Comam o salzinho todo, meninos

Cidadãos entram nas filas de racionamento do sal.


Prateleiras de sal vazias no Supermercado Royal.


Residente previne-se da radiação.

A crise na central nuclear de Fukushima, no Japão, continua a criar uma onda bizarra de precauções na região Ásia-Pacífico. Supermercados de Pequim esgotaram hoje os estoques de sal, e em Macau registou-se também uma grande procura, tudo devido a uma teoria descabida de que o iodo presente naquele produto poderá proteger as pessoas de uma contaminação radioativa. Desconhece-se quanto sal é necessário para proteger alguém das radiações nucleares, ou se deve ser ingerido, inalado ou injectado para as veias. Quem fica a ganhar com tudo isto são as empresas do sal: a Yunnan Salta & Salt Chemical Co. Ltd. registou uma subida de 10% na Bolsa de Xangai. Além do sal, os residentes do território têm-se abastecido também com molho de soja, caldo de galinha em pó e outros condimentos, prevendo-se assim para o Inverno nuclear que se aproxima. Se a radiação não chegar, pelo menos vamos ter um aumento da diabetes e da arteriosclerose.