domingo, 31 de outubro de 2010

O Restaurante





A TDM transmitiu esta noite o documentário "O Restaurante", de Fernando Eloy, o primeiro de uma série de documentários consagrado aos CPLP ou lá o que é. Não vou dizer que foi mau ou bom, porque um documentário vale o que vale. Pode ter mais interesse para umas pessoas e menos para outras. É por assim dizer, "relativo".

Em "O Restaurante" seguimos o dia-a-dia de algumas personalidades do território, e o "personagem principal", chamemos-lhe assim, é o sempre bem disposto Manuel Santos Pinto, o tasqueiro favorito da comunidade portuguesa. Ficamos a saber também um pouco mais da vida de Guy Lesquoy, o francês mais conhecido de Macau, do advogado Miguel Senna Fernandes e de Agnes Lam, aquela pequenita da energia cívica, ou dos Transformers, não sei bem.

O resultado é positivo, vê-se o documentário até ao fim sem enfado, mas os actores parecem-me pouco naturais, pouco à vontade - pelo menos para quem os conhece. Estavam a querer fazer daquilo uma coisa demasiado séria, talvez, e depois ninguém gosta de ser filmado despenteado, com uma borbulha no rosto ou com o dedo no nariz, o que pode ser considerado "natural", mas nada elegante.

É certo que o documentário foi filmado durante o Ano Novo Chinês, mas será que todos os documentários sobre Macau precisam de ser sobre chinesices? Quer dizer, tai-chi, panchões, danças do leão e do dragão, jantaradas chinesas. Era como se todos os documentários sobre Portugal mostrassem ranchos folclóricos e varinas com cestas de sardinha na cabeça. Em todo o caso os restantes espectadores do CPLP ficam com uma boa imagem de Macau, mas duvido que ficarão surpreendidos.

Quanto à realização, montagem e tudo mais, não sou ninguém para fazer reparos, mas se há coisa que tenho são ouvidos. O que aconteceu com o som? Era tão mau que eram preciso legendas em português até para os personagens que falavam...português. Será que também foi filmado com telemóvel?

7 comentários:

  1. Muito mau mesmo!

    Quem não conhece Macau não fica a conhecer, nem percebe nada. Quem conhece, lamenta ainda a falta de qualidade das imagens, do som, para não falar da ausência de guião. É um documentário redondo, sem ponta por onde se lhe pegue. É pena! :(

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  2. Pena é a TDM escolher um dia péssimo para emitir esse documentário dedicado a Macau. Sabendo que estava a decorrer o Festival da Lusofonia poderia ter escolhido outro. Pois poucos foram os que assistiram ao documentário, portanto não se conseguiu o que se pretendia, pelo menos no universo dos destinatários do canal português da TDM.

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  3. Repete terça às 00:00. Também há lusofonia?

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  4. As legendas eram um horror! Cheias de erros ortográficos e de tradução!

    Quanto à legendagem de PT-PT percebo o porquê. Ora, se é para ser emitido em todos os países da CPLP, acredito que nem todos os espectadores percebam perfeitamente a variante europeia da língua.

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  5. E mesmo para nao perceber!
    Assim da um ar mais moderno,tipo "cinema verita".
    Verdade seja, que alguns dos intervenientes nao se percebem, seja qual for a circunstancia...

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  6. A legendagem era péssima e a TDM mostrou uma vez mais o seu amadorismo e falta de respeito pelo telespectador ao ter tido este documentário anunciado na Internet para o domingo anterior e depois, sem aviso e sem qualquer justificação, o ter pura e simplesmente mudado para a semana seguinte.

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  7. Um filme que nao tem pes nem cabeca.

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