domingo, 12 de julho de 2009
Chegou o Pacific
O Pacific Coffee foi inaugurado ontem no Centro Comercial Cerejeira (alguma homenagem ao cardeal), que para quem não sabe fica na esquina da Rua Central com a Av. Almeida Ribeiro, mais ou menos em frente à estação dos correios. Fui lá hoje encontrar-me com uns amigos, e sentei-me cá fora, enquanto a mulher bebia um expresso duplo (16 patacas, enquanto o "single" é 13 patacas, o que prova que o café vale menos que isso) e um dos miúdos bebia um daqueles batidos cheios de açucar e goma arábica e com apenas alguns vestígios de leite.
No fundo o Pacific Coffee oferece praticamente a mesma coisa que o Starbucks, menos em termos de localização. Enquanto o Starbucks fica localizado no meio do Largo do Senado, um lugar tranquilo, o Pacific fica ali mesmo na boca do trânsito que passa na Avenida mais movimentada do território. Por outro lado ainda não existe um vagabundo residente que emane um intenso cheiro a urina à porta do Pacific, o que sempre conta como uma vantagem.
A restante oferta resume-se aos cafés simples ou temperados com aqueles cremes e outras porcarias que engordam, sandes deprimidas, croissants e saladas moribundas cheias de maionese, tudo com nomes modernaços de que nunca ninguém ouviu falar. Existe um bolinho de aveia com passas que planeio comer um dia, quando o resto dos estabelecimentos comerciais da cidade estiverem encerrados devido à peste e eu dependa disso para não morrer de fome.
Até nas pessoas que o frequentam as semelhanças com o Starbucks são gritantes, só que piores. Não faltava lá o americanóide com o laptop na mesa. Tão trabalhadores os gajos, só que não estavam a consumir nada. E nem sei quem andou por aí a espalhar que estes locais são tranquilos para "trabalhar". Não faltavam também os chineses "bem", que consomem mais por curiosidade, mesmo que os produtos lhes ofereçam um enorme desprazer físico. Sendo uma multinacional daquelas que come criancinhas, não vai ter problemas em sobreviver, mesmo que não tenha lucro.
Existe um quadro onde está escrito a giz o pensamento do dia. Hoje era "The soul should always stand ajar, ready to welcome the ecstatic experience", da autoria de Emily Dickinson. Um dos americanóides apressou-se a apontar que "ecstatic" estava mal escrito (estava escrito ectatic). Deve ser leitor do Bairro do Oriente. Em todo o caso, salvou o dia. Nem o Pacific vendia mais um grão de café se o erro não fosse corrigido, nem nós dormiamos descansados.
Por muito que o Leocardo deteste, os erros devem ser corrigidos. Fez muito bem quem apontou o erro. Nem a copiar frases de livros conseguem acertar?
ResponderEliminarNem foi o empregado que escreveu a frase, nem o coitado (que ganha provavelmente 5 mil lecas por mês) percebeu o que o kwai-lou queria. O erro não tirava nenhum sentido à frase, e se o gajo quisesse fazia queixa à CIA, ao FBI ou ao raio que o parta.
ResponderEliminarCumprimentos.
e este o cafe do Wallas?
ResponderEliminarSei lá, acho que não.
ResponderEliminarEntão mais valia não terem escrito nada, até porque é só mais uma daquelas frases bonitas que não dizem nada. E assim já não cometiam erros.
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