quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
A menina, o gatinho, os srs. polícias e os amanuenses
Uma menina hippie vinha a sair um dia da sua lojinha de artesanato situada perto do centro da cidade quando deparou com um gatinho que sofria. Boa samaritana e amante dos animais (no bom sentido), prontificou-se a socorrer o gatinho, mas foi impedida por dois homens de bóina azul, que preocupados com a integridade física da menina, impediram-na de socorrer o felino e mandaram-na esperar pela chegada dos responsáveis do IACM, que limpam este tipo de lixo das ruas. Sabe-se lá que doenças o bicho pode ter, e o seguro morreu de velho. A menina insistiu, alegando que tinha conhecimentos de primeiros-socorros para animais domésticos, e tinha sido voluntária numa conhecida associação de defesa dos direitos dos animais - se calhar falou demais, e o sr. polícia pensava que "socorrer o gato" implicava alguma forma de ressuscitação que incluísse a respiração boca-a-boca. Palavra puxa palavra, e lá chegaram os Ai-ei-si-emes, um casalinho, que vinha com uma daquelas pás do lixo para retirar o cagalhão em forma de gatinho. A pequena estrebuchou, e no meio de toda esta discussão sobre o sexo dos anjos, o bichano morreu. A pequena ficou furiosa, apesar de ter insistido em apanhar um táxi para salvar o gatinho, sendo impedida pela funcionária municipal, que chegou a usar a força para impedir a menina de acenar aos táxis. Depois de confirmado o o óbito do felino, todos lhes viraram as costas, e lá ficou a menina com o gato morto nos braços, qual Maria chorado sobre o corpo amortalhado do fruto do seu ventre, Jesus. Era já madrugada quando apareceu na esquadra com o cadáver, exigindo uma solução para a disposição dos restos mortais. Foram chamados os mesmos funcionários municipais, que depois de muita insistência foram identificados. Uma história de sangue, suor e lágrimas...e menos um gato que sobe aos muros deste mundo.
Esta é apenas uma dramatizaçãodos eventos ocorridos naquela fatídica noite. Leia aqui a história completa, no Ponto Final.
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