segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Os pontos no is
Como meio de divulgar o blogue e dá-lo a conhecer a um público mais vasto, tenho por hábito publicar de “link” de alguns dos artigos na minha página do Facebook, bem como em dois ou três grupos daquela rede social – ou mais, dependendo da pertinência dos temas. Não deixo nestas páginas o texto integral de qualquer artigo, limito-me a deixar um pequeno comentário, e depois vai ler quem quiser. Se o comentário, o título ou a imagem que acompanha o artigo ferir sensibilidades, então recomendo que não o faça. Que passe à frente, que vá dormir a sesta, levar o cão à rua, ou qualquer outra coisa que lhe poupe a crises hepáticas ou a um ataque de apoplexia. Existe no Facebook uma opção no canto superior direito de cada entrada onde se lê “não quero ver isto”, que pode ser uma boa ajuda caso considerem algumas das coisas que publico tão atrozes que corram o risco de vos saltar as meninges e o hipotálamo pela janela. Se não sabiam desta aplicação, fica aqui esta informação útil. De nada.
Isto tudo a propósito da onda de choque causada por este artigo publicado ontem, que causou a indignação de um casal que se assume como seguidor da religião Hebraica, a mais antiga das que três principais religiões que adoram o Deus Abrãamico. Quem ainda não leu o artigo, recomendo que o faça, e desafio-o a encontrar uma palavra que seja que tenha como intenção ofender a fé judaica ou que glorifique o Terceiro Reich e os crimes praticados pelos Nazis na II Guerra. O ofendido ficou particularmente desagradado com uma passagem onde refiro a hiper-sensitividade do povo judeu para com qualquer referência à Alemanha nazi ou ao seu líder, Adolf Hitler, e acusa-me de “racismo” por utilizar a expressão “judeu ou arraçado”.
Em primeiro lugar é um facto que enquanto o resto do mundo lamentou as 40 milhões de vidas que a II Guerra custou e depois foi tratar da vida, os judeus continuam atentos a qualquer sinal de desrespeito pelos nove milhões de hebreus mortos durante o conflito, ou a qualquer iniciativa, comentário ou insinuação vinda de alguém que dê a entender que os Nazis até eram uns tipos porreiros e que o Holocausto não foi o maior genocídio em massa da História. Acho bem que aniquilem de raíz qualquer intenção de reeditar um aspecto que seja daqueles anos de terror para a humanidade, mas a forma como o fazem há muito que tomou contornos de paranóia. É mania da perseguição, pura e simplesmente.
Cada vez que surge a imagem ou se refere o nome de Adolf Hitler ou qualquer outra referência ao nazismo, lá estão os zionistas, qual “big brother”, prontos para censurar e dar tau-tau aos meninos marotos. Mesmo que a referência seja subtil ou não esteja directamente relacionada com os crimes praticados pelos Nazis, lá estão os zelosos hebraicos e a sua palmatória. Existem mesmo organizações dedicadas a escrutinar rigorosamente tudo o que se escreve, fala, desenha, pinta, borda em renda de bilros, ladra ou pia sobre o assunto. Dá-me a entender que querem apagar da História este período lamentável. Quem sabe um dia, quando as viagens espaço-temporais forem uma realidade, possam voltar atrás e dar uma biqueirada nos ovários da sra. Hitler e assim evitar que o vosso ódio de estimação venha ao mundo? Quanto à parte dos “judeus e arraçados”, peço as mais sinceras desculpas, e da próxima vez utilizo o termo mais politicamente correcto “judeus e os seus amiguinhos”, que soa mais a qualquer coisa relacionada com o universo do ursinho Puff, ou da Abelha Maia.
Mas enquanto a História continua escrita como está e nada se pode fazer para reescrevê-la, paciência. Apenas na Alemanha a lei proíbe as imagens que tanto incomodam os filhos de Israel, e eu sou livre de falar e publicar o que quiser e muito bem me apetecer. Simpatizo com o sofrimento do povo judaico, tanto durante o período do Holocausto como em toda a História (é preciso não esquecer a Inquisição, que não durou apenas dez anos, ao contrário do Reich), e não me passa pela cabeça concordar com qualquer tipo de discriminação directa ou indirecta contra outra pessoa por motivos étnicos, religiosos ou outros, quanto mais aceitar o extremínio selectivo de um determinado povo. E como tal também não aceito que me acusem de algo que não fiz ou que me ponham palavras na boca. Não pensem que fico calado só porque há 70 anos foram cometidas atrocidades contra uma das gerações que antecedeu os indivíduos que agora me fazem estas acusações sem nexo. Enganaram-se na porta, meus caros.
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