sábado, 1 de março de 2014
Auto-Camões
Agora para provar que os homens também não são imunes à implantação de um par de chifres na testa, um caso que nos chega do outro lado do Atlântico, da Inglaterra. Brian Barr, este na imagem, ainda com dois olhos, bebeu uns copos a mais, e depois da namorada lhe contar que o traíu, pegou numa faca e espetou-a num olho. Isto parece simples, um caso vulgar de Auto-Camõesização (palavra inventada mesmo agora), ou de um Van Gogh mais preocupado em preservar os pavilhões auriculares, mas tem que mais que se lhe diga. A namorada, Lisa Beattie, também não é nehum anjinho, e pode-se mesmo afirmar com alguma segurança que é uma tremenda pêga. Sabendo que o namorado se enfrascava no álcool quase diariamente, esperou por uma dessas vezes para lhe contar que além da care cheia, tinha ainda a testa enfeitada, e que já que gostava tanto da garrafa, que a usasse da próxima vez que quisesse um buraco onde enfiar...bem, desculpem pois acho que me entusiasmei um bocado, e nem sei se isto aconteceu mesmo assim. Gosto de dramatizar um bocado, senão estas notícias de faca e alguidar que nem sei como cabem neste blogue tornam-se um seca. Bem, agora resumindo: a Lisa disse que a crica era agora propriedade de outro, e mandou o Brian com os cães. Mas o bom do Brian, que estava mais alterado que o habitual, pegou na faca e ameaçou arrancar um dos seus olhos, e depois acusar a namorada infiel de o agredir. Inebriado, foi mesmo adiante com acto, e o álcool serviu de anestesia, e as dores não foram tão lacinantes como a ideia sugere. No entanto ao ser assistido no hospital, já naquela fase da carraspana onde os bêbados se fazem de coitadinhos, confessou tudo, e agora está a contas com as autoridades. Pois, isto de acusar os outros de nos arrancar um olho não se faz. Os médicos tentaram ainda emendar a burrice do moço, mas o seu olho esquerdo estava demasiado danificado para poder ser restituído à respectiva órbita. Brian diz-se arrependido - pudera - e agora só espera que a justiça o perdoe, e que possa voltar para casa, para pode começar a escrever "Os Lusíadas" da dor de corno.
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