Lusofonia e macaenses

1) Terminaram os II Jogos da Lusofonia em Lisboa. A organização garante que foi "um sucesso" e que "ultrapassou Macau" em todos os aspectos. Opiniões. Quanto à pouca afluência de público, ouvi uma justificação que passou pelo número de festivais de música realizados em simultâneo. É muita soberba pensar que quem não fosse a um festival de música ia optar por ir aos Jogos. Quanto à questão da inclusão do hóquei em patins em futuras edições dos jogos, mais uma vez sinto que há má vontade contra este desporto tão espectacular e em que tantos países lusófonos têm tradições. Em entrevista ao Ponto Final, Vicente Moura atira outra vez a bola para canto, dizendo que "várias modalidades pediram para entrar nos jogos" e que é preciso garantir que cinco ou seis países participam. Pois bem, um torneio de hóquei em patins ia incluir com toda a certeza Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Macau. Já são cinco. E o que dizer do voleibol, em que apenas três países participaram tanto no torneio masculino como no feminino? É mesmo má vontade, ou algum tipo de teimosia. Não me digam que não.

2) Realizou-se este fim-de-semana em Macau o I Encontro da Comunidade Juvenil Macaense. Apesar do mau tempo (os jovens macaenses que conhecem mal Macau vão pensar que é sempre assim) o encontro foi um enorme sucesso. Jovens de origem macaense dos quatro cantos do mundo regressaram à terra que os viu nascer, em alguns casos, ou visitaram pela primeira vez a terra de seus pais, na maior parte dos casos. É uma iniciativa que se louva e que se deve repetir. Uma prova de que a comunidade está viva, tem futuro, e que tem esse sentimento tão genuinamente português que é a nostalgia. E a saudade.