terça-feira, 16 de abril de 2013
Os animais são nossos amigos
Uma recente polémica chamou-me a atenção. e foi uma delícia de seguir. No programa "Contraponto" emitido pela TDM no ultimo dia 31 de Março o painel constituído por Frederico Rato, Carlos Morais José e Paulo Rêgo teceu algumas considerações sobre a causa dos direitos dos animais em Macau. Alguns dos comentários foram feitos num tom humorístico e descontraído, nomeadamente pelo director do Hoje Macau, que chegou a dizer que "as pessoas têm tendência para gostar dos animais que são mais parecidos com elas".
A conversa não caíu bem a Albano Martins, que na sexta-feira seguinte (5 de Abril) expressou o seu descontentamento na coluna semanal que assina no Jornal Tribuna de Macau, recorrendo à ironia e ao sarcasmo, num tom agravado e até insultuoso. Paulo Rêgo respondeu na edição de quinta-feira do Ponto Final, defendendo que o economista "perdeu a razão" quando recorreu ao insulto gratuito. Albano Martins retraíu-se no dia seguinte no JTM; teria ficado "nervoso", e como os bichinhos são a sua paixão quando não está entretido com as contas, aquilo "saíu-lhe" sem querer, dando-lhe o benefício da dúvida. Rêgo agradeceu a retracção no programa "Contraponto" do último Domingo.
É engraçado que se extremem posições quando se fala dos direitos dos animais em Macau. Aparentemente temos três escolas de pensamento: os que não querem saber dos animais, os que pensam que os animais não devem ser maltratados mas não dispensam a sua presença no prato (onde eu me incluo), e os que dão beijinhos aos cãezinhos e dormem com os gatinhos. O que eu gostava mesmo de saber é o que foi servido no tal jantar organizado pela ANIMA onde o benemérito casineiro Steve Wynn doou aquele farto "lai-si". Comida vegetariana? Duvido. E no fundo o que pensam os visados de tudo isto? Os próprios animais? Qual é a opinião deles sobre esta luta dos homens sobre os seus direitos? É preciso realizar uma consulta pública, e já, a começar pelos pandas de Seac Pai Van.
Quanto ao sr. Albano Martins, eu próprio já provei algum do seu veneno, e não lhe reconheço qualquer legitimidade de opinar sem que outros exerçam o direito ao contraditório pelo simples facto de residir no território há mais de 30 anos. A idade não é um posto, e a residência em Macau muito menos. Eu próprio não me considero mais sábio ou sensato que alguém que chegou aqui ontem, especialmente tratando de temas tão banais como os direitos dos animais. Chega mesmo a ser paradoxal que alguém que viva por estas paragens há tantos anos se comporte desta forma. Se estamos no país do chá, não se consegue identificar o motivo de existir às vezes tanta falta dele.
Por estas bandas e bom que alguem se preocupe com os animais pois vigora a lei da selva .
ResponderEliminarEu tb vi esse programa e nao gostei nada do tom utilizado, a gozar com os defensores dos animais.
Triste para pessoas supostamente cultas
Bem meu caro Hugo, aceito a sua indignação e como referi no post, é um tema em que por vezes as posições se extremam. Contudo, e como também referi, o tom era jocoso, em jeito de brincadeira. Se já não se pode brincar com religião e tanta outra coisa, e ainda mais agora com a causa da ANIMA, Greenpeace e outros, qualquer dia vigora a lei da rolha. E para mais foram apresentados alguns argumentos válidos, como o facto dos touros acabarem se as touradas foram proibidas - e creio que o mesmo se aplica aos galgos de corrida, uma das bandeiras da ANIMA, que exige que se encerre o Canídromo. O tom de Albano Martins na sua coluna do JTM de 5/4 é que dispara em todas as direcções, usa e abusa do insulto e nem se digna a apresentar um argumento válido que nos leve a censurar as declarações do painel do "Contraponto".
ResponderEliminarSaudações e obrigado pelo comentário.
PS: às vezes encontro o meu amigo por aí; da próxima vez que o ver vou falar consigo, para apresentar cumprimentos como colega da blogosfera :)