segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Pomba do Papa papada
Há dias em que não vale a pena apelar à paz. É simplesmente impossível pôr termo a certos conflitos, por muito que nos custe assumir o pessimismo. A gente pode tentar, mas logo à espreita estão as forças do mal para cortar de raíz a mais inocente das iniciativas. Foi o que aconteceu com o Papa Francisco, coitado, que como se sabe, é uma óptima pessoa. Ontem durante a habitual oração dominical do Angelus, o sumo pontífice lançou da varanda da Praça de S. Pedro duas pombas, "pela paz na Ucrânia". Só que uma gaivota, talvez mandada pelo presidente Yanukovich, ou até pelo próprio Vladimir Putin (aqui não há limite para as teorias da conspiração) surgiu de repente e zás!, abocanhou a pombinha. Ficaram lixados os ucranianos que querem a paz: "Bolas, ainda não foi desta!", pensaram. E é mesmo assim, a vida. Por cada pomba que lançamos, há sempre uma gaivota pronta para nos deitar o bico.
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