terça-feira, 28 de junho de 2011

Macacos de imitação (me so horny)


Mais um bando de virgens ofendidas fez chegar a sua voz à AL através do deputado Mak Soi Kun, entregando-lhe uma petição contra certas imagens proficuamente divulgadas no território, alegadamente obscenas, noticiava o Hoje Macau na sua edição de hoje. O grupo de moradores do NAPE está especialmente ofendido pelos folhetos de publicidade de saunas e prostitutas por conta própria (os tais panfletos que o José Drummond usa para fazer arte). Estes folhetos mostram meninas em trajes menores ou semi-nuas, com números de contacto, preçários e até palavras obscenas para acicatar o apetite de potenciais clientes (com palavrões? não vejo como).

Ora bem, este negócio da prostituição em Macau já existe há bastante tempo. Amigos macaenses mais velhos contaram-me que quando eram jovens não existiam tantas casas de passe quanto hoje, e que chegava a haver uma prostituta apenas para dezenas de soldados portugueses, por exemplo (blergh). Macau antigo à parte, existem locais para todos os gostos e todos os bolsos, quem prefere um serviço VIP vai a uma sauna ou a um clube nocturno, quem prefere uma coisa mais barata ou mais badalhoca "engata" nos hotéis ou nos bares do NAPE ou vai a um bordelzito no Porto Interior. Não sinto que estes estabelecimentos tenham proliferado tanto quanto os casinos nos últimos anos. Continuam a ser tantos como antes, só que alguns mudaram de sítio.

É claro que hoje existe mais publicidade, mas isto não é um fenómeno exclusivo das casas de putaria. Todas as indústrias mais lucrativas do território inundam tudo quanto é sítio de publicidade. Até um táxi nos leva a uma sauna se pedirmos "que nos leve a um sítio onde se foda bem" (experimentem, eles levam mesmo). Basta abrir o jornal Ou Mun, o jornal mais lido do território, para ser massacrado por publicidade de saunas, clubes nocturnos e serviços ao domicílio, sempre acompanhada de fotografias assaz sugestivas. Que se saiba qualquer jovem pode comprar o jornal Ou Mun, ou até masturbar-se com as imagens, sabe-se lá (isto alinhando na teoria do caos aqui apresentada). O Ou Mun não é vendido nas traseiras de uma livraria embrulhado num plástico preto com uma etiqueta "XXX". E já é assim há vários anos.

Isto tudo para dizer que não existe realmente o perigo de "induzir os jovens a embarcarem em comportamentos inapropriados", como diz o sr. deputado. Os adultos de hoje eram também jovens há dez ou vinte anos, e que se saiba não houve por aí a depravação total de uma geração inteira. Hoje são adultos normais, e penso que convivem bem com mais esta indústria do território. Não vai ser acabar com os panfletos que vai tapar os olhos dos jovens para o fenómeno da prostituição. E esse "relaxar do acompanhamento do desenvolvimento das crianças, motivado pela vulgarização dos agregados familiares em que tanto o pai como a mãe passam o dia a trabalhar, consequência do rápido crescimento da economia" (isto mais parece uma teoria da treta), a existir, é apenas culpa dos paizinhos. Não das saunas ou das empresárias do sexo por conta própria. Haja dó.

11 comentários:

  1. Não percebo como que existem tantas putas neste mundo,com tantas gajas boas(não putas) que existem por este mundo fora.Só vai as putas quem quer e quem é putanheiro.Confesso que eu já fui muito putanheiro há muitos anos atrás mas aquilo estava sugando a minha conta bancária e deixei de ir as putas.

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  2. Oh anonimo tu deixaste de ser putanheiro e passaste a ser punheteiro ahahaha

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  3. Este tal "grupo de moradores do NAPE" é um daqueles grupos cujo passatempo preferido é protestar. Já protestaram contra o futuro metro, já protestaram contra as putas e já protestaram contra mais umas coisas que já nem me lembro quais. Qualquer dia organizo eu um grupo para protestar contra o grupelho de moradores do NAPE.

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  4. Então estes gajos da Nape são como os portugueses de Portugal,estão sempre a protestar por tudo e por nada

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  5. Com uma grande diferença, anónimo das 05.47: os portugueses têm motivos para protestar. Aliás, muito pouco protestam eles, deviam era já estar a protestar da mesma forma que os gregos o estão a fazer. Já os tais "moradores do NAPE", que deviam era estar de cu para o ar como os muçulmanos a dar graças aos deuses por serem ricos e poderem morar no NAPE, não se contentam com a felicidade e querem é ser vitimizados, gostam de se disfarçar de infelizes. Eu proponho uma troca aos moradores do NAPE que, se fossem gente coerente, os faria ficar felizes: já que não gostam do percurso do futuro metro no NAPE nem dos panfletos a anunciar putas, venham morar para a casa onde moro, que eu vou para uma das deles. Onde eu moro o metro não vai passar e não há panfletos a anunciar putas. Não é isto o que eles querem? Troquem, então! Só gostava era de saber escrever chinês, para esses idiotas poderem ler isto.

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  6. Eu também gostava de brincar aos deputados!

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  7. " Deviam protestar da mesma forma que os gregos o estão a fazer " Pois é,arriar na polícia,partir tudo que aparece pela frente,isto sim resolve os problemas de Grécia.

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  8. A violencia pode ou não resolver os problemas do país.Mas recordo que numa revolução há sempre sangue e suor.E mortos.Agora se ficarem quietos como os mansos dos portugueses é que não resolve mesmo nada.

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  9. Acho piada a estes "democratas" como o das 18:38. Os militares de Abril não estavam armados e prontos para disparar se fosse necessário? Os republicanos não mataram um Rei para terem a sua República? Porque é que os trabalhadores que andam a ser "comidos" pelos governos da UE não podem ser violentos?

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  10. claro que os trabalhadores indignados podem ser violentos mas são apenas violentos para os policias que estão lá a fazer o seu trabalho,se querem ser violentos ok,vão até ao parlamento e sejam violentos para os deputados,ministros e presidentes,estes sim que merecem levar porrada,não são os policias que não tem culpa.Ontem vi um video que gostei bastante e devia ser assim em Portugal :
    http://www.youtube.com/watch?v=Fl3UcPf0cCU

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  11. Eles estavam à frente do parlamento. A chatice é que os assalariados que não lhes permitem aproximar-se do parlamento são os polícias. Fazer o quê então, és capaz de me explicar, ó inteligente das 20:22?

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