quarta-feira, 26 de junho de 2013
WWE my ass!
A gravidade e a inteligência ficaram à porta.
Um dolescente de treze anos matou acidentalmente uma menina de cinco ao aplicar-lhe golpes de "wrestling", imitando os lutadores que viu na televisão. Devalon Armstrong, do Louisiana, nos Estados Unidos (onde mais?) tomava conta da irmã Viloude Louis, e como forma de passar o tempo entreteve-se a atirá-la ao chão e saltar-lhe para o estômago, como viu os seus heróis da WWE (World Wrestling Entertainment, Inc.) fazer. Como os matulões da WWE saem intactos e prontos para outra, Devalon pensou que não faria mal praticar com uma criança muito mais pequena, e ainda por cima uma menina, sem qualquer possibilidade de resistir à sua idiotice e presenteá-lo com um pontapé nos tomates. Depois do arraial de porrada, a pequena queixou-se de dores de barriga, e Devalon chamou os paramédicos, que já não chegaram a tempo de a encontrar com vida. A autópsia revelou várias costelas partidas e hemorragias internas. Uma brincadeira parva que acabou mal, e tinha que acontecer na América rural, onde existe muita gente crente e burra.
Se há um exemplo acabado do que é lixo televisivo, são as transmissões dos combates de "wrestling" norte-americanos. Aquilo que conhecemos por luta livre, e que em rigor consiste em dois homens de maiô a rebolar agarrados um ao outro em posições suspeitas com o objective de ganhar pontos (é um desporto olímpico...), foi elevado ao estatuto de espectáculo de circo em terras do Tio Sam. Os "wrestlers", muitos deles mundialmente conhecidos, recorrem a adereços ridículos e adoptam nomes artísticos surrealistas com o objectivo de criar um personagem com o potencial de se transformar em marca registada e possa vender camisolas, lancheiras e miniaturas de plástico. Recordo-me de quando a moda chegou a Portugal, e os maiores nomes incluíam Hulk Hogan, uma celebridade-mor da modalidade, Big Boss Man, um indivíduo robusto que trajava uma farda azul da polícia, e um tal de Undertaker, literalmente "o coveiro", um indivíduo com uma aparência demoníaca que gozou uma extensiva carreira no "wrestling".
Os combates deste circuito são mais coreografados que o ballet, e só as mentes mais ingénuas e impressionáveis acreditam que os tipos andam mesmo ali à porrada. Alguns dos golpes seriam o suficiente para sair do ringue directamente para o hospital ou para a morgue, mas os receptores da elaborada e supostamente agressiva violência saem dali sem um arranhão. Ainda ninguém se apercebeu que quando um daqueles gajos salta em cima de outro e desfere um soco, cotovelada ou cabeçada quase nem lhe toca? Muitas vezes nem lhe toca de todo. Fosse aquilo futebol e a vítima seria admolestada com cartão amarelo por simulação. Ultimamente os combates são acompanhados de preliminares na forma de um enredo de telenovela mexicana, onde X confessa a Y que a mulher - também ela uma das lutadoras, normalmente uma tipa inchada depois de anos de ingestão de hormonas - o encornou com ele, e vinte minutos depois de muito falatório fingem que andam à porrada para "ajustar as contas".
O pior é que há mesmo quem leve isto a sério, e acompanhe as incidências do "wrestling" quase como se fosse uma religião. O "circo" atrai milhares de Americanos rústicos às cidades por onde passam, e a minha inabalável fé na raça humana e na sua inteligência superior às amoebas levam-me a pensar que aqueles tipos que estão ali aos berros apoiando o seu gajo de tanga favorito têm consciência que aquilo é tudo uma aldrabice, e vão ali para descarregar a adrenalina acumulada. Nas sociedades civilizadas apenas uma criança em idade pré-escolar acredita que o "wrestling" é porrada a valer. O meu filho ainda se deixava impressionar até aos seis ou sete anos, mas depois o desenvolvimento cerebral e a alabetização encarregaram-se do resto. Pena que para o jovem Devalon tenha sido um pouco mais tarde, e que tenha aprendido da pior forma que é tudo em fingir. Se os tipos da WWE insistem em insultar a nossa inteligência fazendo crer que as lutas são realistas, podiam pelo menos iniciar as transmissões televisivas com um "não tentem isto em casa". Pelo menos era mais seguro.
Esse texto foi de uma tamanha ignorância tremenda. Primeiramente a WWE ( World Wrestling Entertainment ) é um esporte que busca mostar entreterimento com o publico ou seja, temos o lutador bom e o lutador mal. historias acontecem com ambos assim formando uma feud ( rixa). É tipo uma novela so que com movimentos físicos muito perigosos. A WWE SEMPRE em todos os shows semanais que acontecem retrata um comercial alertando sobre o quanto que eles sao treinados para fazer tais golpes, e diz que nao se deve aplicar os golpes em Hipótese Nenhuma , pois até eles que sao profissionais eram, e leva cerca de anos para conseguir com que o golpe seja seguro. A WWE se diz abalada com o caso e da todo apoio a mãe da vitima. Na Boa cara, antes de fazer qualquer texto certifique dos fatos que você diz é verdade, nao inventa barrelas de quinta categoria para juntar algo que você desconhece. Abr...
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