domingo, 12 de agosto de 2012

Go to beach please - um dia em Coloane


Os aficionados do Verão na praia ou no campo têm em Macau apenas uma opção: a ilha de Coloane. Claro que alguns leitores estão já a pensar "é mentira; existem as piscinas do Estoril em Macau, e do Carmo na Taipa". Ora, isso são peanuts. Para quem quer mesmo fugir do trânsito e da selva de concreto sem sair do território, Coloane é mesmo única opção. E foi isso que fiz hoje, apesar de não ser um dos aficinados que referi acima. Foi a manhã e parte da tarde na piscina de Cheoc-Van, e um poquenique ao fim da tarde no Parque de Hac-Sá. Foi agradável, apesar de o tempo meio chuvoso - uma vergonha para o mês de Agosto.

O que me chamou mesmo a atenção foi esta simpática placa colocada mesmo no meio da Colónia (?) Balnear de Hac-Sá: "Go to beach please". Curioso. Não sei o que está escrito em chinês, e mesmo o significado em inglês é ambíguo. Será que nos estão a dizer que a praia é mesmo boa e devemos lá ir? Será que estão a implorar? Será que isto é algum aviso para que não se faça ali qualquer porcaria que se pode antes fazer na praia? Um mistério. Em todo o caso respondo "no, thanks". Ir aqui a banhos na praia, e falando em "porcaria" é quase como ir à Índia. É preciso ter o boletim das vacinas em dia. Quando passei pela praia de Cheoc-Van esta manhã fiquei surpreendido com a quantidade de banhistas que nadavam, indiferentes às toneladas de lixo visíveis à beira-mar.

A zona de piqueniques, ou na sua versão inglesa "BBQ" (barbecue), é bastante aprazível. Exitem um pouco por todo o lado em Coloane, quer em Cheoc-Van ou em Hac-Sá, como ainda em Ka-Hó. Estão lá disponíveis fogareiros completamente gratuitos, e durante a época "alta" é aconselhável chegar cedo e marcar o lugar. Depois é só levar as carnes, os garfos, o carvão, os pratos e os talheres de plástico, mais as jolas e os sumos, e depois deixar o lugar todo cagado de lixo no fim do dia. Pelo menos com as latas podemos ficar de consciência tranquila, pois o que não faltam são aqueles cidadãos desocupados que as colecionam para depois as vender ao quilo no ferro-velho. São os habituais agentes da reciclagem em Macau, que "trabalham" enquanto os outros se divertem.

Depois foi o regresso a Macau, já a cheirar a fumo, frango e peixe grelhado - nada que um bom banho não resolva. Regressei no autocarro nº 26-A, e entreti-me a escutar o roteiro à medida que as paragens se sucediam, debitado pela voz gravada daquela adolescente. É engraçado que nos avisem da "próxima paragem" em quatro línguas: cantonense, português, mandarim e inglês, por esta ordem. Só que não compreendo a necessidade do inglês. Next stop; Baía da Nossa Senhora da Esperança, Istmo? What the dickens? Pelo menos não caímos no ridículo de ter um Bay of Our Lady of Hope, isthmus. Mas yes, pá, é um serviço mesmo spectacular. De partir o coco a rir.

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