sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Doria tão longe


Doria Tiller, apresentadora de televisão do Canal+, fez uma promessa no caso da selecção francesa se qualificar para o mundial de 2014: aparecer na TV toda nua. “U-la-la”, pensaram os franceses, pois esta Doria é “bonne comme le blé”, e ficaram com mais uma razão para torcer pelos “bleus” contra a Ucrânia, de onde tinham saído com uma desvantagem de 0-2 na primeira mão. Mas os homens de Deschamps não deixaram ficar mal a “patrie”, e cada um dos três golos que decidiram o “play-off” parecia dizer “toca a despir” à Doriazinha, esse “bombom”, que de certeza absoluta ficou a torcer pelo seu país do princípio ao fim. E assim a França foi ao mundial, e Doria cumpriu a promessa, mas “pas exactement” como os franceses pensaram. Sentados em frente ao televisor com o seu melhor “fromage” e uma pomadinha de Bordeaux a condizer, tudo o que lhes foi permitido ver foi isto: a Doria a correr pelos campos à distância, enquanto passava a previsão do estado do tempo no lado direito do ecrã. Bem podia cair uma chuva de meteoritos no dia seguinte, que os franceses estavam mais preocupados em ver ali qualquer coisinha que lhes espevitasse a “baguette”, mas helas!, “rien de rien”. “Domage”. “Sacré bleu!” – exclamaram – “e tomei eu o meu banho semanal para isto?”. Uma desilusão, sem dúvida, mas a culpa não é de nenhum acesso de pudor da Doria. Ela até fazia sexo em grupo com animais de quinta, se necessário, mas o problema é que o Canal+ é público, e àquela hora ainda há muitos “enfants de la patrie” a ver. Paciência, “mes amis”. Fica para a “prochaine fois, oui”?

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