segunda-feira, 10 de maio de 2010
Liga Sagres em revista
BENFICA - A melhor época dos encarnados em 2009/2010 começou com a contratação do técnico Jorge Jesus, um conhecedor do futebol português, e uma série de jogadores que viriam a fazer toda a diferença: Ramires, Javi Garcia ou Saviola e a afirmação de outros que já estavam no plantel encarnado, como David Luiz, Aimar, Cardozo, Di María e Maxi Pereira. O Benfica só perdeu em Braga (9ª jornada) e no Dragão (29ª jornada), teve o melhor ataque (78 golos) e a melhor defesa a par do Braga (20 golos). O Benfica não tinha um rendimento tão elevado desde a época 1990/91, com Sven-Goran Eriksson.
SP. BRAGA - O Braga de Domingos Paciência até começou mal a época, com a eliminação da Liga Europa frente aos suecos do Elfsborg, mas o início da Liga foi verdadeiramente prometedor: lideraram desde a 1ª jornada (foram a única equipa que venceu na jornada inaugural da Liga), e só conheceram o sabor da derrota à 10ª jornada, frente ao V. Guimarães. Mais uma vez o saldo contra os três grandes foi satisfatório. Vitórias contra Benfica (2-0), Porto (1-0) e Sporting (1-0), e vitória em Alvalade (2-1). O Braga conseguiu a melhor classificação de sempre, e estará na pré-eliminatória da Liga dos Campeões pela primeira vez na sua história.
FC PORTO - Os dragões fizeram apenas menos dois pontos que na época passada, quando foram campeões. O terceiro lugar explica-se sobretudo pelos pontos perdidos em casa (empates com Belenenses, Olhanense e P. Ferreira), e pelo facto de não ter conseguido qualquer ponto nos terrenos dos seus adversários mais directos. Curiosamente o Porto perdeu no campo dos outros quatro dos cinco primeiros classificados. A humilhação na Europa perante o Arsenal deverá ditar a saída de Jesualdo Ferreira, mas o professor ainda se pode redimir com a conquista da Taça de Portugal na próxima semana frente ao modesto Chaves, que desceu à II "B".
SPORTING - Um ano para esquecer para os leões. Paulo Bento iniciou a época já bastante contestado, e um empate caseiro frente aos letões do Ventspils em jogo da Liga Europa foi a última gota. Carlos Carvalhal entraria em Novembro, mas o melhor que o Sporting conseguiu foi o quarto lugar, e o pior registo de sempre, com apenas 50% dos pontos aproveitados. Pelo caminho ficam alguns momentos bem embaraçosos, como as derrotas em casa frente à U. Leira, Académica e Naval, ou a goleada no Dragão (1-4) para a Taça da Liga.
MARÍTIMO - Carlos Carvalhal começou a época para os madeirenses, mas três derrotas consecutivas entre a 4ª e a 6ª jornada ditariam o seu afastamento ainda em Setembro. Mitchel van der Gaag apresentou-se como solução temporária, mas o holandês acabaria por ficar até ao fim da época. Irregular em partes do campeonato, o Marítimo conseguiu vitórias em casa frente ao Porto (1-0) e Sporting (3-2), um empate na Luz na primeira jornada, e uma vitória decisiva na última jornada em Guimarães, que garante aos ilhéus o regresso às competições europeias.
V. GUIMARÃES - Nelo Vingada foi despedido depois de apenas seis pontos nas primeiras sete jornadas. Paulo Sérgio deixaria o P. Ferreira para se mudar para a cidade-berço, e conseguia uma série fantástica de cinco vitórias entre a 10ª e a 15ª jornada (só perdeu para o Porto). Um final menos conseguido culminaria na derrota caseira frente ao Marítimo e o afastamento das competições de UEFA. Paulo Sérgio parte para vôos mais altos, e será o treinador do Sporting na próxima temporada.
NACIONAL - Uma época marcada pela doença do treinador Manuel Machado, com os nacionalistas muitos furos abaixo da última época, em que ficaram em 4º lugar. Salvou-se a participação histórica na fase de grupos da Liga Europa. Contra os três grandes só conseguiram um ponto: em casa contra o Sporting. O "goal-average" foi nitidamente negativo: 36 golos marcados, contra 46 golos sofridos. Manuel Machado estará de saída.
