domingo, 29 de setembro de 2013

Um livro, penso eu de que...


O FC Porto, o mais antigo clube desportivo português em actividade, comemorou a passagem do seu 120º aniversário, numa gala que contou com a presença de grandes nomes do desporto ligados ao emblema da Invicta. Participaram da festa personalidades desde António Oliveira a Aurora Cunha, passando por Fernando Gomes, Vítor Baía e até Mário Jardel, lembram-se dele? Quem é vivo sempre aparece. A grande novidade foi o anúncio do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, que diz que "vai escrever um livro a contar toda a verdade sobre o caso Apito Dourado", que como se sabe resultou na perda de seis pontos pelo FC Porto, que seriam deduzidos da ampla vantagem com que venceu o campeonato na época 2007/2008. O mais interessante não é tanto o como ou o porquê, mas o quando Pinto da Costa vai escrever o tal livro que promote revelações bombásticas: "quando deixar a presidência do FC Porto", diz ele.

Os leitores que me conhecem sabem que sou adepto dos dragões, e admiro o homem que em 31 anos transformou um clube provinciano numa das maiores potências do futebol mundial e a maior referência do desporto nacional. Para mim é como que um ídolo, o meu herói de infância, mais que um Papa, como o apelidaram: é um deus! Mas...os mortos escrevem? Não me levem a mal, mas tenho a certeza que o cargo de presidente que Pinto da Costa exerce desde 1982 é vitalício. Enquanto o homem viver, ninguém mais ousará ocupar o seu torno no império azul-e-branco. A não ser que queira escrever o livro entretanto, e depois este ser publicado a título póstumo, mas duvido que seja isso o que ele quer. Não faz o seu estilo. Se tiver qualquer coisa para dizer em defesa do nosso clube, que o diga agora, ou leve o segredo consigo para a cova, carago! E espero que isso seja daqui a muitos e bons anos.

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