Uma paisagem "urbanizada" em Timor-Leste.
Tive a oportunidade de ver esta manhã o programa "Timor Contacto", da RTPi. Mais uma vez fiquei desiludido, pois voltei a ver muito pouco de Timor-Leste propriamente dito. O programa devia chamar-se antes "O que andam alguns portugueses a fazer por Timor-Leste". Apresentado pelo incomparável Fernando Sávio - e digo "incomparável" porque ele na verdade é único - contra paisagens de deserto, pedras e muros de latão, hoje ficámos a conhecer uma senhora que vende artesanato, um produtor de vinhos e um centro de dia para a terceira idade. Na realidade vemos poucos timorenses neste "Contacto"; ficamos a saber como há portugueses que gostam muito de lá estar, como é tudo muito "giro", e como continuamos a tratar os timorenses como se fossem uns coitadinhos abandonados na borda do mundo.
O caso do asilo, um tal "Centro de dia S. José" ("centro de dia" é um eufemismo para "depósito de velhos abandonados"), é o primeiro em Timor-Leste! Inaugurado em 2010 por, adivinharam, missionários, e dirigido por freiras. Se Sobral de Monte Agraço já tem um parque infantil, como se dizia naquele bordão dos anos 90, agora Timor-Leste já tem um Centro de Dia. E fica localizado em Baucau. Curiosamente em Timor-Leste fica tudo ora em Díli, ora em Baucau. O resto do país não existe, ou é apenas selva. Foi deprimente ver como os velhos timorenses passam o resto dos seus dias a jogar à sueca, a dançar ou a aprender a eacrever. Chamou-me a atenção um deles que não conseguia desenhar a letra "b". A responsável daquele centro é uma freira enjoada, que não sorriu uma única vez. Também para quê? Aquilo é uma coisa muito séria, não é para brincadeiras. No exterior do centro vemos pneus usados com inanidades pintadas, tais como "Deus é nosso pai" ou "Deus é o maior, altíssimo". É para que saibam o que (não) lhes espera quando sairem dali na posição horizontal.
E mais uma vez foi assim, fiquei sem saber nada sobre Timor-Leste, a não ser que continua pouco recomendável. Pelo menos agora tem um centro de dia, pronto, e que também vai começar a "produzir vinho". Deve ser tão bom quanto o café. Foram 30 minutos bem passados, de boca aberta em incredulidade.
Você tem um hábito engraçado, quando embirra com um destino, consegue tornar tudo, mas absolutamente tudo em detestável e deplorável.
ResponderEliminarFoi assim no passado com a Tailândia (país que era nojento só de drogas, putas e aldrabões..) e parece que agora temos um novo alvo, Timor Leste.
É engraçado quando depois de escolher o alvo, o Leocardo torna imediatamente tudo num pesadelo. É o país que não é recomendável, o programa sobre o mesmo também não presta, são as paisagens que parecem só de "deserto, pedras e muros de latão", é o país que parece não existir senão Dili e Baucau, é o primeiro lar que não passa de um depósito de velhos abandonados à espera da morte (não são na prática o mesmo nos outros países?) são os velhos que são deprimentes, é a enfermeira que tem um ar de enjoada, é o vinho que como o café também não deve prestar, etc etc.
Não estou a criticar, apenas acho graça à forma como o Leocardo molda as suas opiniões sobre certas coisas, ora é tudo óptimo e bestial, ora é tudo uma grandesissima merda. Nunca parece haver meio termo hehe
Mesmo que esteja a criticar, estou aberto a todas as críticas desde que sejam feitas de forma civilizada. Ou que pelo menos não recorram ao insulto gratuito contra terceiros, vá lá.
ResponderEliminarÉ possível que haja algo de bom em Timor-Leste, deve haver, mas este programa "Timor Contacto" não o mostra. Tudo que vemos ali são anjinhos cheios de pena e gente "bem intencionada" que "quer ajudar" os timorenses, coitadinhos.
Não sei se Timor-Leste é "uma merda", como o leitor seugere que eu digo, mas o programa "Timor Contacto"é, certamente, uma bela bosta. E era esse o objectivo do post, falar do programa. Ah sim, o café de Timor é bastante fraquinho, pois já tive oportunidade de o provar.
Obrigado pelo seu comentário e cumprimentos.
"fiquei sem saber nada sobre Timor-Leste, a não ser que continua pouco recomendável"
ResponderEliminarEstá muito enganado Leocardo. Basta perguntar a alguém que lá tenha estado
O Riquexó era realmente um restaurante cheio de história e é uma pena fechar. Desses tempos já só resta a Vencedora.
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