segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fujam! Elas vêm aí!


Trágico, nojento, apocalíptico! Mais de um milhão de baratas fugiram de um viveiro na China, gozando agora dos ventos da liberdade que as levarão a casa dos humanos, que se arriscam assim a ter que deitar fora o arroz e o açucar, conspurcados por estas criaturas que habitam nos mais imundos dos excrementos. Agora a dúvida que me incomoda: se fugiram de um viveiro, quem é a nefasta criatura que cria baratas como se fossem iscos para a pesca? Algum porcalhão, certamente. Na verdade esta criação de baratas localizada numa granja em Dafeng, na província de Jiangsu, pretendia usar os insectos na produção de “medicamentos tradicionais chineses”. Medicamentos? Esqueçam lá isso da medicina chinesa, mas que “medicamentos” se podem produzir com as putas das baratas? Só se forem pílulas de cianeto.

O incidente deveu-se a um “indivíduo não identificado” que terá destruído o viveiro de reprodução, e permitiu que as bichas escapassem. Se a sua intenção era aniquilar as baratas, parabéns, que já ganhou o prémio de idiota do ano. O viveiro era da responsabilidade de um tal Wang Pengshen, que no ano passado investiu 100 mil yuan para comprar 102 quilos de ovos de barata! Este tipo é um criminoso, mas o mais preocupante é como se justifica um investimento desta natureza. Há assim tanta gente a comprar medicamentos feitos com baratas? À atenção dos toxicodependentes que procuram novas emoções: a grama do ovo de barata custa menos de um yuan.

As autoridades de Jiangsu já mandaram uma equipa de desinfestação (espero que sejam os Ghostbusters), e pede a população que não entre em pânico. É pedir demasiado, pois a perspectiva de ver centenas ou mesmo milhares de baratas a entrarem pela casa dentro é razão mais que suficiente para entrar em pânico, trepar pelas paredes e arrancar os cabelos. Fujam, meus pobres amigos! Salvem a vossa pele!

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