domingo, 26 de dezembro de 2010
Doces de Natal
Não podia deixar aqui de falar dos doces de Natal, que aqui em Macau são dispensados pela Pastelaria Caravela e pelo Café Ou Mun, pelo menos (e para estes dois já agora muito obrigado). Os doces de Natal são, penso que concordamos com este ponto, uma desgraça para qualquer dieta. Durante os vinte dias depois do dia 15 de Dezembro, ganho sempre quatro ou cinco quilitos. Em Janeiro perco sete, no Ano Novo Chinês ganho dois, e fica sempre tudo balançado e de volta aos 80. Em mais nenhuma altura do ano gostamos tanto de encher a cara de pastelaria grossa carregadinha de molhos, caldas, recheios, fios de ovos e outras coisas maravilhosas.
Gostava de começar por falar deste grande dilema das filhozes e dos coscorões. Reparem na imagem acima: toda a minha vida chamei a isto "filhozes", e agora vejo nas listas das pastelarias da especialidade qualquer coisa chamada "coscorões". Não sei se são a mesma coisa, se é uma questão de regionalismo, não interessa, chamemos-lhe filhozes. As filhozes são o doce de Natal de eleição à mesa do Natal luso-chinês. Os chineses simpatizam muito mais com esta massa frita que lhes faz lembrar o seu tang-san, que em vez de canela e açúcar leva em cima calda de açúcar.
Os restantes doces portugueses levam uma torcidela de nariz, principalmente os que são "muito doces". A lampreia de ovos é um bom exemplo disso. O lado chinês da família diz que esta especialidade tão engraçada (vejam os olhinhos, eheheh) "faz doer os dentes", enquanto os diabéticos (coitados) olham para aquilo de boca aberta, qual "fruto proibido". A lampreia não é popular, nem os sonhos com a tal calda (que não passa de água com açúcar), pelas mesmas razões.
Devo confessar que mais uma vez faltou à mesa o Bolo Rei. Gosto imenso de Bolo Rei, especialmente quando começa a ficar duro, aquece-se no forno uns minutos e come-se torradinho com manteiga e chá. Quando tinha 13 anos, passou-se um episódio de que nunca me esquecerei. No Domingo depois do Natal, tinhamos voltado de um almoço fora, quando um pobre nos bateu à porta a pedir "qualquer coisinha que se coma". Como não tinhamos mais comida nenhuma, perguntámos se queria bolo rei, e demos-lhe mais de meio bolo, que devorou logo ali, inteirinho, mesmo à nossa frente. Passei a dar valor a esta pastelaria natalícia tão peculiar. Não conheço quase ninguém que goste realmente de bolo rei, e penso que chega a ser meramente decorativo, ou até simbólico. Comem-se uma ou duas fatias "para manter a tradição", e depois fica o resto ali a apodrecer. Com a família chinesa acontece o mesmo, e a principal razão prende-se com as frutas cristalizadas ou as passas, de que "ninguém gosta" (tenho o mesmo problema com a fruta em calda ou com os pickles). Portanto se comprar um Bolo Rei tenho que o comer sozinho. Não vale a pena.
Outra das coisas que faltou à mesa foi o arroz doce. Não conheço um único chinês que goste de arroz doce. Para um chinês, fazer aquilo com o arroz, tão precioso nesta cultura, é sacrilégio. Eu até não desgosto do arroz doce, especialmente se for sequinho. Quando era puto a minha bisavó (ena!) fazia um pratinho para cada um dos bisnetos (éramos 11, uma equipa de futebol) com o nome escrito em canela. Não aprecio muito aquele arroz doce mole, empudinado, sem graça nenhuma. Só sequinho e num amarelo vivo se preserva a integridade do arroz. E com uma casquinha de limão, sempre.
Há quem não dispense à mesa da consoada o tronco de Natal (buche de Noel, em francês), que deve ter uma história qualquer nada relacionada com o nascimento do Salvador. Este tronco de Natal é um bolo de chocolate, às vezes decorado com pais natal ou bonecos de neve comestíveis ou não, e com um "Feliz Natal" escrito com creme branco. O resto do bolo propriamente dito é creme de chocolate por fora e por dentro. A tradição natalícia na minha casa levava a que o tronco de Natal ficasse comido pelo meio, depois ia parar ao frigorífico até aos Reis, e depois ia para o lixo. Para evitar esse efeito desagradável, opto sempre pelo "cheesecake" do Hotel Lisboa, que desaparece em menos de dez minutos.
Depois temos todo o resto. As azevias, as rabanadas (que se podem sempre fazer em casa), os pastéis de grão, os sonhos de abóbora, o salame de chocolate, a tarte de natas, a salada de fruta, as nozes e frutos secos as pêras com vinho do Porto, e até os doces improvisados ou as receitas caseiras. Mil e uma coisas que compõem uma mesa de Natal digna desse nome. E não se levantem ainda, que temos o Ano Novo mesmo à porta. Brindemos à engorda geral.
http://www.pornerbros.com/4981/extreme-asian-chick-making-nasty-things-with-her.html?wmid=324&sid=0
ResponderEliminarLeocardo, vou-lhe ensinar uma coisa que 99% das pessoas não sabe e eu só descobri há poucos anos porque, obviamente e como acontece com toda a gente, ensinaram-me a forma errada: as filhozes não existem! Cada um desses bolinhos chama-se filhó e no plural é que é filhós. Digo-o não só para seu proveito, mas para o de todos quantos lerem este comentário, pois sei que não exagero muito quando digo que a percentagem de desconhecedores deste facto é de 99%.
