Chávez nacionaliza o Hilton

Continuando pelos sul-americanos amalucados. Hugo Chávez, o déspota venezuelano a quem meio mundo vai batendo palmas, nacionalizou o hotel Hilton na ilha de Margarita. Chávez, cuja ideia de propriedade privada lhe faz cócegas, não gostou da forma como a sua corja foi tratada pela direcção do Hotel no último mês quando quis lá organizar uma conferência. "Para organizar a conferência precisámos de pedir autorização. Impuseram regras ao governo revolucionário. Nem pensar". Chávez não explicou o bem o porquê dele e dos seus amiguinhos revolucionários precisarem de organizar uma conferência num dos hotéis mais luxuosos da América Latina, quando podiam ter escolhido um assim mais "adequado" aos seus princípios revolucionários, mas continuou explicando a medida que tomou: "Nacionalizei-o. E agora está nacionalizado". Curiosamente o governo venezuelano já era o sócio maioritário daquele complexo turístico caribenho que inclui 280 quartos, 210 suites, um casino, restaurantes e centros de convenções. O grupo Hilton reagiu calmamente, dizendo que está a "avaliar a situação", mas que o hotel continua a fazer parte da sua cadeia de investimentos. O minsitro do turismo venezuelano, Pedro Morejon, afirmou que o hotel "Estava num estado lastimável, e que o governo vai 'renová-lo'. A medida foi tomada com carácter de urgência. Chávez já ancionalizou a electricidade, a água, o gás, a banca, indústrias do cimento, do aço, e outros bens desde que chegou à presidência da Venezuela em 1999. Encorajador para quem quiser investir naquele país, sem dúvida.