quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cuidado com o hímen


1) O mundo está em pânico. O bradar do terrorismo de larga escala ouve-se do Iémen. Isto do Iémen faz-me lembrar o hímen. Juro que quando li a notícia “Governo português pede cuidado com o Iémen”, pensei por um segundo que falavam da vertente física da pureza feminina. Quando tinha 10 anos ofereceram-me um Atlas, e lá estava a República do Iémen, bem como o Iémen do Sul. Em 1989 juntaram-se, formando o hímen, perdão, o Iémen. Aparentemente este Iémen é um ninho de terroristas, onde pontifica um tal Anwar al-Awlaki, também conhecido por “Bin Laden da Internet”, famoso por ter treinado três terroristas que participaram nos atentados do 11 de Setembro. Não tarda que o Iémen, um país pobre da península arábica, situado no problemático golfo de Adém, se transforme em mais um Afeganistão. Não tarda vamos ter Obama a citar o outro e dizer “Para o Iémen rapidamente e em força”. Aí vamos saber tudo e mais alguma coisa sobre mais um regime sanguinário desmascarado. Coitados dos 23 milhões de iemenitas que não têm nada a ver com isto. Tratem bem do hímen, faz favor.


2) O jovem Omar Abdulmutallad este leng-chai na fotografia que mais parece a capa de um disco de gangsta rap tem 23 anos, é oriundo de uma família nigeriana rica, fez como o Buda ao contrário, abandonando os bens materiais para se dedicar à matança. A convicção de Omar nas quarenta virgens lembra-nos que talvez não haja assim tanta razão para considerar isto “estranho” ou um exemplo raro de fanatismo. Quantos de nós não segue rotinas ou comportamentos condicionados pela fé religiosa? O pior é que quando falta uma orientação concreta no caminho do bem, opta-se por saídas loucas, desesperadas e suicidas. E quem paga somos nós, o povinho agnóstico. Hoje num aeroporto da Califórnia foi encontrada dentro de uma mala de um passageiro “uma substância suspeita”, semelhante a um explosivo. Depois de evacuar e encerrar o aeroporto durante várias horas, descobriu-se que era mel. Qualquer dia vamos viajar completamente nus, sem bagagem, completamente radiografados e com uma busca rigorosa a todas as cavidades, e aí não há hímen que resista. Vai ser ainda mais divertido andar de avião.

7 comentários:

  1. Acho bem serem rigorozos, e' para o nosso bem.

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  2. Não é só o povinho agnóstico que paga pelos erros dos religiosos, também os próprios religosos e os ateus. O comunismo na sua verdadeira essência é ateu e também fez das suas.

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  3. E convém ser rigoroso, em vez de rigorozo.

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  4. Depende... o ateu não acredita em Deus ou acredita na não existência de Deus. Seja como for é uma forma de crença porque também tem os seus dogmas, ainda que não conte com o auxílio da ciência.

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