domingo, 18 de julho de 2010

Por falar em turistas...


Macau quer melhorar a qualidade dos seus turistas, e parece que isto passa por cortar naquela malta que vem cá cuspir no chão, fumar nos elevadores e comer e beber “de borla”. Uma aposta no turismo de qualidade, no fim dos pacotes turísticos a custo zero, enfim, fazer o Zé que quer cá vir pagar para ver.

Sempre gostei de ver turistas em Macau, sempre gente simpática, que normalmente podemos ver durante o dia no meio do Largo do Senado a tirar fotografias e a bloquear o caminho. Isto para não falar dos “turistas” da Nigéria, Paquistão, Nepal e Mongólia, que sempre vêm dar um colorido a isto – e do resto encarrega-se a polícia.

Tenho pena que os turistas não sejam mais comunicativos connosco, nativos, mas pelo menos ficar a saber o que pensam de Macau, e de nós, os “macaenses”. Às vezes vejo-os aí perdidos, de mapa na mão, a tentar perceber o menu de um restaurante português (nunca vejos os empregados explicar nada...), muito sozinhos, muito desorientados.

Ontem de manhã encontrei num café local um simpático casal coreano que ouviu falar do tufão e estava preocupado “se ia ter barco para Hong Kong”. Não existe um gabinete ou um posto permanente por aí onde possam saber essas coisas? E já agora dava jeito um onde alguém soubesse falar inglês. Curiosamente tenho visto cada vez mais turistas indianos no território, o que me faz lembrar mais uma vez que a cozinha e os produtos indianos teriam uma boa saída em Macau – pelo menos para mim.

Mas sinceramente acho que um certo tipo de comércio ia ficar a perder bastante caso Macau comece a apostar mais no turismo de luxo e quase nada no turismo de lixo. As tendinhas, os pechisbeques, os restaurante de pão com costeleta de porco ou as lojas de min iam perder negócio.

Além disso esses turistas mais endinheirados são foleiros a dar com um pau. Ficam em hotéis caríssimos que depois deixam todos emporcalhados, jantam em restaurantes italianos sem perceber nada de comida italiana, gastam dinheiro em coisas de péssimo gosto.

Claro que nos fazem muita falta, esses, que na volta passam pelo casino e deixam lá uma bela soma do “produto árduo do seu trabalho” (ah, ah). Mas a sério, os que temos chegam bem. Se queremos realmente atraír turistas sérios que procurem o território pelas suas especificidades culturais, pelo património histórico e pela gastronomia autêntica, era preciso sinalizar e apetrechar esses locais de serviços que se encontram em todas as cidades modernas.

Meia dúzia de mercearias à porta do templo de A-Má que vendem a mesma coisa que qualquer mercearia em Macau, só que mais caro, não é o que o turista de qualidade procura. Lojas negras e souvenirs pirosos nas redondezas das Ruínas de S. Paulo simplesmente não dá. E o que é aquilo com as lojas de mobília? Acham que o turista que se preze quer levar mobília para casa?

E depois aqueles restaurantes “típicos” espalhados um pouco por toda a parte (mais na Taipa), onde chamam “comida portuguesa” a meia dúzia de rodelas de chouriço assado e arroz frito com camarões e ervilhas congelados. Para quando uma certificação a valer dos restaurantes?

E podia dar mais exemplos daquilo que considero a “estrutura amadora” desta “federação” do turismo em Macau. Se queremos melhores turistas deviamos oferecer melhor turismo, e não turismo mais caro.

16 comentários:

  1. os "c" que se transformam em "ç" quando não é necessário. Homem mude lá o "começe" no 5.o parágrafo.

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  2. Ei-lá!!! Quando o Eng. Curvadinho Antunes ler esta "crónica" até vai bufar...

    AA

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  3. É difícil melhorar a qualidade dos nossos turistas. Mesmo que se consiga atrair outros mercados de nível superior, o grosso dos turistas continuará a vir do lado de lá da fronteira. Logo, o problema está a montante. Eles são assim e não é Macau que os vai educar. Se se optasse por tornar Macau um destino mais caro, fazendo a selecção por essa via, perdiam-se os turistas, porque não há mercados de origem alternativos que compensassem a perda dos turistas do continente.

