domingo, 30 de maio de 2010
Provedor do leitor
Como seria de esperar, o posto "Prøverbial avestruz", da última sexta-feira, teve uma catrefada de comentários. O tema era sensível, pois então, e fiquei bastante satisfeito com a participação dos leitores. António Falcão, visado na segunda parte do post, respondeu assim:
O Leöcardo não passa de uma personagem. Um nome. Pode dizer, pode fazer, pode insultar, mas é apenas uma folha de um conto da carochinha. Não é uma questão de escrever de cara tapada. Parece-me que não vivemos num país fundamentalista. Apesar de nem se saber se o Leocardo é homem ou mulher. Até se podia chamar Dinis Pinto Morais, não tenho a certeza se iria alterar alguma coisa, mas o certo é que assim ninguém vai levar nada sério e o pessoal vem cá à taberna só para beber umas minis.
Quatro anos de anonimato, Leoca®do, isso é obra. Já merecíamos um upgrade para executiva. De vez em quando uma mudança de sotaque sempre dava para umas caipirinhas. Fica a sugestão.
Já agora pode ser no bar da esquina. Ou aguardamos até ao quinto aniversário? Dava uma festa de arromba!
Já esperava uma resposta do António, que é uma pessoa simples e frontal, e desde já agradeço o incómodo. Só gostava de saber: Quem é que eu "insultei"? E ainda não me respondeu: O que tem o meu anonimato a ver com o caso do Luís Amorim? Garanto-lhe que se a minha identificação contribuisse de alguma forma para a descoberta da verdade, dava esse passo já amanhã. Como não tem, pergunto eu: esquê?!
Quanto ao facto de "ninguém levar o blogue a sério", isso depende do ponto de vista. Nunca pedi a ninguém que me levasse a sério, nunca exigi ser tido e achado sobre nenhum assunto, que para isso já temos muitas cabecinhas pensadoras, algumas delas que estão prestes a comemorar a milésima entrevista na televisão, jornais ou rádio. Sempre os mesmos, pois é, mas é como o António diz: muitas cabeças estão enfiadas na areia. Outras andam enfeitadas com plumas.
Agradeço a sua sugestão para uma festa de arromba na altura do quinto aniversário do anonimato - tem razão, é obra. Prefiro guardar os foguetes para o vigésimo, ou quiçá para o trigésimo aniversário do anonimato, se chegar lá. Isto é como quem diz, "estou bem assim, obrigado".
Em relação ao post da última quarta-feira, "Absolvido, pelo menos...", um leitor deixou o seguinte comentário:
Esta posta de pescada do leocardo dá-me nojo. Até parece que o leocardo nunca "mijou fora do penico" e fodeu umas gajas fora do matrimónio! Debalde! Quanto ao Samiro, faz o que muitos jovens (gajos e algumas gajas bem ensinadas) gostam de fazer na sua idade: aventura e excitação!
Muito bem. Em primeiro lugar gostava de recordar que o Samiro foi absolvido por falta de provas, o que tecnicamente significa que está inocente, pois não se conseguiu provar a sua culpa. Eu não tenho nada a ver com os desvarios ou as aventuras sexuais do Samiro ou de outra pessoa qualquer, mas se este jovem se tivesse comportado como um atleta - e já não digo "profissional", que não o era na acepção do termo - não se via envolvido nesta salganhada que foi um embaraço para todas as partes envolvidas. Tivesse o rapaz "mijado fora do penico", como diz o leitor, mas pelo menos tivesse a intenção de acertar no penico, a história era outra.
No programa "Contraponto" da última sexta-feira, Carlos Morais José fala de como o jovem tinha apenas 20 anos quando se deram os factos, e agora subitamente apanha-se com 24, como se não fosse nada, etc. Penso que o CMJ remete esta responsabilidade para a morosidade da justiça, mas isso é outra conversa. O Samiro não foi nenhuma vítima das circunstâncias, nenhum bode expiatório, nenhum "Birmingham Six", nenhum mártir. Tivesse ficado no hotel sossegadinho a fazer as malas e se calhar hoje jogava no Roda, ou no Ajax, ou no Benfica, ou no Real Madrid. Nunca se sabe. Agora, chapéu.
Obrigado pela atenção dispensada.
Deveras interessante o pensamento do Leocardo. O mesmo será dizer: estivessem, há mais de trinta anos, os pais do anónimo Leocardo queitos e a ver televisão e hoje não havia o Bairro do Oriente. Seria um grande alívio para os sapos e demais batráquios.
ResponderEliminarSim...é um raciocínio mais ou menos lógico. Com a diferença que os meus pais podiam ter sido outros. Isso levava-nos agora a reflectir sobre a génese do universo e tudo mais, e se Deus tivesse usado camisinha, etc, mas agora não me apetece.
ResponderEliminarCumprimentos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSe os pais do Leocardo tivessem sido outros, talvez o Leocardo fosse jornalista que assina as peças que escreve. Talvez fosse um lambe-botas, um sabujo, um político ou até mesmo um homosexual assumido. Poderia até ser americano, africano ou asiático de nascença. Poderia ser rico ou pobre, homem, mulher ou transexual. Acho bem que não teça comentários sobre a génese do universo, porque ainda poderia dar-se mal.
ResponderEliminarCumprimentos.
Sapo? Batráquio? Em Macau só conheço a Loira da Tribuna...
ResponderEliminarLoira da Tribuna? Mas há alguma gaja loira que escreva para a tribuna? Que eu saiba são todas de cabelo castanho ou preto.
ResponderEliminarA loira da tribuna é o director. É preciso explicar tudo a esta gente...
ResponderEliminarIncrível a quantidade de malta que se dá ao trabalho de criticar este blogue e mesmo assim continua a vir cá
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