Mundial 2010: análise do Grupo G

BRASIL: O "escrete" é a única selecção que participou em todas as fases finais do mundial, desde 1930, e é sempre um forte candidato ao título. Os adeptos da canarinha ainda "cobram" muito de Dunga, que como selecionador já venceu uma Copa América e uma Taça das Confederações, mas facilmente será esquecido se não levar o sexto título mundial para o Brasil. Dunga deixou de fora jogadores mais experientes, como Ronaldo, Ronaldinho ou Adriano, e lecou alguns virtuais "desconhecidos", como Michel Bastos (Lyon), Thiago Silva (Milão) ou Josué (Wolfsburgo). Com Kaká, Luiz Fabiano, Daniel Alves e Robinho à mistura, resta saber se os exigentes adeptos brasileiros vão tê-lo como um génio, ou pedir a sua cabeça.


COREIA DO NORTE: Os norte-coreanos regressam a uma fase final de um mundial 44 anos depois, e novamente com uma aura de mistério. Pouco se sabe da equipa do país mais isolado do mundo, a não ser que se qualificou com alguma dificuldade à frente de Arábia Saudita e Irão, clientes recentes de fases finais de mundiais. O avançado Jong Tae Se, que alinha no campeonato japonês, prometeu "três golos por jogo". Resta saber se será torturado caso falhe esse objectivo. Por muito que suem a camisola em nome do "querido líder", a Coreia do Norte deverá ficar pelo caminho na primeira fase.


COSTA DO MARFIM: A Costa do Marfim tem Eriksson ao leme, e conta com alguns jogadores de classe mundial como os irmãos Toure (Kolo e Yaya), o defesa Eboue, do Arsenal, ou o avançado Salomon Kalou, do Chelsea. Mas a lesão de Drogba, jogador africano do ano em 2009 e a maior estrela da companhia, colocou sérias reticências nas hipóteses dos marfinenses em fazer um brilharete. O jogo de estreia contra Portugal será o tudo ou nada, e uma derrota deverá ditar o adeus logo na primeira fase.


PORTUGAL: É difícil falar da selecção das quinas sem ser tendencioso, pois todos os portugueses nos quatro cantos do mundo vão estar com Cristiano Ronaldo e companhia. E é nos ombros da estrela do Real Madrid que recai o peso da responsabilidade de levar esta equipa "aos ombros". Da equipa que ficou em 4º lugar há quatro anos na Alemanha restam apenas Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira, Deco, Miguel e Simão Sabrosa, todos já na casa dos 30 anos. A juntar às ausências de Bosingwa, Nani ou Quaresma, ficam a faltar referências de classe mundial. Em todo o caso, com um pouco de esforço, os nossos rapazes chegam lá.

Previsão: Brasil e Portugal