quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

The Invention of Lying


Estive agora a ver este "The Invention of Lying", um filme cativante sobre, como o nome indica, "a invenção da mentira". Este filme leva-nos a um mundo onde toda a gente diz a verdade, é sincera, e na verdade nem existem as palavras "verdade" ou "mentira". As coisas ou são, ou não são. Nesse mundo vive Mark, o personagem interpretado pelo excelente Ricky Gervais, um guionista numa empresa de filmes entediantes (a ficção implica não dizer a verdade, portanto...), que está em vias de ser despedido, despejado e tornar-se um indigente. Só que aí Mark tem uma ideia peregrina: vai a um banco, mente que tem mais dinheiro do que na realidade, e descobre que pode obter vantagens fazendo algo que nem ele próprio sabe o que é. O filme toma um "twist" muito interessante quando a mãe de Mark morre, e diz-lhe que vai triste para uma "eternidade de nada". Para consolá-la, Mark diz que "vai para um sítio melhor", onde estão "todos os que a amavam" e onde "toda a gente vive em palácios". Sem saber, Mark acabava de fundar a religião, aqui baseada obviamente na mentira. As pessoas acharam isto uma grande descoberta, e imediatamente questionaram toda a ciência e a sua própria existência. Aí Mark explica-lhes que o mundo e tudo o que acontece é controlado por "um homem lá em cima", um ser divino que decide quem se porta bem e quem se porta mal. Para os que se portam mal, existe "um sítio terrível, que iam detestar". Tornando-se Mark um profeta instantâneo, adorado por todos, as coisas começam a complicar-se com as habituais questões das pessoas: porque é que "o homem lá em cima" deixa que aconteçam coisas más? No meio temos uma história de amor e auto-descoberta que envolve a actriz Jennifer Garner, a tal que dá orgasmos a golfinhos. O filme conta com muitas caras conhecidas da malta jovem e fixe, como Rob Lowe, Tina Fey ou Jason Bateman. Um filme a não perder.

5 comentários:

  1. Ricky Gervais é brilhante. Basta ver a versão inglesa de "The Office"

    ResponderEliminar
  2. "Mark acabava de fundar a religião, aqui baseada obviamente na mentira". "Aqui", não. Aqui ou em qualquer outro sítio, seja na ficção ou na realidade.

    ResponderEliminar
  3. "Um filme a não perder" depois de teres contado a trama toda seu energúmeno!

    ResponderEliminar
  4. O Leocardo é um "spoiler".

    ResponderEliminar
  5. Qual trama toda? O filme vai directo ao ponto desde o primeiro minuto.

    Cumprimentos ao energúmeno das 12:07.

    ResponderEliminar