terça-feira, 29 de março de 2011

A caminho de Dusseldorf: Grande 69


Foi um ano em grande para o Festival da Eurovisão, o de 1969. Ainda faltavam alguns meses para Woodstock, mas no Teatro Real Madrid, em Espanha, já tinha havido festival hippie à europeia. E foi tão bom que em vez de um vencedor, houveram quatro. As canções francesa, espanhola e holandesa estavam empatadas em primeiro lugar cm 18 pontos antes da votação decisiva da Finlândia, que resolveria o vencedor. Mas lá na Finlândia não simpatizaram muito com nenhuma das três e ainda deram um ponto à representante britânica, que estava exactamente um ponto atrás, e a confusão ficou ainda maior. Perante isto, os senhores da Eurovisão ficaram com as calças na mão, pois não existia um método de desempate. Perante este absurdo, foram declarados quatro vencedores: "Un Jour, Un Enfant", de Frida Boccara, pela França; "Boom Bang-a-Bang", da escocesa Lulu, pelo Reino Unido; "Vivo Cantando", de Salomé, pela Espanha; e "De Troubadour", de Lenny Kuhr, pelos Países Baixos. Esta última é a que vos deixo, pois é de todas a melhor, e declaro-a vencedora oficial e não disputada do louco Festival da Eurovisão de 1969.

PS: Portugal foi representado por Simone de Oliveira com "Desfolhada portuguesa" que obteve um excelente penúltimo lugar com 4 pontos. É porque foi um ano mesmo muito bom. Lol.

2 comentários:

  1. Louvando-se a sapiência do Leocardo quanto a euro-festivais e agradecendo-se o consequente contributo para a nossa bagagem cultural, não consigo deixar de imaginar a moça a sair de uma lata de quaker oats (só falta ter as galinhas à volta...).
    Bom, mas um cidadão que tem aquele grupo "de esquerda", uma réplica badalhoca dos village people, a "representá-lo", não está em condições de fazer muita pilhéria com o assunto. Cumprimentos

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