domingo, 26 de maio de 2013
A pedra dos porcos
As qualidades terapêuticas da marijuana são uma tema controverso, com uma legião respeitável de apoiantes da liberalização da cannabis para fins médicos e recreativos, e outros que a consideram um narcótico e defendem o seu estatuto de substância ilegal. Seja como for, uma quinta-modelo em Seattle conduziu uma experiência que pelo menos prova a relação entre o consumo da planta e o aumento do apetite. Pelo menos nos porcos. Assim um grupo de porcos foi alimentado com ração normal, enquanto a outro grupo foi adicionada uma dieta de restos da planta de cannabis – na maioria ramos e sementes. Passado algumas semanas o segundo grupo pesava mais que o primeiro, uma diferença de 9 a 14 quilos. E não é tudo: o proprietário de um talho a que foram vendidas as carcaças dos porcos “temperados” diz que a sua carne é “mais saborosa”. A experiência tem uma agenda escondida, pois o estado de Washington, onde se situa Seattle, está a estudar uma proposta no sentido de liberalizar o uso de cannabis, uma lei que será em tudo semelhante à existente nos Países Baixos, onde o consumo é permitido a maiores de 18 anos em locais apropriados para o efeito. A questão agora prende-se com a actual quantidade de THC (tetra-hidrato de cannabinol), a substância alcalóide activa da marijuana, existente na porção administrada aos suínos. A planta da marijuana, depois de removido o THC, é utilizada no fabrico de roupas e outros artefactos, e o seu uso é permitido em alguns países.
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