sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Um azar olímpico
Organizar as Olimpíadas pode ser um motivo de orgulho para um país e para os seus cidadãos, mas para Kohei Jinno, um japonês de 79 anos, os Jogos são uma maldição. Jinno nasceu em 1933 em Tóquio, e depois da casa onde veio ao mundo ter sido destruída durante a II Guerra Mundial, a sua família mudou-se para outra, ao lado da qual o seu pai geria uma pequena tabacaria, negócio que herdou quando tinha 20 anos. Com a organização dos jogos de 1964, os Jinno foram obrigados a abandonar o seu lar, que viria a ser demolido e dar lugar a um parque de estacionamento, localizado a poucos metros de onde se situa actualmente o estádio olímpico da capital japonesa. Depois de alguns anos de privações, Kohei e os seus nove irmãos mudaram-se finalmente para uma habitação social, e reabriram a tabacaria que se mantém até hoje. Agora que Tóquio vai organizar novamente as Olimpíadas, chega a má notícia em jeito de “déjà vu”: têm que abandonar a casa onde criaram os filhos para dar lugar às obras dos jogos, e têm menos de dois anos para faze-lo. Jinno não tem outro remédio senão aceitar a má sorte, e diz que nunca pensou que tal coisa nunca lhe viesse a acontecer…de novo. “Nunca pensei que fosse possível. Isto acontecer uma vez já foi mau, mas duas vezes é ridículo”. É mesmo muita coincidência, e um azar… olímpico.
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