quinta-feira, 26 de março de 2009

Magalhães no mercado negro


O computador Magalhães, a menina dos olhos do Governo socialista português, está cada vez mais a tornar-se um fiasco. Segundo alguns professores, é possível que o computador já não esteja na posse dos alunos a quem foi entregue. O Magalhães é distribuído aos alunos - em alguns casos gratuitamente - em regime de propriedade plena, e é provável que alguns os estejam a vender no mercado negro. Uma professora de uma escola em Benfica dá o exemplo de três irmãos a quem o Magalhães foi entregue, e que faltam cada vez que os professores lhes dizem que o computador vai ser necessário. Os alunos que têm acesso ao Magalhães gratuito são os que pertencem ao escalão "A", ou seja, os mais pobres. Outros desembolsam entre 20 e 50 euros. Já foram distribuídios 291 mil computadores Magalhães, de um universo de 386 mil inscritos no projecto.

6 comentários:

  1. Já era de esperar. Desde que uns iluminados se convenceram que a ralé agora tem de ser tudo doutores e engenheiros à força, deu nisto. Isso já acontecia com a maioria dos tais alunos (chamar-lhes "alunos" é um eufemismo) do escalão A no que diz respeito ao material escolar: livros, cadernos, lápis, etc. Como é tudo de borla ou a preços irrisórios, é vê-los como tratam o material. Estragam-no deliberadamente e perdem-no sem se sequer se preocuparem minimamente com isso. A única coisa que tratam com grande carinho é o telemóvel ou os joguinhos electrónicos.

    Mas, esperem lá, estes jovens necessitados, sem dinheiro para livros, têm telemóvel e jogos electrónicos? Sim, muitos têm isso e muito mais. Pelos vistos, só para o essencial é que o dinheiro não chega.

    O que mais irrita é saber que, no meio de tudo isto, há gente que realmente quer estudar, cujos pais têm também dificuldades, mas a quem o governo não dá um cêntimo. Os pais têm de se matar a trabalhar para pagar os estudos dos seus filhos e, como se não bastasse, ainda têm de pagar a frequência escolar (não me atrevo sequer a dizer "estudos") dos filhos dos outros, através dos seus impostos que depois o governo desbarata desta maneira.

    Estão os governos assim a investir na educação? Qual educação, se a maioria desses alunos sai da escola tão estúpida quanto entrou (às vezes mais mal educados do que eram dantes). Não seria melhor juntar esse dinheirinho atirado ao lixo para oferecer bolsas a sério a quem as merecesse? Quanto aos outros, era à antiga: não quer estudar, vá trabalhar, que tem bom corpo.

    Passou-se do 8 para o 80. Há meio século só os ricos podiam estudar. Agora a escola globalizou-se (e vandalizou-se) e toda a porcaria tem o direito de lá andar, nem que só lá estejam para partir tudo e para bater nos colegas e nos professores. E quem paga isso tudo sou eu e outros que, como eu, trabalham no duro para poderem ter os seus próprios filhos a estudar. E como se não bastasse, pagamos e ainda temos de ter os nossos filhos misturados com toda essa merda, a ficarem também eles cada vez piores, por causa da vergonha em que a escola hoje se tornou.

    ResponderEliminar
  2. Que texto miserável! Que grande facho!

    ResponderEliminar
  3. Referia-me ao nojo do comentário do anónimo Oliveira, obviamente!

    ResponderEliminar
  4. É, anónimo das 21:57 e 22:06. Quem diz a verdade sem rodeios sobre a merda em que a escola pública se tornou é um facho. Para mim, facho é aquele que acha que só os ricos têm direito a estudar. Eu acredito que devem ser dadas oportunidades iguais a toda a gente. Mas uma coisa é dar as oportunidades, que são agarradas por quem as quiser agarrar, e outra coisa é manter na escola marginais que deviam estar era em casas de correcção, porque desperdiçam todas as oportunidades que alguma vez lhes foram dadas.

    Se eu fosse um verdadeiro facho, menino rico nascido em berço de ouro, estava-me a marimbar para tudo isso porque sabia que com o meu dinheiro podia comprar uma boa educação para os meus filhos em qualquer boa escola particular, por muito cara que fosse (se calhar é o seu caso). Mas não, eu sou daqueles que provavelmente terá que manter os seus filhos para sempre em escolas públicas, no meio de todos esses criminosos que para lá andam. E, pior ainda, sou daqueles que nunca tiveram direito a nada. Sempre tive de trabalhar para pagar tudo, até mesmo para pagar a escola dessa escória que tem tudo de borla e não aproveita nada do que lhes é dado de mão beijada. De pouco vale uma educação esmerada durante o pouco tempo disponível que tenho em casa, se depois tenho de meter os meus filhos nestas pocilgas.

    Se isto é ser facho, prefiro então ser facho do que ser hipócrita e fingir que todo este (nosso) dinheiro é bem gasto. Igualdade de oportunidades é uma coisa, igualdade de tratamento para cumpridores e não cumpridores é outra.

    ResponderEliminar
  5. Realmente tenho que dizer que numa coisa estou de acordo e não posso deixar de mencionar os pais de hoje em dia estão-se nas tintas para os filhos talvez se lhe dessem mais atenção e um pouco mais de rigidez na educação a escola para min que também tenho filhos e posso dizer que sou uma pessoa de fracos recursos não era o que está hoje pois os meus filhos são educados e não fazem e dizem aquilo que eu vejo os filhos seja de ricos fazerem que por terem tudo desprezam quem nada têm e ainda para mais esta sociedade nada têm de igual, porque as pessoas não se esforçam mas em telaão aos pobres o problemea da educação mesmo assim depende.
    Averdade é que mesmo assim não se pode julgar tudo pela mesma bitola é que mesmo assim ainda há muito boa gente e educada.
    Antigamente havia respeito e fossem pobres ou ricos ai de quem saisse fora da linha ainda gosta-va que voltasse atrás esse tempo em que todos se sabiam respeitar e que a palavra de um homem valia por tudo o que é de mais sagrado a face da TERRA.
    Espero que sirva para alguma refelexão...
    A.M.

    ResponderEliminar