quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Homens da luta agredidos no Seixal


Foi tudo abaixo no Seixal. José Sócrates de um lado, a revolução do outro. O que estava para ser apenas um acto de campanha de José Sócrates do Seixal acabou por se transformar numa dupla acção «política». De um lado, o líder do PS ao microfone, do outro, os humoristas «revolucionários» Neto e Falâncio ao megafone. O episódio - um verdadeiro monólogo de surdos - acabou com José Sócrates a partir incomodado e os «homens da luta» identificados pela polícia.

Já se adivinhava que esta não iria ser uma arruada normal. Antes da chegada do carro do líder socialista, os dois humoristas já espalhavam pregões, ainda em surdina, a quem se acercava deles, na avenida marginal do Seixal. Sócrates chegou e as câmaras dividiram-se. Umas deslocaram-se para o palco móvel. Mas maior parte colou-se ao megafone de Neto e à guitarra de Falâncio. Os dois tentaram furar entre as dezenas de apoiantes, disputando decibéis com líder do PS.

O tom revolucionário dos humoristas, conhecidos como «os homens da luta», não impediu José Sócrates de continuar a discursar. Mas encurtou-lhe a intervenção, em que deixou escapar o incómodo: «Não fazemos provocações em lado nenhum». «Estamos aqui a fazer uma campanha que não diz mal de ninguém, mas apenas para servir Portugal», disse.

Mas no Seixal houve mais do que verbos irritados. A segurança pessoal do primeiro-ministro e elementos do PS afastaram «Neto e Falâncio» a empurrão, a pontapés «descuidados» e a insultos. A dupla não desistiu. O primeiro subiu a uma paragem de autocarros, que se encontrava no local, continuando a disparar pregões panfletários em direcção ao palco móvel das alturas.

Na operação, partiu a cobertura da estrutura. O que levou um agente da PSP a identificá-los. José Sócrates deixou o local visivelmente irritado, sem achar graça à situação. Os humoristas juntaram mais um sketch à colecção e avisaram que Manuela Ferreira Leite também está na lista.

1 comentário:

  1. O Jorge Coelhone já tinha avisado há muito tempo: "Quem se mete com o PS, leva!" (sic). Ó Leocardo, então e em Macau é que o pessoal não sabe brincar às democracias?

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