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  4. O que Macau precisava era de apetrechar a polícia de panos encharcados para atirar às trombas dos peões que se metem à frente dos carros quando o semáforo para os peões está vermelho.

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  5. os chineses metem a frente dos carros quando o semáforo para o peões está vermelho porque julgam que estão na china continental onde atravessam a rua sem ver os sinais,é 1 vicio que eles tem.Depois não admira que volta e meia são atropelados no meio da rua.Se fosse como em hong kong onde passam as multas para os que não respeitam os sinais,macau estaria bem melhor

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  6. O que eu mais gosto de ver é aqueles que, antes de atravessar no vermelho, olham para... a direita! Ha, ha, ha!!! Idiotas!

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  7. se olham para a direita antes de atravessar no vermelho não é saloice,isso chama-se reflexo condicionado,muita gente olha sempre para os 2 lados quando atravessa a rua mesmo sabendo que um dos lados não passam caros.os meus pais sempre me ensinaram que devemos olhar sempre para os 2 lados quando atravessamos a rua seja vermelho ou verde

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  8. Então os seus pais ensinaram-no muito mal. Quando está vermelho para os peões, não se deve olhar nem para um lado nem para o outro. Deve-se, pura e simplesmente, ESPERAR.

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  9. apoiado, camarada das 16, o das 00:05 é totó


    AA

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  10. aqui em portugal se 1 gajo se so olha para 1 lado mesmo quando esta verde para os peoes arrisca-se a morrer atropelado na...passadeira.Tanta gente que já morreu em portugal na passadeira.os portugueses conduzem mal e porcamente e não respeitam ninguem.Uma vez eu ia morrendo atropelado na passadeira,uma gaja a conduzir e nem parou,ainda bem que eu tenho reflexos rápidos como o homem aranha,saltei e consegui desviar do carro

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  11. hehe, herói das 11:59.

    mas o mais giro nisso é quando consegues lançar a teia e atirar o carro para cima dos outros todos, e faz uma bola de fogo....

    agora a sério, já me aconteceu algo semelhante, o FDP dum taxista nem olhou para o espelho. Perdido de raiva contornei a rua e, como esperava, encontrei o campeão agra sim parado noutro sinal...

    olhe, nem falei, peguei-lhe o cabelo e puxei-lhe a tromba, quase saiu pela janela, o homem, bateu com a cabeça onde sai o vidro. a seguir abriu a porta para vir atrás e empurrei-o contra o carro... o homem lá viu q era para esquecer e pirou-se.

    enfim, a rua toda em choque, mas soube-me tão bem, mas se o tivesse agredido mais claro que o povão teria intervido, e bem...

    assim n houve PSP's e fiquei a rir-me..


    como soube bem!!


    AA

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  12. O que não falta por portugal é ruas onde o sinal dos peões tá verde, e o dos carros também....


    AA

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  13. É para o tráfego fluir. Com verde para todos, ninguém precisa de ficar à espera. Nos outros países é que nunca se lembram destas grandes ideias que as autoridades incompetentes de Portugal têm.

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  14. é sempre a andar,como costumam dizer os taxistas.Em Portugal so conduzo aos sabados e domingos,dias de semana vou de metro e comboio para trabalhar e para voltar para casa,se fosse de carro ao trabalho teria que sair de casa as 7 de manha para chegar ao emprego antes das 9.alias nem percebo como que há tanta gente que conduz para ir trabalhar,depois ficam nas filas transito e já começam a ficar irritados aos palavroes a insultar tudo e todos.Quando Macau tiver METRO tenho a certeza que muitos irão deixar o carro em casa e irão de metro para o trabalho.

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  15. Vai de comboio? Fosga-se! E nunca foi assaltado?

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  16. nada como ir para o trabalho pela manhã a ouvir uma crónica do Markl, ou os conselhos do julio machado vaz..., ou então aquela malha radical na RFM, tipo a última de maroon 5, ou o super hit de alicia Keys...

    mmmmmm.... a verdadeira vida dum muguinha...

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