terça-feira, 18 de agosto de 2009

Morreu Kim Dae-jung


Morreu Kim Dae-jung (김대중), ex-presidente coreano e Prémio Nobel da Paz. Filho de camponeses, católico, licenciou-se na Escola de Comércio de Mokp'o em 1943. Iniciou a sua actividade profissional numa companhia japonesa, na qual prosperou tornando-se um homem de negócios. Entre 1950 e 1953, durante a Guerra da Coreia, foi preso e condenado à morte pelos comunistas, tendo conseguido escapar com a ajuda dos militares norte-americanos. Após a guerra, tornou-se um activista político de oposição ao poder. Ingressou no Partido Democrático Coreano do qual se tornou presidente em 1970. Em 1973, em Tóquio, durante a preparação de uma campanha política, foi raptado do hotel onde se encontrava e forçado a regressar à Coreia do Sul. Foi preso em 1976 por manifestar a sua oposição ao poder, tendo sido libertado três anos depois. Em 1980 foi condenado a vinte anos de prisão, mas em 1982, por questões de saúde, foi autorizado a viajar para os Estados Unidos, onde se exilou. Regressou três anos mais tarde ao seu país e em 1987 concorreu às eleições presidenciais perdendo em favor de Kim Young-sam, com quem disputou as eleições seguintes, em 1992, das quais também saiu derrotado. Em 1995 formou um novo partido e em 1997 voltou a concorrer às presidenciais ganhando ao seu oponente Lee Hoi-chang. Como presidente, esforçou-se em reatar as relações com a Coreia do Norte. Em 2000 foi-lhe atribuído o prémio Nobel da Paz como reconhecimento pela sua luta constante pela democracia, pelos direitos humanos e pela reconciliação com a Coreia do Norte. Em 2003, Roh Moo-hyun tomaria posse como presidente da Coreia do Sul. Conhecido pelo "Nelson Mandela da Ásia", faleceu hoje aos 83 anos, de paragem cardíaca.

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