ResponderEliminareh lá, belo Link!! aquilo é polvo á japonesa ?!
ResponderEliminarpra quando uma sobremesa vietnamita
ResponderEliminarNa sequencia do link, alguem e capaz de dizer aonde e que vai ficar a fase 5 da Nova Taipa?
ResponderEliminarPronto, e o que despertou interesse foi o link daquela coisa nojenta do polvo. O nível dos seus visitantes está cada vez mais baixo, ó Leocardo. Já se conta pelos dedos de uma mão os não-tarados que aqui comentam.
ResponderEliminarQuando vi o polvo lembrei-me do arroz de polvo de 1 restaurante perto da minha casa que é muito saboroso ehehe
ResponderEliminarQuando vi o polvo lembrei-me do arroz de polvo de 1 restaurante perto da minha casa que é muito saboroso ehehe
ResponderEliminarás vezes o Leocardo diz que há um limite, mas onde?
ResponderEliminarjá vi insultarem a mãe dele, a mulher, os filhos, e ele fica na boa....
onde é o limite, Leocardo? já alguma vez definiu isso?
Então coitados dos jornais e blogs que tinham que fechar SEMPRE,cada vez que alguem manda insultos online,ui,fechavam logo eheheh.O insulto é a arma dos fracos.O insulto online é a arma dos fracos e cobardes.Escondido atrás de 1 computador é facil insultar online.Porque não dão a cara e sejam homenzinhos???O Leocardo faz muito bem em ignorar estes insultos online,porque vindo de cobardes é para ignorar sempre.
ResponderEliminarLá está,insultam o Leocardo e ele fecha o blog para sempre eheheh,então já tinha fechado muitas vezes o blog.Ainda não perceberam que quanto mais insultaram mais os blogs e jornais online tem mais audiencia???Mais "views".Não é por acaso que quase todos jornais online,deixam comentários com insultos e palavrões serem publicados mesmo sabendo que há uma lei portuguesa que diz que estes comentários com insultos não deviam ser publicados mas são pyblicados na mesma.Toda a gente sabe porque.
ResponderEliminarLá está o sabichão de merda da grécia com a mania que sabe tudo mas não sabe nada.Então as filhozes não existem???Quem és tu para dizeres que filhozes não existem quando tantos portugueses comem filhozes nesta altura do campeonato???Vai dizer isso aos pasteleiros portugueses que eles enchem-te uma carga de porrada.
ResponderEliminarAnda 1 gajo a comer filhozes toda a vida e depois aparece 1 maluco que diz que as filhozes não existem eheh.Há cada um.
ResponderEliminarVocês fazem mesmo gala na vossa ignorância. Já expliquei porque é que "filhozes" não existem! Falem de futebol, caralho, que ao menos aí são todos iguais. Deixem o português para quem sabe. Ou comprem um dicionário primeiro, que eu já não tenho mais para oferecer.
ResponderEliminarSim somos todos uns ignorantes,só o anónimo das 08:27 é que é esperto,descobriu que afinal não existem filhozes.Daqui a pouco descobres que afinal Camões não esteve em Macau e ainda recebes 1 prémio por isso.
ResponderEliminarhehehe, polvo com grelo, belo link, sim senhor.
ResponderEliminarSingular - "filhó". Plural - "filhós". Logo, "filhozes" não existe! Queres tentar perceber isto ou preferes ser um idiota durante o resto da tua vida?
ResponderEliminarEntão diz isso aos pasteleiros portugueses e depois ves se levas ou não uma carga de porrada quando dizes que as "filhozes" não existem!!!
ResponderEliminarPelos vistos,és mesmo idiota.Não me digas que és o gajo do vídeo de 1999 de taiwan??
ResponderEliminarhttp://www.google.pt/search?sourceid=chrome&ie=UTF-8&q=filhozes#sclient=psy&hl=pt-PT&q=filhozes&aq=f&aqi=&aql=&oq=filhozes&gs_rfai=&pbx=1&fp=ed8eeaba166257b1
http://en.wikipedia.org/wiki/Filh%C3%B3s
ó das 12:45 não vez que tão a reinar com a tua cara, pá?
ResponderEliminarA minha cara?Mas eu não tenho webcam nem foto no computador,como que ves a minha cara?Pelo cu?
ResponderEliminaralém de tapadinho és mal-agradecido, ó anónimo das 19:34.... vai lá vai...
ResponderEliminar?????????????????
ResponderEliminarUm idiota é um idiota. Continuem com as vossas ideias modernas, em que todos são iguais e tal, e vão ver onde é que esta merda vai parar... Segundo estes analfabrutos, os pasteleiros é que sabem de gramática... Foda-se, ditadura, volta, que estás perdoada!
ResponderEliminarA puta da tua mãe é que andou enrolada com um pasteleiro que fazia filhozes,e por isso agora nem podes ver as filhozes.
ResponderEliminarE como não existem filhozes para o gajo de anti-filhozes,a puta da mãe dele fez uns filhos a conta do pasteleiro ahahahahhahaha
ResponderEliminarHa ha! Os analfabetos estão cada vez com mais piada.
ResponderEliminarClaro,ou como que achas que os comediantes de Portugal conseguem ter sucesso???
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