NAVAL - Ulisses Morais foi o primeiro treinador a ser demitido na Liga Sagres este ano, logo à 3ª jornada, e entrou Augusto Inácio, que levou os figueirenses à melhor classificação de sempre. A Naval nunca tinha conseguido ficar nos dez primeiros, e este ano conseguiu um brilhante 8º lugar. Momentos altos incluíram vitórias no Funchal (6ª jornada), P. Ferreira (27ª jornada) e Alvalade (29ª jornada), e uma presença nas meias-finais da Taça de Portugal, onde caíram perante o sensacional Chaves. Foram ainda a única equipa a roubar pontos ao Braga na cidade dos arcebispos.
U. LEIRIA - Um nono lugar que sabe a pouco, uma vez que os leirienses estiveram quase sempre a lutar pelos lugares europeus. Manuel Fernandes começaria a época, mas deixava Leiria após a sétima jornada para treinar o V. Setúbal, e seria substituído por Lito Vidigal. Momentos altos incluíem uma vitória em Alvalade e uma goleada por 4-0 fora, precisamente em...Setúbal. O brasileiro Cássio esteve em destaque, ao apontar 12 golos.
P. FERREIRA - Um 10º lugar tranquilo, com uma época sem grandes sobressaltos e por vezes a espreitar a Europa. Ulisses Morais substituíu Paulo Sérgio à oitava jornada. Os pacenses conseguiram vitórias no Restelo, Vila do Conde e Guimarães, e um empate surpreendente no Dragão.
ACADÉMICA - As expectativas eram altas, depois do 7º lugar na época passada. Rogério Gonçalves começou a época, e foi despedido após sete jornada sem ter conseguido qualquer vitória. Para o lugar entrou o novato André Vilas-Boas, que somou vitórias nos quatro primeiros jogos em casa. Momento alto foi a vitória por 2-1 em Alvalade à 18ª jornada.
RIO AVE - Uma época tranquila, muito graças a uma excelente primeira volta, onde os vila-condenses chegaram a ser considerados a equipa sensação. A segunda volta foi bastante fraca, com apenas doze pontos conseguidos, e um ciclo de resultados negativos, poucos golos marcados e muitos sofridos. O Rio Ave foi a equipa menos concretizadora da Liga Sagres, com apenas 22 golos marcados. Apesar de tudo, Carlos Brito manteve-se firme e deverá continuar para a próxima época.
OLHANENSE - Uma época bastante sofrida, como seria de esperar. Mesmo assim a tranquilidade chegou a duas jornadas do fim, e na memória dos adeptos algarvios ficarão o empate caseiro frente ao Benfica (2-2), o empate no Dragão (2-2), e a goleada em Vila do Conde (5-1). Apesar de ter passado a maioria do campeonato nos últimos lugares, Jorge Costa manteve-se como treinador.
V. SETÚBAL - Mais uma época com o credo na boca para os sadinos. A temporada começou com um grande equívoco: a contratação de Carlos Azenha como treinador principal. O técnico que chegou a ser preferência de um candidato à presidência do Benfica (!) foi despedido depois de goleadas na Luz (1-8, o resultado mais volumoso do campeonato) e em casa frente à U. Leiria (0-4). O pronto-socorro Manuel Fernandes chegou e os sadinos conseguiram os mínimos para garantir mais um ano entre os grandes.
BELENENSES - A descida aconteceu dentro de campo, mas resta saber que expediente utilizarão os azuis para se manterem entre os grandes. João Carlos Pereira foi despedido à 14ª jornada quando tinha apenas uma vitória, e entrou António Conceição, que só venceria à 23ª jornada, em Olhão. Curiosamente os azuis de Belém conseguiram fugir ao último lugar graças a vitórias nas duasmas jornadas do campeonato - tantas como em todo o resto da época.
LEIXÕES - Depois do sexto lugar na época passada, os leixonenses regressam à Liga de Honra, sem honra. José Mota ainda se aguentou até à 18ª jornada, e para o seu lugar entrou o espanhol Fernando Castro Santos, que só conseguiu uma vitória, em casa, frente à Naval (1-0). Muito pouco.
Boa análise.
ResponderEliminarNa epoca passada o fcporto teve 70 pontos e foi campeão,o 2º o sporting teve 66 pontos,esta epoca o fcporto teve 68 pontos e ficou em 3ºlugar e acho que isso mostra que não foi o fcporto que esteve mal,foi o benfica e braga que estiveram MUITO MELHOR que ano passado.È claro que para os burros e fanáticos que não sabem ver futebol vão dizer que o fcporto esteve muito mal
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