terça-feira, 19 de março de 2013
Da jaula para a cozinha
Um cozinheiro chinês em Amesterdão foi explorado e tratado como um escravo, e obrigado a dormir numa gaiola imunda num restaurante da capital holandesa. É isto que consta da acusação de crime de tráfico humano à proprietária de um restaurante chinês, uma mulher de 52 anos, também ela de etnia chinesa. A vítima foi intimidada e obrigada a trabalhar em condições miseráveis em restaurantes de AmesterdÃo e da cidade de Arnhem. Era obrigado a viver numa jaula perante constante vigilância de uma câmera. O homem, que veio para a Holanda em 2007, trabalhava quase de graça, e o pouco dinheiro que aparecia na sua conta bancária era subtraído por "cabeças de cobra", criminosos especializados em explorar emigrantes da China. A vítima não conhecia ninguém no país de acolhimento, e não falava a língua, vivendo no mais absoluto isolamento, e era frequentemente sujeito a maus tratos e espancamentos. O Ministéro Público holandês quer penas de prisão de 20 meses para a proprietária do restaurante e penas entre 10 e 15 meses para quatro outros cúmplices envolvidos no caso. Os casos de tráfico humano na Holanda têm aumentado, tendo-se registado 605 só no ano passado. A maioria são mulheres levadas para a indústria do sexo, mas os casos verificados entre outros trabalhadores têm sido também significativo.
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