sábado, 17 de agosto de 2013
Romance improvável, tragédia inevitável
Uma história triste que nos chega de Portugal, com contornos de violência pouco habituais para os nossos brandos costumes. Juliana Santos, uma mulher de 28 anos do Lordelo, Paredes, vai começar a ser julgada em Outubro naquela comarca do distrito do Porto pelo homicídio de Manuel Santos, de 68 anos. Os factos reportam-se a Agosto do ano passado quando Juliana, uma toxicodependente, pedia esmola num café do Lordelo, quando conheceu a vítima. Manuel, um reformado frequentador habitual daquele espaço, deu-lhe uns trocos, simpatizou com a jovem e no mesmo dia ambos tiveram relações sexuais, e a partir daí começaram a comunicar-se diariamente pelo telefone. Depois disso terão mantido encontros frequentes, e num Domingo em finais de Setembro aconteceu o pior. Depois do jantar encontraram-se na zona industrial do Lordelo, com o intuito de realizar mais um acto sexual, mas não conseguiram concordar com o preço a pagar por Manuel, que decidiu afastar-se. Juliana foi ao carro buscar uma faca que trazia no porta-luvas e agrediu o idoso 21 vezes, provocando-lhe morte imediata. De seguida retirou-lhe o telemóvel e 50 euros que encontrou na sua carteira, deixando o cadáver na beira da estrada. A arguida tinha antecedentes criminais por roubo e furto qualificado, e tem aguardado pelo julgamento em prisão preventiva. Um incidente lamentável que combina dois dos maiores males da nossa sociedade: a toxicodependência e a solidão própria da terceira idade.
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