segunda-feira, 27 de junho de 2011
O homem invisível
1) O escritor e fotógrafo Joaquim Magalhães de Castro acusa o cônsul-geral de Portugal na RAEM, Cansado de Carvalho (a sério...) de boicotar uma exposição fotográfica dedicada ao Navio Escola Sagres. Como é sabido este navio da armada portuguesa foi impedido de aportar em Macau o ano passado por questões legais, e aparentemente até as fotografias são persona non grata. Navio-escola Sagres, nem vê-lo pintado ou fotografado, portanto. A história está contada no artigo, em que podem clicar acima nas letras a negrito, e não me cabe dizer quem tem ou não razão, e na verdade estou-me nas tintas. Contudo não me surpreende mais esta reacção do sr. Cônsul, quando mais uma vez diz que não sabe, não conhece, não viu e ninguém tem nada a ver com a forma como ele faz, assa ou coze. Já sei que o posto diplomático é suposto ser não-sei-quê, mas se é por isso então já estou farto de conversas sobre o cônsul e o Consulado. Se só servem para emitir BI’s e passaportes, então para quê tanta expectativa depositada nele(s) para fazer o que seja pela comunidade portuguesa? É que a esmagadora maioria da comunidade portuguesa é também residente de Macau, e com os residentes de Macau como tal não se toca nem nem com uma vara comprida, e pronto, lavam-se aqui as mãozinhas. É verdade que um posto consular vale o que vale, mas era preciso um pouco de sensibilidade histórica. Macau é de longe o consulado que mais passaportes portugueses emite no mundo em percentagem de população, e espera-se muito mais dele do que servir como “representação da República Portuguesa”, assim e pronto. Só fico com pena do Joaquim, porque aquele é o seu trabalho e tal, e quando se brinca com o trabalho, não há patriotismo que resista.
2) Macau está a tornar-se uma cidade cada vez mais violenta. Ontem suicidou-se mais um agente policial, hoje uma trabalhadora da construção civil cortou os pulsos e um turista da China continental foi encontrado morto, e suspeita-se de homicídio. Sem falar com a boca cheia de preceitos legais a este respeito, digo que isto se está a tornar numa bela merda em termos sociais e de segurança. Curiosamente não sinto pessoalmente que a cidade esteja mais perigosa agora do que estava há vinte ou há dez anos. Existe outro tipo de pressão e um tipo mais variado de crimes, e quase sempre relacionados com a indústria do jogo e a sua expansão nos últimos anos. O caso dos polícias suicidas começa a levantar sérias questões sobre a qualidade das Forças de Segurança. O que se passa com os agentes? Porque cedem tão facilmente à pressão? Fala-se ainda de dívidas de jogo. Mas ao ponto que isto chegou, meus senhores. Quanto aos homicídios, não têm sido assim tão frequentes, mas acontecem sempre relacionados com agiotagem e afins, pelo que se pede que se “aperte” um pouco mais com os casinos. Não pode ser tudo “deixa fazer, deixa passar”, só em nome da economia, pois não?
O homem está Cansado...
ResponderEliminarO governo que não se ponha a pau e não trate dos assuntos realmente importantes para o bem-estar desta malta que daqui a uns anitos terá uma surpresa nada agradável.
ResponderEliminarJosé Cesário é o novo Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A Comunidade Portuguesa em Macau pode de novo depositar a sua confiança e esperanças em Portugal e no seu novo Governo. Macau e os Portugueses na RAEM durante a actual legislatura não serão jamais esquecidos! Viva Portugal!
ResponderEliminarJá alguém se deu ao trabalho de comparar este consul com o anterior?
ResponderEliminarO anónimo das 20:08 deve ser o Bailote.
ResponderEliminarnão, garanto que o anónimo das 20h08 é o nosso vitinho...
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