segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Guardiões da moral e bons costumes


Iris Robinson, 60 anos, é a mulher do primeiro-ministro da Irlanda do Norte, Peter Robinson. Iris é membro da Igreja Metodista Livre, uma facção da Igreja Protestante. Como se sabe o território da Irlanda do Norte, ou Ulster, está ocupado pelo Reino Unido, naquele que é um dos últimos bastiões do colonialismo no mundo, e provavelmente o último na União Europeia.

Iris e Peter casaram em 1970, e têm três filhos maiores. O mais velho, Gareth Robinson, é membro do Concelho para Castlereagh Borough, seguindo as pisadas dos pais na carreira política. A sra. Robinson é conhecida por ser uma acérrima defensora da moral e dos valores da família, e pela sua homofobia latente. Em 2008 durante um programa de rádio, aconselhou os homossexuais a "procurar ajuda psiquiátrica". A propósito da agressão a um homem homossexual em Belfast, a sra. Robinson condenou a violência, mas acrescentou que os homossexuais "lhe metem nojo" e "causam-lhe nauseas".

O que não lhe parece causar nojo nem nauseas são os rapazes adolescentes. Em 2008 a sra. Robinson teve um caso com um jovem de 19 anos de seu nome Kirk McCambley, que Iris prometeu ajudar após a morte do seu pai, Billy. Iris terá arranjado 50 mil libras para ajudar McCambley a abrir um restaurante, através de um esquema de financiamento parlamentar. Quando terminou a relação, a sra. Robinson terá tentado obter o dinheiro de volta, e em Março de 2009 tentou suicidar-se, num acto de desespero.

A história, já conhecida por Irisgate, veio a público na última sexta-feira, através do programa televisivo Spotlight, da BBC. A sra. Robinson terá afirmado um dia "Os governos têm o dever de fazer cumprir as leis de Deus". Assim vão os arautos da moral e dos bons costumes.

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