sábado, 14 de novembro de 2009

Fala-se mas não se pensa


No programa “Contraponto” da Rádio Macau, o director do Ponto Final analisava a eventual saída de Cheong U, comissário do CCAC para a secretaria dos assuntos sociais e cultura, deixada vaga pela ida de Chui Sai On para Chefe do Executivo. Ricardo Pinto questionava, assim como muitos de nós, se isto se devia ao facto de Cheong U não servir para o CCAC, ou um prémio. No caso de prémio, porquê? Ora eu aqui não me arrisco a vaticinar os motivos, mas julgo que para qualquer cargo público de responsabilidade, Cheong U parecde ser uma pessoa íntegra e de confiança. Mas agora imaginem que durante 10 anos vocês tinham um emprego de comissário do CCAC. Poucas palavras, desconfiança, conversas abertas só com a família, ter de andar na rua a olhar para o chão para não ser notado, ser criticado por todos os lados na imprensa, ora por fazer, ora por não ter feito, ter um Toyota enquanto os amigos têm um BMW ou um Lexus, e ainda viver com o receio de um dia poder ter de investigar um desses amigos. Eu compreendo, e até o melhor comissário do mundo não merece ficar tantos anos nesse lugar.

3 comentários:

  1. Leocardo, não acha que a questão que todos deviam perguntar é: Mas então o que é que um comissário que esteve 10 anos na investigação e combate à corrupção percebe de de assuntos sociais, de educação (escolas e universidades), do sistema de saúde local, de
    de turismo, de cultura, de desporto?? É que isto está tudo debaixo da alçada deste cargo...

    Isto faz algum sentido??

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  2. Anónimo 8:55, depois de ler o seu oomentário fico mais inclinado para a tese do presente.

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  3. Assuntos sociais, educação (escolas e universidades), sistema de saúde local, turismo (excluíndo a indústria do jogo), cultura e desporto são todos factores assessórios à realidade de Macau.

    Como tal, saber da arte ou não perceber patavina vai dar no mesmo. Trste sina esta.

    AA

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