquela noite da final do Stade de France, em Paris, eis que vira o século e chegamos a 2002, e o mundial chega pela primeira vez à Ásia, numa organização conjunta entre o Japão e a Coreia do Sul. O Brasil era então orientado por Luiz Filipe Scolari, um técnico com fama de disciplinador e autoritário, qualidades que lhe valiam a alcunha de "sargentão". Mais uma vez Romário protagonizava uma polémica; aos 36 anos tinha acabado de fazer uma época de sonho pelo Vasco da Gama, marcando 41 golos em 46 jogos, mas mesmo assim Scolari preferiu deixá-lo de fora, para desespero da exigente "torcida" - até o presidente Lula apelou ao técnico que convocasse o "baixinho", mas mesmo assim este não acedeu. As restantes opções da convocatória para o oriente eram questionadas, desde o eixo da defesa, onde as escolhas recaiam em Lúcio e Roque Júnior, até ao próprio Ronaldo, de quem muitos duvidavam estar em forma para ajudar o Brasil a reconquistar o ceptro. Dentro de campo, numa competição muito incaracterística e marcada por muitas surpresas e ainda mais erros de arbitragem, o Brasil venceu todas as partidas até à final, sendo o jogo dos quartos-de-final contra a Inglaterra determinante; depois de ter estado em desvantagem graças a um golo de Owen aos 23 minutos, o Brasil empataria por Rivaldo mesmo em cima do intervalo,e no segundo tempo Ronaldinho Gaúcho, a nova coqueluche da selecção, marcava o golo da vitória. Em Yokohama, no jogo decisivo contra a Alemanha, o Brasil venceria por 2-0, com dois golos de Ronaldo, que se sagraria o melhor marcador do torneio com 8 golos. Scolari levava o "escrete" ao penta, e no fim perguntava: "ainda querem o Romário?".
O momento em que Dida se vê a apanhar o avião de regresso ao Brasil.
Em 2006 na Alemanha a aposta para o banco voltava a recair em Carlos Alberto Parreira, só que desta vez com resultados menos positivos que doze anos antes, nos Estados Unidos. O Brasil era a equipa a abater, e o favorito ao título, a par da Alemanha e da Itália, mas alguma displicência e um excesso de confiança nada recomendável deitariam tudo a perder. Depois de uma primeira fase 100% vitoriosa, com1-0 sobre a Croácia, 2-0 sobre a Austrália e 4-1 contra o Japão, os quartos-de-final correram também de feição, com uma vitória tranquila de 3-0 sobre o Gana. A polémica quanto ao excesso de peso de Ronaldo ia entretendo a imprensa, e chegou mesmo a gerar uma troca de palavras menos elegantes entre o avançado e o presidente Lula. Nos quartos-de-final aparecia novamente a França, e tal como em 86 e 98, os "bleus" voltaram a estragar a festa ao Brasil. Numa partida muito dividida, tudo se resolveu ao minuto 57, quando Henry surge sozinho na cara do golo e faz o resultado do encontro. É possível observar a ar aterrorizado do guardião Dida, que pagou o preço de uma defesa que andava "aos papéis". Durante o decurso do lance, o defesa Roberto Carlos estava entretido a amarrar a chuteira. O Brasil voltava da Alemanha sem glória, a Parreira saía de cabeça baixa.
E esta foi a última imagem deixada pelo Brasil em campeonatos mundiais, e não se pode dizer que tenha sido positiva de todo. Sob o comando de Dunga, que como jogador participou em quatro fases finais, vencendo em 94, o "escrete" partia para África estranhamente pouco confiante, muito por culpa da irregularidade dos resultados obtidos pelo seu novo técnico, que tinha também uma relação complicada com a imprensa. Pela primeira vez desde 66, Brasil e Portugal encontravam-se no mesmo grupo, juntamente com as formações da Costa do Marfim e da Coreia do Norte. A "canarinha" vencia os norte-coreanos por 2-1 no jogo inaugural, e os africanos por 3-1 no jogo seguinte, e m gestão de esforço empataria sem golos contra Portugal, resultado que apurava ambas as selecções. Nos oitavos uma "pêra doce", o Chile, que seria supreendentemente "tenrinho" para os dentes dos brasileiros, como comprova o resultado de 3-0, e nos quartos-de-final era a vez da Holanda, que estava longe de ser considerada favorita. Robinho adiantou o Brasil no marcador aos 10 minutos, e aquilo que parecia ser uma noite tranquila em Port Elizabeth tornar-se-ia num pesadelo. Muito apáticos e desconcentrados no segundo tempo, os brasileiros viam a "laranja mecânica" crescer, e Sneijder aproveitava a "folga" dos jogadores de Dunga para virar o resultado a seu favor. O médio Filipe Melo e o ala-esquerda Michel Bastos estiveram especialmente desastrados, e a imprensa não poupou o seu "amigo" Dunga, que se demitiu e tem andado estranhamente desaparecido. Este ano o Brasil volta a apostar em Scolari, e resta saber que página irá o "Filipão" escrever nesta história, que é já bastante longa.
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