quarta-feira, 19 de setembro de 2012

...e hoje na imprensa


1) Uma reportagem do Hoje Macau fala das lojas de alimentos de luxo, onde uma bexiga de peixe, utilizada numa deliciosa sopa, pode custar até 600 mil patacas o quilo! Isto é tão surpreendente como esquisito. Na lista das comidas mais caras do mundo continua a liderar o caviar da Beluga, que custa a "módica" quantia de 50 mil patacas o quilo. Mas não vale a pena discutir com os chineses quando se trata de ninhos de andorinha, barbatanas de tubarão, escalopes, pepinos do mar, chifres de veado ou pilas de tigre. Isto é um negócio muito local, muito cosanostra, e as "propriedades medicinais" são deveras reconhecidas. Ai vocês não sabiam? Quem tem dinheiro para comprar estas coisas e papá-las torna-se imortal, e tem a potência sexual de um cavalo garanhão. E nem duvidem da cultura milenar chinesa, nem dos seus milionários que se dispõem a pagar pequenas fortunas pela banha da cobra. Olha, banha de cobra, aqui está um produto que ia ter muita procura nessas lojas de alimentos de luxo...

2) Ainda no Hoje, ficamos a saber que um dos deputados mais ausentes da AL é Victor Cheung Lap Kwan, eleito pela obscura via indirecta, uma coisa que ninguém entende muito bem como funciona. Acontece que o sr. deputado tem mais que fazer, não lhe apetece aparecer na Assembleia para exercer essa coisa que lhe causa asco, que é o "serviço público". Também para quê? Para ele isto é "aturar os democratas", como uma vez disse, e quem sabe se os negócios dão mais dinheiro? Se aparece na AL é porque se calhar se vai votar qualquer coisa que lhe aperta os calos, então ele vai lá e vota contra. Mesmo assim é bom que não apareça. Assim diz menos disparates. Aliás a ele deviam juntar-se os deputados Fong Chi Keong, Tsui Wai Kwan e Chan Chak Mo - todos eleitos indirectamente - e poupavam-nos ao seu chorrilho de disparates. Se calhar deviam formar um barbershop quartet, um ou tecto vocal, e assim dedicavam-se a outra coisa que não fosse política.

3) No Ponto Final - e a isto achei imensa graça - um grupo de carolas de câmera de vídeo na mão vai filmar "mansões fantasma" em Macau. Ora, para isto nem era preciso fazer um filme. Os chineses pelam-se de medo por mansões ou castelos. Aliás, os gajos só devem aceitar viver em prédios de 40 andares em apartamentos completamente novos, pois qualquer casa que "pertenceu a alguém há muito tempo", está, ora pois, "assombrada". Já se sabe que os chineses não compram casas onde alguém tenha morrido (mesmo de causas naturais), e o mercado tem mesmo um tabelamento para este tipo de moradias. Mas olha, se quiserem mesmo fazer um filme de terror com isso das "casa fantasmas", basta filmar algumas moradias abandonadas (normalmente lojas), onde se acumula o lixo e as contas da luz e da água nas caixas de correio. E se querem "fantasmas" como protagonistas, vão atrás do proprietários destas porcarias, que são piores que vampiros.

PS: Ums nota final para o tal Conselho das Comunidades Portuguesas, que não vai realizar não-sei-o-quê por falta de verba. Ó meus amigos, se em Portugal não há dinheiro nem para fazer cantar um ceguinho, vocês queriam massa para reuniões e bolinhos? Tenham juízo, pá!

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